terça-feira, 25 de agosto de 2015

A seca 71.


El nino, La niña

El niño é o aquecimento da água do Oceano e esfriamento da atmosfera em nosso Continente. O aquecimento da água do Oceano é o aumento das atividades vulcânicas no leito do Oceano e o esfriamento da atmosfera é a diminuição das atividades vulcânicas nas terras emersas do Continente, na América do Sul.

Isto acontece como se a Terra fosse um coco verde da praia e tivesse dois furos de diâmetros diferentes - um no leito do Oceano e outro no Continente. Ao agitar-se o coco em movimentos rotativos (movimentos da Terra) a pressão exercida pelos movimentos(+pressão interna do MANTO) vai sair mais água(larvas) pelo furo de maior diâmetro.

No caso da Terra, quando a atividade vulcânica é alta no Continente, é baixa no leito do Oceano, o que significa que a temperatura na atmosfera aumenta e neste caso temos La niña.

Quando a atividade vulcânica é alta no leito do Oceano, é baixa no Continente, o que significa dizer que a temperatura na atmosfera diminui, e neste caso temos El niño.

Na maior parte do tempo (anos) as atividades vulcânicas são normais no leito do Oceano e no Continente, o que significa dizer que as atividades vulcânicas não vão intervir nos elementos do clima já estabelecidos, nos quais as atividades vulcânicas são consideradas.

As atividades vulcânicas no leito do oceano Pacífico pode elevar a temperatura da água em 4 graus centígrados, chegando a 20°C. A 17/18°C é moderado; 19°/20°C é intenso. Na atmosfera a temperatura pode baixar até 10°C em consequência do El Niño.

Com baixa atividade vulcânica no leito do Pacífico, nessa área do nosso Continente, a temperatura da água baixa 2 ou 3 graus centígrados (16-3=13°C), e teremos La niña.

Quando as atividades vulcânicas estão em equilíbrio no Continente e no Pacífico da América do Sul a temperatura da água do Oceano, nessa área, é de 16°C, e o clima da Terra se mantém normal, o que acontece em 3 a 5 anos seguidos, isentos de El niño e de La niña.

El niño, o menino, é uma palavra de origem espanhola, criada para esse fenômeno pelos índios.

El niño

O aquecimento da água do O. Pacífico na costa da América do Sul foi acompanhado pelos índios, particularmente no atual Peru, desde os primórdios daqueles povos. É que o aquecimento da água muda o comportamento dos peixes adaptados à temperatura de 15 a 17ºC.

Com o aquecimento da água a atividade pesqueira é drasticamente afetada já que os peixes buscam águas mais frias. Os índios daquela área da América do Sul tinham(e tem) no Mar a principal fonte de alimentação.

O aquecimento da água do O. Pacífico acontecia periodicamente entre os dias 20 e 27 de dezembro, daí porque o nome "El Niño" se referindo a data do nascimento do Menino Jesus Cristo, rebatizado a partir do Século XVII quando aqueles povos tiveram contato com o Cristianismo difundido pela Espanha.

El Niño seria periódico, como periódico é a maioria dos vulcões, em 6,7 e 8 anos. As atividades vulcânicas na América do Sul estão em 3 grupos, com relação ao tempo de atuação: periódicos(cíclicos), permanentes e ocasionais(inativos durante séculos).

El Niño acontece quando tem grande número de vulcões periódicos em ação. A intensidade da ação no aquecimento da água do O. Pacífico, nessa área, se reflete no clima de metade do Planeta Terra; é variável.

A ação do El niño em grande parte da Terra é diferente em cada região, Continente, país, podendo trazer secas(escassez de chuvas) em um Continente, e invernos rigorosos(com muito gelo e chuvas) em outros Continentes.

El Niño é um dos fenômenos climáticos mais importantes da Terra, mas pouco conhecido cientificamente e, quase sempre, surpreende inclusive povos que se dizem detentores de tecnologia meteorológica.

É sabido que a crosta terrestre é mais fina no leito do Oceano Pacífico, o que certamente concorre para a existência de uma atividade vulcânica mais intensa do que no Continente da América do Sul.

Por outro lado a grande massa de água com 10km de espessura do O. P. esfria as lavas quentes dos vulcões estabelecidos no leito do Oceano, desta forma impedindo que as mesmas avancem.

El niño, La niña

A grande mudança climática é criada pelas atividades vulcânicas no Continente da América do Sul já que as lavas quentes expelidas atingem 3km de altitude e reflete-se em toda troposfera de 10km de espessura, aonde acontece todas as variáveis atmosféricas dos 4 elementos da Natureza.

As estações do ano têm variáveis atmosféricas exclusivas em cada lugar, mas com a presença de El niño tudo muda, inclusive a geração e manutenção da vida têm comportamentos diferentes.

Se El niño e La niña acontecessem em ciclos anuais periódicos perfeitos a vida se manifestaria sem transtornos, adaptando-se aos fenômenos climáticos. Acontece que El Niño e La niña vem mudando seu comportamento com a degradação ambiental e consequentemente El niño provoca um verdadeiro pandemônio no clima.Há casos em que tem El Ñino e La ñina, no mesmo ano.

Há 100 anos esses fenômenos atmosféricos climáticos tinham comportamento diferente de hoje, inclusive o ciclo de atuação no tempo, o que facilitava sua previsão, e a vida se preparava para recebê-los, como é regra da Natureza.

Em La niña a temperatura da água do Oceano vai de 13 a 15°C, mas como a maior atividade vulcânica é no Continente, a temperatura na alta atmosfera(54°C negativos)  podem lançar suas lavas a 11km de altitude.

A atuação de La Niña é muito pequena, se comparada à atuação de El niño. O aquecimento da atmosfera com a atuação de La niña cria frentes de ar quente e frentes de ar frio, dependendo da temperatura comum na litosfera do lugar observado.


Atuação de El Niño no Brasil: Traz inverno(chuvas) de até 2.400L/m² ao ano nas regiões Sul e Sudeste; Até 2.100L/m², ao ano, no Nordeste amazônico e Sul da Bahia; até 1.500L/m² ao ano na zona da mata nordestina.

No restante do Nordeste El Niño traz de 300 a 400L/m² de água das chuvas, ao ano, a uma distância de 100km, a partir do Mar, ou seja, no sertão nordestino. Lembrando que El niño pode ser intenso ou moderado de acordo com a intensidade das atividades vulcânicas no leito do O.P. e consequentemente, temperatura na superfície da água.

El nino, La niña

El niño moderado 17/18°C; El niño intenso 19/20°C na superfície da água do Oceano Pacífico na Costa da América do Sul. Com El niño moderado a oferta de chuvas no sertão nordestino chega a 400L/m² ao ano, podendo chegar a 500L/m² ao ano nas áreas serranas do sertão.(um corpo atrai outro corpo na razão direta das massas e na razão inversa da distância).

O agreste do nordeste estar mais próximo ao Mar e por isso recebe mais chuvas do que no sertão. O agreste é uma zona de transição entre a zona da mata e o sertão.

No Tempo La niña todo o Nordeste recebe uma grande oferta de chuvas, podendo passar de 1.000L/m² ao ano no sertão, enquanto que nas regiões Sul, Leste e Centro-Oeste a oferta de chuvas é inferior a 2.000L/m² ao ano.

Quando chove 1.000L/m² ao ano no sertão nordestino temos um dilúvio; quando chove 1.000L/m² ao ano nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste estar caracterizada uma seca. Isto acontece assim: a flora e a fauna escolhem o lugar para nascer e viver de acordo com os elementos da Natureza e suas variáveis atmosféricas: as plantas e os animais são diferentes em cada região do Brasil.

No Nordeste há 9 sub-regiões diferentes física e biologicamente porque são diferentes os elementos da Natureza e as variáveis atmosféricas; é diferente o tempo das chuvas, o período chuvoso, o volume de chuvas, o solo, o relevo, a vegetação, a fauna. Diferente também os elementos da agricultura e da pecuária.

El niño tem duração de até 5 meses, mas no final do Século XVIII tivemos períodos de até 3 anos seguidos de seca(300 a 400L/m²) como foi o caso de 1.877/79. Resta saber se foi uma atuação contínua ou se El niño atuava por curto período em cada ano, mas coincidentemente atuava no período dezembro a abril, quando o período das chuvas no sertão vai de fevereiro a junho.

No Século XX o período de 3 anos seguidos de pouco inverno no sertão se repetiu 12 vezes. Em 38 anos tivemos oferta de chuvas de até 400L/m² ao ano, o que caracteriza seca(verde); os açudes não enchem, não há produção agrícola...

 

El niño, La niña

No Século 21 já tivemos 2 El niño. Nos anos 2.001, 2.002, 2.003, 2005 e 2.007 a oferta de chuvas no sertão nordestino variou de 240 a 440L/m², ao ano. Em 2.006 tivemos 600L/m² em algumas áreas do sertão, mas em outras não passou de 400mm ao ano. 2.004, 2.008 e 2.009 tivemos de 800 a 1.000mm ao ano.Em 2.010 temos o 3° El niño do Século XXI.

O início e a duração do El niño mudaram nos últimos 30 anos. Antes começava no final de dezembro e atuava até abril. Hoje El niño começa em outubro e pode durar 6 a 18 meses. O ciclo anual também mudou para 3, 5 e 7 anos.

El Niño traz redução na oferta de chuvas em uma pequena área da região Norte e reduz a oferta de chuvas em todo o Nordeste, mas traz grande oferta de chuvas nas outras áreas do Brasil. Quando é tempo de El niño uma frente de ar quente fica estacionada durante meses na Bahia ou em parte de Minas Gerais, bloqueando as nuvens de chuvas que vêm daquele lado.

Considerando-se que o grande problema da Terra é a escassez de água doce potável para o abastecimento urbano e água doce das chuvas no estado líquido para a produção de alimentos; que El niño significa maior volume de água das chuvas precipitadas no território brasileiro; que a chuva é a única fonte de água doce no estado líquido, na Terra, SEJA BENVINDO EL NIÑO.

El niño, La niña

No Brasil o inconveniente de El niño é que as chuvas se concentram em grandes precipitações de pequeno período trazendo transtornos, principalmente nas cidades que têm 90% da área impermeabilizados pelas edificações, ruas, calçamentos, calçadas, causando enxurradas, alagamentos, enchentes.

Existem hoje no Brasil, além de El niño e La niña, outros fenômenos atmosféricos que não existiam há 100 anos, que atuam juntos com La niña OU COM El niño tornando o clima mais hostil. Esses fenômenos artificiais foram criados pelos elementos degradantes que interferem na direção e intensidade dos ventos, mudança de temperatura e umidade no chão e no Ar. O desmatamento bestial, com fogo, é o principal elemento degradante.

O apelido La niña foi criado recentemente para diferenciar de El Niño, já que tem efeito e tempo de atuação diferente, e a causa, origem embora resultantes das atividades vulcânicas na América do Sul criam-se em espaços diferentes - El niño na água do O. Pacífico e La niña no Continente(terras emersas) da América do Sul, lembrando que a água dos oceanos e a atmosférica estão ligados por vários elementos atmosféricos, que os tornam interdependentes no comportamento.

Em La niña a água do Oceano Pacífico baixa 2 graus centígrados e portanto não traz qualquer transtorno às atividades pesqueiras na Costa da América do Sul. Não temos notícia de que La niña traga alguma mudança climática fora do Brasil.

Uma das características de La niña no semiárido NE é a presença de frentes frias oriundas do Pólo Sul simbolizadas aqui por um permanente nevoeiro do tipo estrato que cobre o céu do semiárido durante os meses de janeiro a junho. Essa nuvens estrato não tem água para as chuvas, mas esfriam a atmosfera, condicionando a condensação de água evaporada, ou seja, nuvens tipo nimbo, embaixo(mais baixas).

95% das nuvens tipo nimbo que varrem a atmosfera do semiárido são de água evaporada do Oceano Atlântico, mas a formação de nuvens e de chuvas depende da temperatura de condensação a uma altitude compatível.

El niño, La niña

No ano 2.000 tivemos o fenômeno atmosférico La niña no Brasil. Naquele ano parte da Região Sudeste recebeu menos de 1.000L/m² de água das chuvas. NO Rio de Janeiro e em Minas Gerais a oferta de chuvas foi de 600L/m² e consequentemente houve racionamento de água.

No ano 2.000 o semiárido NE recebeu mais de 1.000L/m² de água, mas a vazão de água do Rio São Francisco baixou para 1/3 do normal devido a escassez de chuvas nas cabeceiras do rio e de seus afluentes. Consequentemente houve racionalmente de energia elétrica no NE, em 2.001, já que as turbinas das hidroelétricas só operam 100% com vazão de água(nas comportas das barragens) de 2.000m³/Seg.

Quanto maior a temperatura na hidrosfera e litosfera maior evaporação de água para a atmosfera, o que significa formação de nuvens, formação de chuvas, mas no semiárido a água armazenada nos reservatórios - açudes e barragens é (relativamente) pouca, embora 60% dessa água evaporem nos 8 meses de verão.

O excesso de Sol no sertão NE significa maior incidência de luz solar, e como a vegetação na área é muito reduzida(e desmatada) a reflexão de luz solar é muito alta. Como não tem água armazenada para evaporar da litosfera, a intensa luz do Sol arranca água dos corpos de vegetais e animais, agravando o problema da seca.

Todos os dias tem nuvens na atmosfera do sertão, mas no verão as nuvens são espessas, leves, dispersas, e consequentemente o vento arredio, descontrolado, sob as nuvens, conduz as nuvens em grande altitude e velocidade. Normalmente essas nuvens são geradas no Oceano Atlântico e caminham na direção NE - NO.

No Verão do semiárido a umidade do Ar atmosférico é baixa (40%) durante o dia, mas pode chegar a 80% à noite. Durante o dia o ar seco tira a água das nuvens, podendo, assim, extingui-las, sem chuvas, mas à noite a nuvem está livre para chover.

A umidade do Ar à noite no alto sertão é tão grande que há precipitação de orvalho capaz de umedecer as folhas das plantas que respingam no chão, molhando-o.

É possível captar-se essa água boa.

El niño, La niña

Para chover no semiárido é necessário; 1)Que a nuvem tipo nimbo esteja a uma altitude inferior a 3km e que a temperatura entre 2km de altitude e a nuvem, em cima, seja negativa de até -5°C.
2) que a umidade do Ar seja alta para evitar que o ar tire água da nuvem. Com umidade abaixo de 60% o ar tira água da nuvem. A precipitação só acontece com umidade do Ar acima de 90%. A alta umidade do Ar, acima de 90% pode fornecer água para a nuvem, aumentando a densidade(volume de água).

3)que o vento tenha direção e intensidade definidas para dar direção à nuvem e imponha uma velocidade que permita uma precipitação normal compatível com as necessidades requeridas pela vida estabelecida. Dependendo da densidade(volume de água, massa) pode haver precipitação de 100L/m² em 3 horas de chuvas, um desastre no semiárido, agravado pela impermeabilidade do solo.

4)outros estímulos para as chuvas são oriundos da litosfera, bastante variáveis no tempo e lugar:Temperatura e pressão atmosféricas, evaporação de água. Um corpo atrai outro corpo na razão direta das massas e na razão inversa da distância: a lei é válida para as nuvens no espaço atmosférico com relação ao relevo e a cobertura vegetal na litosfera.

O Continente do Nordeste é um arco contornado pelo Oceano Atlântico, aonde criam-se nuvens de chuvas suficientes para abastecer com chuvas, no devido tempo, o litoral e a zona da Mata do RN a BA, mas como essas nuvens têm (relativa) baixa densidade(se comparada as nuvens que vem do N e do S) as precipitações muitas vezes começam no Oceano, a 100km do litoral, e dificilmente chegam ao sertão.

O sertão nordestino está a 100km do Mar. Estamos falando do sertão que tem caatinga nos Estados PI-CE-RN-PB-PE-AL-SE-BA. Entre a zona da mata e o litoral do RN a BA temos o Agreste que se beneficia com as chuvas das nuvens formadas no Atlântico NE. A Parte do RN sem agreste, incluindo o litoral, recebe o menor índice de chuvas do NE - a região salineira.

Partes do CE e PI recebem nuvens de chuvas do NORTE - nordeste amazônico.

Em tempo! El Niño começou a atuar no clima a partir de junho de 2.015, e deve permanecer até 2.017, trazendo menos de 300mm de chuvas ao ano no semiárido; ora, se com 480mm de chuvas em 2.015 não teve lavoura, os açudes não tomam água, o que dizer de 250mm de chuvas em 2.016 e 300mm de chuvas em 2.017.


 

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