A forma de monitorar a seca que pode economizar bilhões ao setor agropecuário
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A seca é um dos desastres de maior ocorrência e impacto no mundo, em razão do longo período em que ela ocorre e da extensão das grandes áreas atingidas. O fenômeno tende a se tornar um dos maiores desafios à produção agropecuária das próximas décadas, em razão da mudança climática.
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O vídeo abaixo mostra imagens semanais do satélite SMOS, referentes ao último semestre de 2020, no Semiárido brasileiro. Os mapas, processados pelo Laboratório @Lapismet, mostram a gravidade da seca na região, a partir da análise da umidade do solo (áreas em vermelho).
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A seca prejudica diversos setores econômicos (agricultura, pecuária, indústria e serviços). Os impactos da seca afetam milhares de pessoas e, muitas vezes, não são devidamente dimensionados.
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No período de 1995-2014, os danos materiais e prejuízos, provocados por eventos climáticos, no setor agropecuário do Nordeste brasileiro, superaram R$ 40 bilhões. Deste total, cerca de 75%, estão diretamente relacionados à seca, que constantemente afetam a região. O percentual é alarmante, pois representa cerca de 38% do total nacional.
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A gravidade dos danos materiais e prejuízos econômicos, causados pelas secas, requer uma gestão do risco. Uma das melhores estratégias é o monitoramento, a partir de satélites.
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As recorrentes secas trazem consequências graves à agropecuária, ao abastecimento de água e ao bem-estar da população. Mas não se devem buscar soluções para adaptação à seca, apenas quando o evento climático se instala. É necessário haver um plano de contingência aos impactos da seca, uma política permanente, em cada município.
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