O
fogo que MATOU a Zona da Mata Nordestina,
de fato e na crença dos nordestinos.
O fogo e a vida não podem ocupar o mesmo lugar
ao mesmo tempo.
O fogo é um agente de destruição
incompatível com a vida.
O fogo na agricultura começou quando o homem
primitivo deixou de ser nômade e se fixou na terra para produzir seu alimento
cultivando a terra e criando animais que fornecem ovos, carne, leite, couro e
lã. O primeiro agricultor registrado na
História foi Caim – Gêneses 4 – primeiro filho de Adão/Eva que viveu a cerca de
7.500 anos. Para abrir espaço para a agricultura o homem terá que destruir as
plantas nativas. Naquele tempo não havia ferramenta para o desmatamento –
cortar e arrancar a planta pela raiz, e o fogo era empregado durante dias e
dias até queimar toda massa orgânica vegetal, transformando-a em cinzas, carvão,
fuligem e fumaça, gerando na atmosfera o ácido nítrico NHO3, a chuva
ácida, destruindo a camada de ozônio O3,, aumentando o efeito
estufa.
Na
litosfera o desmatamento com fogo destrói ou expulsa a fauna; a cinza, a
fumaça, a fuligem bloqueiam os poros de respiração, transpiração e fotossíntese
das plantas; nos animais bloqueia os poros da pele(transpiração e respiração da
pele), afetam a visão e olfato, e no homem causam vários tipos de câncer; no
chão o fogo destrói o solo orgânico vivo, impermeabiliza(endurece) o terreno
impedindo a infiltração de água das chuvas e dificultando o desenvolvimento das
raízes das plantas; na água da hidrosfera o material derivado de carbono
incinerado na queimada traz muitos transtornos.
O
homem já tem tecnologia para abrir espaço para a lavoura sem queimar a vida.
TESTEMUNHAL:
Pernambuco teve nos séculos XVI e XVII o
maior plantio de cana-de-açúcar da Terra, graças à zona da mata de solo massapé
coberto de aluvião profundo, escuro, de grande fertilidade, com uma oferta de
chuvas anual superior a 2m/m²; luz solar e ventilação propícias á geração e
manutenção de vida, produzindo 100
toneladas de cana para 20 toneladas de caldo por hectare. Até início da década de 60, políticos e intelectuais
anarquistas pernambucanos, de triste memória, importaram de regimes comunistas,
particularmente de Cuba, a idéia de se
queimar a cana no campo como forma de forçar os usineiros a atenderem a
reivindicação dos trabalhadores dos canaviais. A cana-de-açúcar queimada perde
imediatamente 20% da água (caldo) do corpo, e a cada dia que fica exposta ao
Sol no campo perde até 8%, um desastre. Da cana-de-açúcar se produz álcool,
aguardente, mel, melaço, açúcar, rapadura – sacarose, tornando-se uma das culturas
mais úteis ao homem. Sem fogo a cana-de-açúcar tem vida útil de até 40 anos.
Em
1.972 Pernambuco tinha 92 indústrias beneficiando a cana-de-açúcar e seus
derivados, trazendo 100.000 empregos diretos e permanentes; centenas de cidades
nasceram e viveram na zona da mata
nordestina em função da cana-de-açúcar, riqueza que fez de Recife a 3ª
cidade do Brasil e deu a Pernambuco o título de “leão do norte”.
Com
20 anos de fogo no canavial, a produção caiu para 70 toneladas por
hectare(apesar do adubo químico que vicia a terra e encarece a produção); a
vida útil da cana baixou para 10 anos(hoje é de 5 anos), e o clima foi alterado em todas as variáveis
atmosféricas, inclusive baixou o índice pluviométrico.
Em
1.993 Pernambuco tinha 16 indústrias de
cana-de-açúcar e hoje só funcionam quando o Governo injeta recurso a fundo
perdido, uma forma de manter o emprego, mantendo o homem no campo. A diminuta
classe de trabalhadores da cana tem que receber um complemento de renda por
intermédio dos programas paternalistas do governo federal, entre os quais a
bolsa esmola. O homem dos canaviais imigrou para as cidades formando e inchando
as favelas, onde o rapaz(filhos) terá que optar pelo crime, uso e tráfico de
drogas e as meninas buscam a prostituição.
A
zona da mata nordestina está nos estados RN-PB-PE-AL-SE-BA, localizada entre o
litoral e o agreste; tem 3km de largura na ponta em Ceará-Mirim-RN e mais de
100km de largura na divisa da Bahia com a região sudeste. A menor área de zona
da mata está no RN, cerca de 2.000km², onde 97% da vegetação nativa foram
destruídas para abrir espaço para a cana-de-açúcar que com a mudança climática
e destruição do solo agrícola inviabiliza o cultivo.
O Brasil nasceu na zona da mata nordestina, a
terra do pau-brasil, teve muitas madeiras nobres com um volume de massa vegetal
de 0,80m³/m². Hoje tem o maior bolsão de miséria do Nordeste.
Para
quem conhece, como eu, o estupro que o fogo causa à ecologia, ao meio
ambiental, à Natureza, seria estupidez, imbecilidade, irracionalidade admitir
que o fogo seja um dos 4 elementos da Natureza. O fogo é um agente de
destruição incompatível com vida. Nenhum ser vive com os 300ºC do fogo agricultural
nordestino das coivaras, queimadas,
fogueiras. O fogo é o fim.
Sempre
que Deus usou o fogo o fez para destruir a vida mal criada, corruptível, a
exemplo de Sodoma e Gomorra.
Na
crença nordestina:
Como
Ser onipotente, onisciente, onipresente Deus não poderia ter o fogo como
elemento da Natureza, da vida. Por isso a Palavra de Deus coloca o fogo como o
FIM de tudo.
Nas
leis da Natureza:
Os 4 Elementos da Natureza: 1) Energia
luminosa e calorífica da luz solar; 2)atmosfera com água no estado gasoso, 12
gases, sendo que 4 deles constituem 96% dos corpos dos seres vivos; 3) Solo
orgânico mineral; 4)água no estado líquido – CHUVAS. Toda água da Terra veio ou
vem de um regime de chuvas.
Informação tem que ser precisa.
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