sexta-feira, 16 de agosto de 2024

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 O fenômeno não é novo, porém mais intenso e frequente; assim, voar não é seguro nem para os pássaros. É preciso evoluir a aviação.

Pode ser uma imagem de mapa e a texto
Laboratório detecta que ventos podem ter sido decisivos para queda da aeronave
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Os ventos fortes podem ter sido decisivos para a queda da aeronave da Voepass, que caiu em Vinhedo (SP), no último dia 09 de agosto. Com o aprofundamento da pesquisa feita pelo Laboratório Lapis, cruzando informações do voo com análises meteorológicas da rota, minuto a minuto, identificou-se que o avião enfrentou turbulência do começo ao fim do trajeto.
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Ao longo do trajeto, houve pelo menos 3 fases críticas que a aeronave atravessou, com consequente perda de potência (velocidade) em cada um desses momentos: área com formação de gelo, com nuvens precipitantes (chuva) e, antes do acidente, ventos muito intensos.
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Além de ter encarado áreas com formação de gelo, turbulência e nuvens precipitantes (chuva), ventos fortes em altitude, oriundos da Amazônia, pressionaram a aeronave, principalmente no lado esquerdo (lado do piloto), exatamente quando houve mudança de direção para se aproximar do destino em Guarulhos.
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“Ao fazer essa curva, depois de passar por longa turbulência ao longo do trajeto, a aeronave ficou exposta a ventos mais fortes, com chuva, próximo a São Miguel do Arcanjo (SP). Essa área fez com que a aeronave perdesse potência, como mostra a análise dos dados de radar do voo”, explica Humberto, meteorologista fundador do Laboratório Lapis.
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Mesmo conseguindo sair da área com formação de gelo, na zona crítica 10 minutos antes da queda, a aeronave ficou mais exposta a rajadas de ventos muito fortes, quando fez a curva. Quanto maior a altitude, mais fortes são os ventos.
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“A aeronave trafegava em cerca de 5.200 metros de altitude, onde há correntes de vento significativas, que exigiram maior capacidade para a aeronave atravessar. Mas nessa mudança de direção, já próximo de Vinhedo, as correntes de vento podem ter levado a perder sustentação ou até mesmo avariado alguma estrutura do avião.
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Nessa situação, a aeronave entrou em estol (mergulhando no sentido oposto), contrapondo-se ao jato frontal de oeste, para pegar impulso e recuperar a potência. Foi quando o vento passou a atingir a frente da aeronave e ela perdeu sustentação, culminando na queda.
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