terça-feira, 12 de janeiro de 2021

O sal na terra é morte certa da vida animal e vegetal das terras emersas.

 Na foto a barreira de um riacho na várzea salinizada; a parte clara é nitrato de sódio; a parte mais escura é salinizado com cloreto de sódio do lixo=líquido que circula no riacho nos 8 a  11 meses de verão, sem chuvas; Tanto o nitrato de sódio, salitre, quanto o cloreto de sódio desintegram o solo; as raízes que se ver na fotografia são da árvore algaroba (com exclusividade), já que nenhuma outra árvore ou cacto poderiam viver aqui. O sal é tão corrosivo que elimina a "liga" e compactação desse solo, argila microscópica, "esfarinhando-o" como se fosse areia; Por conta da destruição, com sal, dessas várzeas antes férteis, e úmidas, o RN hoje produz menos de 20% da massa de alimentos consumidos pelos seus (cerca) 3,5 milhões de habitantes; Mas poderia ter sido evitado? Como já vimos em outras postagens, o sal, salitre, nitrato de sódio é criado pela fumaça, na atmosfera, proveniente da excessiva queima de madeira(e outras fumaças), que cria o ácido nítrico: nos últimos 100 anos 80% da vegetação nativa se transformaram em cinzas, fumaça, fuligem e carvão, e posteriormente a vegetação secundária vem sendo eliminada, com fogo, todos os anos, para abertura de campos de pastagens e roçados; As várzeas dos rios e riachos, maiores depressões do terreno, recebem as cinzas das queimadas de todo lugar, uma alta concentração de sódio que, eletronicamente, se transforma em nitrato de sódio com o ácido nítrico que vem da atmosfera; e quanto ao cloreto de sódio - NaCl ?  Antes do desmatamento bestial do RN o sódio (Na) e o cloro(Cl) a faixa de solo clara (da foto) não os tinha, pois estavam compondo os corpos de uma densa e exuberante vegetação, de 08,m³ de massa vegetal por m³, árvores com mais de 10 metros de altura - aroeira, catingueira, cumaru, mulungu, ipê, juazeiro, jurema(com 10m de altura) caibreira, e proporcionalmente um fauna muito intensa - veados, pebas, onças, capivaras que também tem cloro e sódio nos corpos; no solo claro (mais externo)da foto estavam 80% da vida (inclusive as raízes das plantas) da várzea em pauta;


Na fotografia detalhes do solo salinizado em 40% das várzeas de rios e riachos do RN; destacados perfeitamente os dois tipos de salinização; a parte clara, da superfície, cerca de 40cm de espessura, a salinização por nitrato de sódio - salitre= ácido nítrico HNO³ + sódio das cinzas das queimadas de madeira; o solo mais escuro, embaixo (na barreira do riacho salinizado) é o cloreto de sódio NcCl conduzido pela água salgada que nasce (como já vimos) de uma fonte de água água salgada, ou seja, fonte de lixo-líquido; Nas terras emersas onde há água e solo salinizados a vida não TEM vez; é o caso dessa várzea onde apenas algaroba e a grama pirrichil nascem e vivem; a pirrichil é natural - escolheu esse lugar para nascer e viver; a algaroba é uma imposição do homem que a trouxe dos desertos secos e salgados, o que significa dizer que a algaroba está transformando, há mais de 50 anos, estas várzeas férteis e úmidas, em deserto; Para Mãe Natureza o certo seria que essa área fosse repleta de vida vegetal e animal (diversificada); Nos (cerca de) 53.000km² do RN,  60% são terras mortas pelo Homem nos últimos 200 anos; menos de 30% são caatingas no sertão, semiárido natural devido a escassez de solo, que o homem transformou em terras mortas com o desmatamento e a pecuária intensiva; Significa dizer que  o semiárido "caatinga" que tinha um elemento natural - O Solo - em desequilíbrio (ausente ou escasso) foi transformado em deserto (pouca vida vegetal e animal); agora são 2 elementos naturais em desequilíbrio - solo e água doce no estado líquido;

Um comentário:

  1. A degradação, desastre ambiental, da vida para a morte; criar um recurso natural, no caso, é reverter o processo de destruição.

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