terça-feira, 14 de novembro de 2017

Dela, o começo da seca.

Dela, por ela, com ela e para ela – A seca nordestina – tempo 1.

É justo e necessário atribuir-se a seca à escassez, ou á falta de água doce. O Nordeste com mais de 1,5 milhão de km² tem 8 sub regiões bem definidas  hídrica, física e ecologicamente, 3 das quais somam + ou -  600.000km² - Nordeste Amazônico, Sul da Bahia e zona da mata nordestina, que recebiam mais de 2.000mm de água das chuvas por ano; 
Em  1/3 do NE estão as caatingas; as caatingas representam 1/6 do Brasil,  semiárido que recebia de 300 a 800mm de chuvas ao ano, média de 500mm ao ano; 
Devido ao desmatamento incondicional de 300 anos, que culminou em 2.012 a 2.020, todas as sub regiões tiveram o volume de chuvas reduzido de 30 a 40%, com consequências desastrosas para o agreste e para o sertão de caatingas, uma área de 550.000km², e transformou 200.000km² de zona da mata, brejos de baixadas e brejos de altitude em semiárido; 
As caatingas  que soma 250.000km² em 8 dos 9 Estados do NE, onde não há o que se desmatar, e não há o que se plantar é semiárido natural porque não tem SOLO, 4º Elemento da Natureza, e com a redução na oferta de chuvas estão em adiantada condição de desertificação (com  2 elementos naturais em desequilíbrio); 
O Brasil é o País da água doce, e toda água do Brasil vem de um regime de chuvas; nos 600.000 km² de nordeste úmido há 2 rios caudalosos – um genuinamente nordestino – o Parnaíba, e o rio Tocantins que cobre grande parte do território do MA. No NEAM tem rios perenes – Gurupi, Turiaçu, Grajaú, Pindaré, Itapecuru, que diferente dos rios do sertão e agreste NE, que foram temporários, e agora estão mortos, não tem água salgada; os rios da zona da mata estão todos contaminados, poluídos; 
De nossa (FEMeA) propriedade intelectual existe uma ideia, uma tese de se construir um canal de 320.000.000 m³ pelo litoral – Um Projeto de Água para Um Projeto de Vida entre a foz do rio Parnaíba e a foz do rio São Francisco captando a água (junto à foz) desses rios perenes (50.000.000 m³ por dia) e durante o período das chuvas captar a água da foz de centenas de rios temporários; essa área do litoral entre o Parnaíba e o SF tem 1.571 km de extensão, a mais densamente povoada, com problemas no abastecimento de água, e do litoral parte da água vai ser empurrada para o interior do Continente. 
Com a redução na oferta de chuvas para a condição de semiárido em cerca de 750.000 km², a flora (que ainda resta) foi afetada drasticamente, e as plantas nativas(5%) estão esgotadas, tendendo a morrer; assim também acontece com a lavoura desenvolvida na área, lembrando que a redução na oferta de chuvas (e terreno NU sem vegetação, ou com massa vegetal menor) implica no aumento da temperatura, diminuição na umidade do AR, aumento de evaporação dos reservatórios (6L/m² ao dia), aumento de evaporação de água do solo, aumento da evaporação de água dos corpos dos animais, e dos corpos das plantas; 
Para recuperar o clima é preciso restaurar a cobertura vegetal que foi reduzida (nessa área) de média 0,50m³/m² para 0,03m³ por m²; E PARA restaurar a cobertura vegetal com o volume de chuvas reduzido em 40% é necessário criar mecanismos de captação e armazenamento eficiente de água das chuvas (e nenhuma das obras de engenharia do NE atenderia esse requisito); reduzir a zero a perda de água nos reservatórios (a ideia sugerida já tem essa característica); reduzir a evaporação de água do solo, com máscara de material resistente às intempéries; cultivar árvores frutíferas e de extrativos, criando o SOLO (até na caatinga) autossuficiente em água doce (ao alcance das raízes) e nutrientes minerais, zerando a evaporação de água do solo em torno da planta. 
Neste tempo 1 vamos apresentar as ações humanas que reduziram a massa vegetal de 0,50m³ para 0,03m³/m² e como essa agressão interferiu nos elementos do clima. Precisamos forçar essa justificativa de restabelecer a vida e o clima do NEBR, provando que a cobertura vegetal é o quinto elemento da Natureza, ou seja, criar dados científicos para uma literatura ambiental.

Importância das plantas.

   De acordo com Gn 1,11 os primeiros seres vivos criados por Deus foram as plantas; isto é, algas com fotossíntese e clorofila. De acordo com Gn 2,5 não existem matas e florestas sem a água no estado líquido que vem das chuvas o que significa dizer que o Reino Vegetal se desenvolve em temperatura de 5ºC a 80ºC que é o gradiente de temperatura para evaporação de água e formação de chuvas; por outro lado a planta é o único ser vivo AUTÓTROFO, ou seja, sintetiza água, gases, energia luminosa e calorífica do Sol e nutrientes minerais em matéria orgânica, o que significa, também, que o vegetal é a nutrição dos seres vivos (inclusive de si mesmo).

 Se atentarmos para o fato de que os 4 Elementos da Natureza são: Gn 1,3 – energia luminosa e calorífica do Sol; Gn 1,7 Atmosfera; Gn 1,11-12 – solo orgânico mineral; Gn 2,5 chuvas – água no estado líquido; que cada um desses 4 elementos naturais tem variáveis atmosféricas que dependem da cobertura vegetal nas terras emersas da Terra para manter o equilíbrio, a harmonia com a vida estabelecida, chega-se a conclusão que o vegetal é a razão da existência da Natureza no Planeta Terra; 
A cobertura vegetal é o QUINTO Elemento da Natureza: é responsável pela incidência e reflexão da luz Solar na terra e temperatura no chão – 1° elemento; responsável pela formação e integridade do solo – 2º elemento; responsável pela umidade do ar, pressão atmosférica, direção e intensidade dos ventos – 3º elemento; é responsável pela umidade do chão, pela presença das fontes de água, manutenção da água nos reservatórios de superfície porque controla a evaporação, evita a fuga da água no chão; as raízes das plantas são canais para drenagem de água no chão; com solo seco a planta libera água do corpo no chão para a coleta de nutrientes minerais; as plantas são responsáveis pela formação de nuvens e formação de chuvas. Uma árvore abriga e alimenta milhares de vida. Para o Homem a planta é o alimento, o remédio, a respiração (oxigênio, gás carbônico – ar puro), a casa, a cama, o vinho, o lápis, a tinta, o papel, a aguardente, a mesa, o assento, o chapéu, a roupa, e sua última morada – o caixão fúnebre.
Nunca se ouviu falar que uma mata ou floresta tenha sofrido algum dano por conta dos elementos vegetais que as compõem. O vegetal é absolutamente comprometido com os 4 Elementos da Natureza e suas variáveis atmosféricas.
Citando a Bíblia na educação ambiental para quem acredita: A Atmosfera com água em forma de vapor e 12 gases foi criada(Gn 1,7) a partir da criação da massa orgânica vegetal (algas) há 3 bilhões de anos (Gn 1,12);  A porcentagem atual dos gases da atmosfera foi condicionada com a criação de vegetação rasteira, relva, há 2,5 bilhões de anos (Gn 1,24); As chuvas provenientes da água condensada (nuvens) na atmosfera, com temperatura de 5ºC a -5ºC foram criadas depois que o Céu e a Terra já estavam prontos, ou seja, depois da chuva foi criado o Homo Erectus(Gn 1,26), há 1,5 milhão de anos  – “Quando Deus criou a chuva não havia sobre a terra nenhuma árvore e arbusto e não havia o Homem agricultor (Homo Sapiens)”, que só foi criado há 7.520 anos ou 5.508AC. (Gn 2,7) A ÁRVORE do CONHECIMENTO citada  em Gn 2,9 e17, acessível ao Homo Sapiens, e a ÁRVORE da Vida Eterna citada em Gn 2,9 e 3,22, inacessível ao Homo Sapiens(sabe que), que conforme a cronologia bíblica foram criadas entre 100.000 e 50.000 anos.
A cobertura vegetal é essencial na formação do clima na terra, ou seja, para o equilíbrio das variáveis atmosféricas dos 4 elementos da Natureza e como as variáveis atmosféricas são interdependentes, a cobertura vegetal é responsável pelo ciclo da água, ciclo dos gases atmosféricos, ciclo do Ar atmosférico (e dos ventos), ciclo do solo, ciclo alimentar, ciclo da vida.
A planta nasce, vive, se reproduz e morre. A planta tem tudo o que o homem precisa para viver: média de 600 gramas de alimentos por indivíduo humano (criança+ adulto) ao dia; 5 a 6m³ de oxigênio para cada indivíduo humano, por dia, na pressão atmosférica de 1,2kg/cm², preparado por 100 a 120m³ de massa vegetal viva(verde, com clorofila, fotossíntese) que ocupa uma área de 1.000m²; para cada doença física e mental do Homem  existe um ou mais remédios no corpo dos vegetais. A tecnologia do Homem estaria a serviço da vida se fosse capaz de extrair seu alimento e remédio do corpo da planta sem ter que desMATAR, como acontece com as fruteiras  e sementeiras de longa vida que frutificam(safrejam) durante vários anos, alimentando o homem e outros animais. Para recuperar as áreas desmatadas, criar e manter o Solo, plantam-se primeiramente as árvores e arbustos (com maior massa vegetal por área) que tem, nos corpos vegetais, alimentos – frutas e sementes, depois planta-se gramíneas a exemplo da cana-de-açúcar que tem vida longa, lembrando que as plantas concorrem entre si com água, nutrientes minerais, ventilação, Luz Solar. Considerando que o homem come carne, ovos, leite, mel, peixe, massa orgânica produzida pelo corpo animal, deve-se também planejar o “cultivo “de vegetais para alimentar os animais produtores de alimentos para o homem. A tecnologia do homem já tem recursos para controlar a Luz solar, os ventos, preparar o solo, condicionar a temperatura e, fundamentalmente, captar e armazenar água DOCE das chuvas para a UTILIZAÇÃO no abastecimento doméstico e produção de alimentos (agropecuária). Para ter  ao alcance(próximo) do aparelho respiratório o oxigênio da respiração aeróbica, deve-se prever(e manter) para cada pessoa, uma massa vegetal junto à residência (casa) do homem, de 600m³, lembrando que o vegetal expele o oxigênio na Atmosfera durante o dia(com luz do Sol), mas à noite o vegetal tira oxigênio da atmosfera para a demanda energética, cerca de 20% do oxigênio liberado pelo vegetal durante o dia de Sol. O vegetal também inspira o gás carbônico de nossa expiração animal, cujo volume é igual ao volume de oxigênio expirado. A qualidade de vida( e longevidade) do Homem é proporcional à massa vegetal que produz seu alimento e fornece o oxigênio da respiração, lembrando que o homem é o único ser vivo que pode ser racional  e portanto  é responsável, também, pela qualidade de vida dos outros seres vivos.


No Brasil a degradação ambiental começa com a eliminação da cobertura vegetal para os campos de lavoura, de pastagem do gado, e para a extração de madeira e lenha. A cobertura vegetal nativa deveria ser preservada em 60%,o que evitaria uma transformação brusca no clima. A eliminação da cobertura vegetal é decisiva para alterar todos os 4 Elementos da Natureza e suas variáveis atmosféricas. Com relação ao solo que gera e mantém a vida a transformação imediata com a eliminação da vegetação, flora, é: a fauna é expulsa da área ou eliminada diretamente pela agressão; o solo desprotegido é arrancado pelo arado do trator, da capinadeira e pela erosão; o solo desprotegido (sem vegetação) recebe alta intensidade de luz Solar eliminando os seres vivos e alterando a composição da matéria orgânica morta vegetal e animal que integram o solo; tudo isto representa mudança na cor, textura e porosidade do solo, tornando-o impermeável para a água das chuvas e impenetrável pelas raízes das plantas e consequentemente não há formação e manutenção dos lençóis de água subterrânea. A eliminação da cobertura vegetal no Nordeste Brasileiro, onde o clima é naturalmente frágil, tem conseqüências imediatas no clima. A eliminação da cobertura vegetal no Brasil tem duas linhas de ação: desmatamento, quando as árvores são cortadas com moto-serra, machado, foice para a extração de madeira e para abrir espaço para o desenvolvimento de pasto para o gado; neste caso algumas árvores cortadas brotarão surgindo novos galhos a partir do tronco, desde que as variáveis atmosféricas não sejam afetadas com o desmatamento, e o solo não seja eliminado pela erosão; DEFLORAMENTO, estupro, quando a vegetação é derrubada(popularmente chamada “brocação”), toca-se fogo em toda a madeira da área ficando apenas os troncos queimados das árvores que futuramente serão arrancados pela raiz e queimados(novamente). O DEFLORAMENTO é muito comum no Nordeste já que a vegetação é secundária (0,3m³ de massa vegetal por m²) – pequena e raquítica, não servindo como madeira (na visão do homem local). As conseqüências das queimadas para o clima na Terra são desconhecidas até mesmo para a (chamada?) comunidade científica que até agora não descobriu que toda planta tem alimentos para o Homem; que a extinção da vida na Terra está intimamente ligada ao que essa comunidade científica chama de desenvolvimento sustentável; que a cobertura da Terra foi criada há 400 milhões de anos para condicionar os 4 Elementos da Natureza e suas variáveis atmosféricas às necessidades da vida diversificada(todas as formas de vida). Se o desmatamento é realmente necessário, faz-se, em médio prazo, a compensação dessa agressão transformando em pó(triturar) toda a madeira colhida do desmatamento, incorporando essa massa orgânica ao solo, como forma de voltar ao pó, o que é do pó(solo) como quer e manda Mãe-natureza.

Com o atual nível de desmatamento do Nordeste não se deve arrancar uma só árvore; racional é plantar-se, criando uma cobertura vegetal permanente (de longa vida) maior que 50% da massa vegetal original, digamos, maior que 0,30m³ por m². Ver comentários sobre as fotografias.




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