Educação ambiental.
Várzea extensa, larga, quase plana ( declive 1/1.000m) do rio Camaragibe, no assentamento Lagoa Nova, Riachuelo-RN, aqui na cor cinza devido o alto teor de salitre, nitrato de sódio criado pelas agressões ambientais ao longo de dezenas de anos pela agricultura paleolítica comum no semiárido NE, mas reforçado com outros elementos químicos (estranhos), adubos químicos e ácidos usados na monocultura da cana-de-açúcar cultivada nesta área por cerca de 15 anos; como se pode vê nenhuma planta nasce na área; as árvores que se vê ao fundo e à esquerda são algarobas que nascem onde o salitre + é menos concentrado; uma curiosidade dessas terras salinizadas é que o salitre, SAL, atrai a umidade do ar, permanecendo ligeiramente úmidas no verão. Embora essa terras estejam perdidas para a tecnologia agrícola brasileira, na realidade existe forma inteligente de se utilizá-las para a captação e armazenamento de água doce das chuvas; podem ser utilizadas também para o plantio de culturas pelo sistema "Tanque Retentor de Água Subterrânea" para agricultura o tempo todo, sem irrigação, de autoria de dsoriedem.blogspot.com, quando o agricultor é SENHOR do solo, da água, da cultura....
Educação ambiental.
Dando continuidade as postagens iniciadas em 28-04-2.013 sobre o desastre ambiental, social, econômico, administrativo no assentamento Lagoa Nova, em Riachuelo-RN, que certamente servirão de subsídios para desenvolvimento de estudos e debates em Faculdades de administração de empresas, da ciência da Economia, filosofia, sociologia, agronomia, botânica, Etc, já que mostramos com textos e imagens toda decadência dessa propriedade que já foi uma fazenda de gado pertencente ao um ex-governador do RN, por cerca de 80 anos, até a década de 60; foi um grande empreendimento financiado pelo governo federal para o plantio e beneficiamento da cana-de-açúcar; na fotografia o açude Lagoa Nova construído pelo fazendeiro Juvenal Lamartine há mais de 70 anos, sendo considerado o primeiro grande açude particular construído no RN, e o único dessa propriedade que não seca com um verão de 11 meses, sem chuvas, e hoje soterrado, e totalmente inútil devido a salinidade da água por cloreto e nitrato de sódio, impróprio para o abastecimento doméstico, e nocivo para irrigação da maioria das plantas; por conta desse desastre ecológico/ambiental (com a salinização da água) toda várzea do rio (único da propriedade) Camaragibe, cerca de 8 km², ou 800 hectares, está salinizada, terra preta, de alta fertilidade e grande espessura ficou CINZA por conta do salitre, aonde só nascem a árvore algaroba e a grama pirrichil; as várzeas dos rios são também as maiores depressões do terreno no semiárido, e portanto gozam de benefícios, como por exemplo: mantém a umidade por conta da menor agressão dos ventos secos, e menor incidência de luz solar; as plantas nativas dessas várzeas de rios são as mesmas do cerrado circundante, todavia o porte e a condensação indivíduos arbóreos permitem uma massa vegetal 2 vezes maior do que nas partes altas(redução de evaporação); foram as primeiras terras desmatadas na área para a agricultura intensiva e plantação de capim para alimentar o gado no verão seco; até à década de 50 as várzeas do Camaragibe, nessa propriedade, tinham lavoura de milho e feijão durante a estação chuvosa, mas havia fruticultura permanente - coqueiros, goiabeiras, mangueiras, fruta do conde, e até melancia e jerimum no verão. Até à década de 60 essa propriedade tinha 40% de matas nativas preservadas, com plantas típicas de CERRADO - umburana, angico, aroeira, catingueira, mulungu, cumaru, cardeiro, facheiro, e também plantas de caatinga: pereira, velame, marmeleiro, xiquexique, macambira. O plantio de cana-de-açúcar foi feito exclusivamente em 600 dos 800 hectares de várzeas do Camaragibe , atrás do açude Lagoa Nova, já que durante o verão as canas seriam irrigadas com a água salobra do açude; a cana-de-açúcar, uma gramínea, suporta água ligeiramente salobra, ou terras ligeiramente salinizadas; até então a água do açude era salobra, enquanto que a salinização das terras da várzea era muito baixa, e isolada; à medida que as secas se intensificaram na década de 90 - 1.991,92,93,95,97,98,99, o açude não recebia água das chuvas, quando a oferta de chuvas é menor que 300mm/ano; no longo verão desses anos, 70 a 80% da água desse açude fugia por evaporação, extraída pelo vento seco, sugada pela terra seca; à medida que a represa vai perdendo água, a salinidade aumenta; com o verão prolongado mais água era extraída (pelo SIFÃO) do açude para irrigar a cana-de-açúcar (da parede do açude para baixo), até o colapso total: não tem água para irrigar a cana-de-açúcar; A década de 70 (1.970+), época do plantio de cana-de-açúcar foi muito bem servida de chuvas; na década de 80 tivemos apenas 2 anos com oferta de chuvas inferior a 300mm/ano, nesta área do agreste RN.
Para mostrar a seca NE, com justificativa da causa efeito precisamos ir a fundo no tempo e no Espaço, lembrando que até a ocupação do NE pelos CIVILIZADOS, lá pelo Século XVII,essas terras que hoje estão salinizadas, queimadas, secas,mortas eram umas das terras mais férteis e úmidas da Terra, com vida exuberante, fauna e flora e uma grande parcela dos 5 milhões de índios encontrados no BR de então. Chovia no ( que hoje é) NE, em média, 1,5 milhões de metros cúbicos de água por km2, ao ano. metade dos rios perenes e caudalosos, e a outra metade de rios temporários, que durante o período das chuvas tinha água corrente no seu leito, todos os anos.
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