quarta-feira, 23 de outubro de 2024

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 A ver; o pobrema tá no mermo, pió, ou mió. Seca avança no Nordeste e assume contornos severos, mostra estudo

Os cenários de seca extrema e seca excepcional cresceram no Nordeste, abrangendo partes de todos os 9 estados. É o que mostra o mapa de setembro do Monitor de Secas do Nordeste do Brasil. O Ceará é um dos que apresentam maior avanço da estiagem. Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), 75% do território do estado apresenta seca extrema ou seca excepcional.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o quadro se agravou de forma significativa na região. Em setembro de 2015, o Maranhão, por exemplo, possuía áreas de seca grave, moderada e fraca. O mapa de setembro deste ano mostra grande parte do território do estado com seca extrema.
“O avanço da intensidade de seca mais severa tem atingido até regiões litorâneas que, geralmente, são mais beneficiadas com chuvas. Por exemplo, o litoral do leste do Nordeste, desde o Rio Grande do Norte até parte da Bahia”, cita o meteorologista da Funceme, Raul Fritz.
No Ceará, o mapa do Monitor mostra a expansão da seca extrema em direção ao norte e o aumento da área com seca excepcional no Centro Sul. Os contornos de seca extrema em municípios da Região Metropolitana de Fortaleza também ficam evidentes em setembro. Até agosto, a área apresentava seca grave.
“Essa situação já era esperada porque, de agosto para setembro, a ocorrência de chuvas é insignificante e o segundo semestre é considerado seco. Geralmente, tem um chuvisco ao longo do litoral. Sem chuva, a condição de seca tende a se agravar. As condições já vinham secas e pioraram ainda mais”, explica Fritz.
Ele acrescenta que a tendência é de o quadro se agravar até dezembro tanto devido à ausência de chuva como pela elevada radiação solar, que provoca a evaporação da água dos reservatórios do estado. Os 153 açudes monitorados pelo Governo do Ceará possuem, juntos, apenas 8% de sua capacidade.
Em Quixadá, no Sertão Central (a 215 quilômetros de Fortaleza), não se vê chuva desde o fim da quadra invernosa deste ano (período entre fevereiro e maio que concentra a maior parte da chuva no estado). O relato é do presidente da Associação dos Agricultores do Distrito de Riacho Verde, Francisco Rodrigues. O centenário açude Cedro, símbolo das primeiras intervenções para enfrentar os efeitos da seca, já não contribui mais nem com água nem com forragem para alimentar os animais.
“A maioria dos produtores teve que se desfazer do rebanho para não ver os animais morrerem e alguns que ainda têm gado sobrevivem a duras penas. Na agricultura, não teve produção porque o inverno foi muito fraco. A situação está difícil.”
O Ceará enfrenta cinco secas seguidas desde 2011 e a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) ainda não se pronunciou sobre a estação chuvosa de 2017. De acordo com o meteorologista da fundação, ainda não há definições sobre as condições dos oceanos Atlântico e Pacífico, que influenciam as chuvas no estado.
Pelo quadro atual, conforme Rodrigues, existe uma baixa probabilidade de que ocorra um El Niño (aquecimento anormal das águas do Pacífico Equatorial, que atrapalha o regime de chuva). Por outro lado, é possível que haja La Niña (resfriamento da mesma área do oceano, que têm efeito inverso do El Niño), mas o fenômeno pode não ser intenso nem se prolongar por toda a quadra invernosa no Ceará.
“As pessoas, vendo esse resfriamento do Oceano Pacífico, ficaram animadas, mas a gente tem que ter cautela. Vamos ver se vai se configurar como fenômeno típico, se vai ter uma intensidade que permita ter uma repercussão positiva.”

Como se pode ver nesse relatório publicado em um jornal do Ceará, os brasileiros não conhecem os elementos da Natureza e os bens da vida que tem; muito parecido com a situação do touro que se deixa dominar pelo Homem porque não sabe a força que TEM; a seca nordestina é artificial e nasce, exatamente, da desinformação sobre os elementos da Natureza e sua variáveis atmosféricas; uma prova cabal dessa desinformação está em colocar a seca no Estado do Maranhão, Nordeste Amazônico, e a zona da mata NE que eles chamam de litoral leste, de RN á BA; O Maranhão recebe em média 2.200mm de chuvas por ano, variando entre 1.800L/m² em áreas próximas ao PI, e 2.400mm próximo ao PA. A estação chuvosa tem 7 meses; no NEAM tem pelo menos 6 rios perenes; todo os (cerca de ) 360.000 km² do MA tem um aquífero descomunal de água doce; a seca citada no Jornal é quando chove em média 1.000mm no MA e na zona da mata; a zona da mata menos beneficiada com chuva é a ponta que vai de Ceará-Mirim á divisa com PB, e choveu mais de 600mm em 2.016; se chover 600mm no agreste e sertão RN (choveu de 330 a 250mm =300mm) em 2.016 não é semiárido; na zona da mata NE, do RN a BA tem um aquífero descomunal de água doce, mas como é área densamente povoada, e não há esgotos tratados (até as praias são impróprias para o banho) estão sendo contaminados; na zona da mata RN, embora recebendo menos chuvas do que no restante da zona da mata NE, o aquífero numa área de 2.000 km² equivale, em volume de água, em cada 10.000 km² do restante da zona da mata, PORQUE 80% da zona da mata RN são terreno de dunas que absorve toda água das chuvas, enquanto no restante da zona da mata NE 80% do terreno é solo massapê semi impermeável. No litoral Entre Touros-RN e a divisa com a Paraíba há poços tubulares escavados a 200m da praia, com água doce, para o abastecimento urbano, o que não é comum no litoral de PB a BA; A zona da mata RN, incluindo a Grande Natal é abastecida exclusivamente com poços tubulares, enquanto que na zona da mata de PB a BA o abastecimento é predominantemente de açudes, ou barragens; para abastecer o Grande Recife são 11 barragens todas dentro da zona da mata; quando chove 50%, digamos, 1.000mm as barragens recebem água, mas não enchem, trazendo racionamento de água no Recife desde 1.993; o aquífero na área urbana do Recife é totalmente contaminado com material de fossas, esgotos, derivados de petróleo, porém passivo de tratamento; até 1.972 o grande Recife sofria horrores com as enchentes dos rios que serpenteiam pela cidade, que na realidade são FOSSAS putrefatas à céu aberto, com enchentes de lixos; de 1.981 a 2.001 tivemos 10 anos com oferta de chuvas menor que 1.000mm ao ano, forçando a escavação de poços tubulares no Recife.

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