domingo, 9 de setembro de 2018

A seca é morte forçada, por ignorância e extravagância

quarta-feira, 27 de março de 2013

Educação ambiental.

Há cerca de 3,5 bilhões de anos a Terra era um deserto sem água e sem vida; De lá para cá muitas áreas da Terra se alternaram como desertos, e terras  férteis; No Brasil não existe deserto seco, embora uma pequena área no Maranhão, chamada de lençóis maranhenses, seja coberto de areia, e, não tendo solo, a vida é pouca; nessa área chove mais de 2.000L/m²/ano, e portanto seria semiárido,  já que somente um elemento natural está em desequilíbrio; A caatinga, semiárido natural presente em 8 Estados do NE é semiárido porque não tem solo de sedimentação, mas com as agressões ambientais ao longo de 300 anos começa a surgir um outro elemento em desequilíbrio - a água; os arbustos da caatinga, dispersos e pequenas,  por falta ou escassez de solo orgânico, estão aclimatadas para receber 500mm de chuvas por ano, e a cada 8 anos sofrer um El Ñino com menos de 300L/m²/ano, mas o sertão NE é bem servido de solo orgânico nas várzeas e nos cerrados, e sendo a mesma oferta de chuvas da caatinga tem flora e fauna (nativas) com massa 10 vezes maior; Na fotografia temos o cerrado (onde não há caatinga) do agreste RN que recebia maior oferta de chuvas do que o sertão, mas com o desmatamento bestial virou semiárido; Antes de virar deserto o lugar passa pela condição de semiárido; é o caso do semiárido natural NE, a caatinga que embora recebendo a mesma chuva do sertão, o fato de não ter solo (subsolo impermeável) faz com que a água das chuvas fique menos de 5% na caatinga, enquanto áreas  do sertão guardam até 10% da água das chuvas recebida;  A Natureza pode, durante milhões de anos transformar área fértil em semiárido e deserto, mas a caatinga do NE sempre foi semiárido por falta ou escassez de solo, provavelmente um caso ímpar na Terra.
Com relação ao terreno da fotografia, antes cerrado, com solo denso, é possível ainda transformá-lo, recuperá-lo, criando uma cobertura vegetal de 0,3m³/m², o que pode ser feito com massa vertical - árvores frutíferas e de extrativos (e alimento do gado); como a oferta de chuva atual é incompatível com a necessidade de água de 0,3x5x365= 547,5 L/m²,  reserva-se  5% da área para se captar e se armazenar água das chuvas para criar, aos poucos, essa cobertura vegetal, provavelmente em tempo de 5 anos, quando a própria cobertura vegetal, nesse nível, seria capaz de recriar o solo, melhorar o clima, participar da formação de nuvens e de chuvas em período de 10 anos, provavelmente; Já que a caatinga não tem solo para gerar vida, e representa 250.000 km² do sertão NE, esse terrenos seria reservado para captação e armazenamento de água das chuvas, todos os anos, digamos, vários projetos desenvolvidos em 10% da caatinga - 25.000 km²; Essa água captada e armazenada tal qual vem das nuvens primeiramente atenderia o abastecimento urbano, digamos, 10.000 km²; Com oferta de chuvas de (média) 400mm/ano são 4.000.000 de litros por hectare, 400.000m³/km²; multiplicando-se por 10.000 km² = 4.000.000.000 m³; se cada pessoa necessita de 20m³/ano (racionalmente são 50L/pessoa/dia) para beber e abastecimento doméstico, daria para 200 milhões de pessoas, por ano,  a população do Brasil; os 15.000 km² restantes com água captada e armazenada para agricultura permanente (verticalidade das árvores frutíferas, extrativos), com 4.00.000 m³ / km² - 6.000.000.000 m³, com 547,5 litros /ano, ou 0,5475 m³/m²/ano de área plantada, ou arredondando para 0,6m³ de água por m² de vegetação; = 10.000.000.000 m² de área plantada.

Educação ambiental;

Em primeiro plano uma planta verde no lajedo, e no horizonte algumas árvores dispersas; O lajedo é um deserto de pouca vida por que faltam 2 elementos naturais - solo orgânico e água; a planta nasceu no meio do lajedo na brecha da pedra fracionada, onde se acumula terra, e durante o  curto período das chuvas escorre, por gravidade,  água das chuvas  para o tronco da planta. No horizonte da fotografia um deserto de pouca vida criado pelo agropecuarista local ao longo de 100 anos; ao desmatar incondicionalmente sua terra, a flora tão comprometida com a água doce (e chuvas); com a formação e integridade do solo, com o clima foi reduzida a zero, se comparado à vegetação nativa; a agricultura, cultura agrícola também é vegetação, e somente por um curto período das chuvas se planta nessa área, e hoje raramente se faz agricultura por causa da agressão causada pelo desmatamento; A fauna e a pecuária se alimentam de vegetais que não existem; completa-se o ciclo de morte.

Um comentário:

  1. Vídeo, fotos e textos sobre o sertão de caatingas. As caatingas somam 250.000 km2, 50% do sertão em 8 dos 9 Estados do NE- trata-se da área mais desconhecida do BR, e mais de 90% dos brasileiros acreditam e propagam que o NE é seco- grande parte dos brasileiros, inclusive os nordestinos afirmam que no semiárido de caatingas não chove, enquanto que os GIBIS BR registram que caatinga é mata cinzenta, sem folhas por causa da seca causada pela falta de chuvas- o vídeo mostra uma área do sertão de caatingas RN, que com outros vídeo publicados recentemente mostram que nessa área uma família sertaneja, na pessoa do Barão Felipe Néry, conseguiu construir um grande patrimônio arquitetônico, social, financeiro criando gado e fazendo agricultura de subsistência, o que mostra um ambiente e um clima propícios, e que hoje essas terras são ocupadas por ASSENTADOS do Incra que não conseguem tirar o sustento da terra, e sobrevivem a duras penas com as ESMOLAS, assistencialismo NOJENTO do governo central.

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