Árvores frutíferas plantadas na várzea de um rio temporário do agreste RN, semiárido NE: coqueiros, mangueiras, cajueiros, goiabeiras que pelo porte, exuberância nos dar uma ideia da adaptabilidade dessas plantas às condições de solo (da várzea do rio) e da água, onde a oferta de chuvas pode ser tão pequena como 150 litros por m² ao ano, como no ano 2.012, lembrando que a várzea em questão pertence ao rio das duas postagens anteriores, onde se ver uma cacimba cavada na camada de areia do leito do rio, e um cacimbão cavado na mesma várzea desta fotografia, onde o nível da água do lençol subterrâneo tem 4 metros; as árvores frutíferas (da fotografia) passam até 11 meses sem receber água das chuvas; As raízes de uma árvore destas (no caso, mangueira, cajueiro, goiabeira) e da palmeira (coqueiro) pode chegar a 10m de comprimento, raízes que tem 3 funções: sustentação, coleta de água; e de nutrientes do solo, chão; As raízes de sustentação precisam ter um solo consistente que suporte a força dos ventos sobre o corpo da árvore; para a coleta de nutrientes, o comprimento das raízes está relacionado com a disponibilidade de nutrientes no solo, que no caso da várzea, em foco, é muito rico, já que ao longo de dezenas de anos se faz agricultura nessas várzeas, todos os anos, sem esgotar, mesmo que em determinados anos a oferta de chuvas seja insuficiente para produzir milho, por exemplo; quanto á disponibilidade de água, as raízes dependem mais da água subterrânea (na maior parte do tempo), água vinda diretamente das nuvens(todos os anos) que se infiltra no solo, ou água das enxurradas, enchentes do rio que se infiltra na areia do leito do rio, e abrange (mesmo nível) as várzeas; Durante a estação chuvosa a umidade da várzea é permanentemente igual, desde à superfície do solo, até 90 dias após a última chuva do ano, de modo que as raízes da coleta de água (e nutrientes minerais) encontram o necessário próximo ao tronco da fruteira; durante o verão, sem chuvas, o solo vai secando, pela evaporação, até que 8 meses depois da última chuva do ano as raízes estão coletando água no nível do lençol subterrâneo, que como vimos na cacimba e no cacimbão, citados, está a 4 metros(na várzea) para o caso das fruteiras; as raízes da árvore jamais chegariam a essa profundidade, pois assim estariam permanentemente dentro da água do lençol, o que seria prejudicial; na realidade as raízes das plantas (não aquáticas) colhem a água da umidade do solo, que no caso da várzea está a 2 metros da superfície; com relação aos capins, cana-de-açúcar, as raízes são curtas, e o cultivo dessa plantas, no verão, dependeria de irrigação, de modo que a água seria coletada pela raízes curtas, sem dificuldade; como já vimos nas duas postagens anteriores, a água do lençol é ligeiramente salobra, mas bem aceita (na irrigação) inclusive pela cana-de-açúcar e capins (ração do gado); Vimos também que a água do lençol subterrâneo, em pauta, é cristalina, sem argila, sem matéria orgânica, sem algas, lodo, com poucos microrganismos, em constante movimento interno (no terreno) por causa da gravidade natural do leito do rio (entre as nascentes e a foz), que absorve facilmente o oxigênio, diferente do lixo-líquido dos açudes, água parada, com muita matéria orgânica decomposta, inclusive excrementos de sapos e peixes, animais mortos, algas, lodo, barrenta, grossa, por vezes salgada, com todos os tipos de microrganismos, que ao ser colocada no corpo de uma planta (irrigação, aguação) já leva as doenças para a planta; a água barrenta inclusive obstrui os poros de respiração do corpo da planta, ostensivas ao estômatos das folhas, inibindo a fotossíntese, respiração e transpiração, um desastre.
Cacimbão escavado na várzea do rio temporário do semiárido NE da postagem anterior, revestido com parede de tijolos e caliça (massa de areia e cal), e embaixo o espelho da água mostrando o nível do lençol de água a 4 metros de profundidade; Como o nível da água da várzea é o mesmo na cacimba da postagem anterior, o lençol de água do cacimbão está a 4m e na cacimba a 2m, logo a várzea estar a 2 metros acima da camada de areia do leito do rio; isto mostra que a água armazenada no lençol subterrâneo ocupa toda extensão do rio e toda a largura, que inclui o leito de areia e as várzeas, água abundante, tolerável por dezenas de plantas, e portanto pode ser utilizada para irrigação dessas plantas; O rio, cacimba e cacimbão em pauta estão no agreste RN, mas no sertão nordestino há centenas desses rios, com água nas mesmas condições.
Vimos a água salobra com pouco teor de sal no lençol subterrâneo na várzea e no leito de areia do rio, ao mesmo nível, água proveniente das chuvas precipitadas diretamente e das enxurradas (água corrente) que é forçada a penetrar na cama de areia do rio; mas se água da chuva NÃO tem sal, de onde vem a salinidade da água? Do cloreto de sódio, cloro + sódio, nutrientes dos corpos dos seres vivos que após a derrubada da vegetação, e consequentemente a eliminação da fauna, estão abundantemente disponibilizados no chão, que a água da chuva faz a junção dos 2 eletronicamente (eletrovalência); e nitrato de sódio criado ao longo das atividades nefastas humanas; as plantas, árvores frutíferas, citadas, não estão adaptadas a essa água salobra, mas, sim, as gramíneas cana-de-açúcar e capins.
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