quarta-feira, 29 de maio de 2019

Lixo intelectual tocando fogo na vida 377

Dia 29 de junho, todos os anos mostramos o desastre ambiental, secular, causado pela cultura do fogo das fogueiras juninas, no Nordeste Brasileiro, em nome de religiosidades das trevas, mas aqui há uma forma  de utilidade das cinzas das coivaras; curam várias doenças de pele dos animais, e nos cachorros pode atenuar o desenvolvimento  do kalasar, doença da leishmaniose, a mais comum nos cachorros do semiárido NE, altamente contagiosa para os humanos. Mas a ideia do cachorro deitar-se sobre as cinzas é outra; nos meses de junho, julho e agosto, no semiárido, a temperatura ambiental à noite baixa até 5 graus, se comparadas a outras épocas do ano; mas as cinzas da madeira tem a capacidade de manter a temperatura, sem variação, funcionando como um isolante térmico; o ideal é que o cachorro fique com a maior parte do corpo nas cinzas, e neste sentido ele usa as patas para cavar um buraco no meio das cinzas para condicionar  corpo; ainda sobre as cinzas: o agricultor nordestino costuma preparar seu roçado todos os anos, para o plantio (quando tem chuvas)  arrancando toda massa orgânica vegetal  (limpar o roçado) e juntado em "coivaras" que serão queimadas quando o mato seca; é comum o plantio de jerimuns (abóboras) e melões sobre as cinzas da madeira incinerada,cujo volume representa 1:1.000 da massa orgânica que foi queimada, que não tem água, que não tem matéria orgânica, e menos de 10% dos minerais (que suportam o fogo de 300ºC) que existiam na madeira; as cinzas são um material leve (maneiro) que o vento e a água das chuvas levam facilmente; nas cinzas não há qualquer forma de vida, nem mesmo  microrganismos.
 Aqui está o que restou de uma fogueira junina com 3 metros cúbicos de lenha; as cinzas e carvão que sobraram não chega a 3% da massa orgânica que foi queimada; Para Deus e para Mãe Natureza isto é uma degeneração intelectual, cultural, espiritual; mas os adoradores do fogo tem um consolo: quando o corpo de "barro' descer ao pó, sua alma não vai estranhar o fogo da geena.
 A fogueira da noite de 28 de junho,  todos os anos,  está queimando até pela manhã de hoje, dia 29 de junho; os troncos de juremas além de grossos, são cortados da planta verde, viva, exatamente para levar mais tempo para queimar; quando se coloca um corpo VIVO no fogo, seja corpo animal, ou vegetal, evapora TODA água do corpo que jamais voltará ao mesmo lugar, espaço; Toda matéria orgânica do corpo se transforma em fuligem, fumaça, cinzas e carvão; os minerais que integram o corpo (são de 13 a 50 nutrientes minerais) tem a estrutura alterada com os 300 graus centígrados do fogo; as fugueiras juninas são realmente um desastre ambiental  duradouro, sem precedentes, principalmente no Nordeste semiárido que tem o clima já  COMBALIDO.
 As fogueiras juninas transformam o Nordeste em um grande cachimbo: é fumo e fogo embaixo, e fumaça em cima; 19 milhões de metros cúbicos de lenha queimados todos os anos no Nordeste em nome de 3 santos, ditos cristãos, mas que não tem qualquer fundamento bíblico, e não passa  de simples anedotas.

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