Educação ambiental.
Pela segunda vez em 10 meses dsoriedem.blogspot.com - Fonte de Educação ambiental científica, com exclusividade na Terra, mostra o lixão da cidade de Riachuelo-RN, mas diferente de qualquer agressão que outro lixão possa produzir, aqui as agressões são totais, abrangentes: ambientais, sociais, ecológicas, políticas, administrativas, culturais, intelectuais, filosóficas, psicológicas; em primeiro plano na fotografia parte do lixão; no fundo um acampamento do MST; à esquerda a BR 304, e depois, do mesmo lado, a Serra Azul, tudo a menos de 1km de distância, em linha reta, da cidade Riachuelo, ao Oeste.
terça-feira, 21 de maio de 2013
Educação ambiental.
Nesta fotografia, no agreste RN, destacamos os troncos da árvore jurema, arrancados, e no fundo as coivaras com os ramos da jurema; O que esta imagem traz de ensinamentos, como educação ambiental; Esta área do agreste, Solo e vegetação (nativos) de cerrado, ocupado como campo de lavoura e pastagem do gado, por mais de 100 anos, tinha centenas de variedades de árvores e arbustos, formando uma massa vegetal não inferior a 0,3m³/m²; no desmatamento da fotografia apenas a jurema com 5 a 8 anos de vida, tempo em que essa área ficou para a "solta" do gado no cercado, lembrando que o gado caprino come as folhas da jurema, mas o gado bovino (e outros) só come a folha verde, amarga da jurema como única opção de alimento; as folhas da jurema são miúdas, e quando caem no chão, por caducidade, secas, são tragáveis para todos os herbívoros, o gado bovino não consegue colher, com a boca, essa massa orgânica vegetal enterrada no chão, mas tem sua importância: a jurema é uma leguminosa que capta o nitrogênio do ar, principal nutriente das plantas; o nitrogênio é um gás atmosférico muito rebelde (volátil) que só vem para o chão, ao alcance das raízes, como nutriente das plantas(não leguminosas), por imposição de fontes de energias, entre as quais o relâmpago (que só acontece no tempo das chuvas, no semiárido); rebocado para baixo pela água das chuvas densa, grossa, que só acontecem no tempo de La ñina, precipitações de 20 mm por hora; ou na matéria orgânica animal e vegetal decomposta (o nitrogênio compõe os corpos vivos); As folhas da jurema têm muito nitrogênio (e outros gases), parte do nitrogênio evapora quando a jurema prepara as folhas para a caducidade, mas resta algum nitrogênio que será injetado com as folhas secas no chão. Quer dizer: a jurema não é de todo Má; a jurema também nasce na caatinga do sertão, mas não passa de 3m de altura, quando adulta, enquanto que no cerrado do sertão a jurema, no mesmo clima, mas com solo diferente, chega a 10m de altura. A jurema representava menos de 1% das árvores no cerrado nativo do sertão e agreste, mas como é muito adaptada ao ambiente, hoje é quase uma exclusividade nesse ambiente agredido intensamente por dezenas de anos.
Educação ambiental
O agricultor e pecuarista nordestino arrancando o cacto xiquexique para abrir espaço para o campo de pastagem do gado; O Nordeste é mesmo uma região heterogênea física e biologicamente; enquanto no sertão nordestino o pecuarista precisa do xiquexique para dar como alimento do seu gado no verão, seca, aqui no agreste RN o pecuarista arranca e queima o xiquexique como planta daninha, já que dispõe do cacto cardeiro para dar de comer ao seu gado no verão; parece incongruência, mas tem explicação: o xiquexique é a planta mais abundante da caatinga; a caatinga representa 50% do sertão nordestino; o agreste (da fotografia) NÃO tem caatinga; o cardeiro, mandacaru, só nasce onde tem solo de sedimentação com mais de 30cm de espessura, e portanto não nasce na caatinga (não tem solo); o cardeiro nasce também no cerrado do sertão; o sertão nordestino de 500.000 km² nos Estados PI-CE-RN-PB-PE-AL-SE-BA tem menos de 30% de solo e vegetação de cerrado, HOJE, totalmente desmatado, ou cobertos de juremas, com exclusividade.
Educação ambiental.
A árvore leguminosa ANGICO; família: Mimosoidea; gênero: piptadeníea; Planta do CERRADO do agreste e do sertão nordestino que NÃO nasce na caatinga do sertão nordestino; a árvore é muito bem adaptada ao clima e solo de cerrado no agreste e sertão nordestinos, podendo chegar a 20m de altura, com uma copa com 15m de diâmetro; é Madeira de primeira qualidade para carpintaria, mourões e estacas de cercas; por ser uma leguminosa tem mecanismos biológicos para coletar o nitrogênio do AR, principal nutrientes das plantas; suas folhas verdes, ou secas, são apreciadas por todos os animais herbívoros; suas sementes contém alcaloides psicoativos empregadas por vários povos da América do Sul na produção de uma bebida que causa embriaguez intensa, duradoura, e com efeitos psicoterápicos, as sementes poderiam ser empregadas na fabricação de medicamentos. Toda planta tem utilidade no contexto da vida, mas o ANGICO é Mais. No sertão RN tem uma cidade/município com o nome de ANGICOS (no plural), o que mostra a abundância dessa árvore no cerrado do Sertão NE, lembrando que a caatinga (onde não tem árvores, exceto a favela) representa apenas 50% do sertão nordestino. No sertão nordestino tem vales, serras, cerrados, rios e suas várzeas, e caatingas, que significa "clareira", onde as plantas estão muito dispersas e não assam de 3m de altura, quando adulta; o clima do sertão NE é o mesmo, TODAVIA a caatinga é semiárido natural por que NÃO TEM solo; O solo orgânico mineral nas várzeas dos rios do sertão é um dos mais denso e férteis do Brasil.
Para nós, FEMeA que fazemos Educação Ambiental Científica cientes e conscientes do Papel de cada Ser Humano na Terra, e em sendo parte do caos estabelecido no NE pela ação nefasta do OME, por vezes nos perguntamos como é que toda uma população, que hoje passa de 60 milhões de pessoas, algumas com formação técnica(como é o caso do técnico em agropecuária da foto 3) se juntarem nesse frenesi de destruição generalizada do ambiente, e pior, justificando suas ações como benéficas, e pior, ainda, a cada ano vendo o NE afundar, secar, morrer.
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