domingo, 21 de outubro de 2018

Morete, sem razão.


ASSASSINATO, SEM RAZÃO, DE UM RIO.

O Rio Piranhas/Açu (nas fotos anexas) em JUCURUTU-RN, a 124 km da foz, em Macau-RN e a 65km da parede do Açude Armando Ribeiro Gonçalves em Itajá - RN. Por conta de duas chuvas com mais de 100mm na bacia do AÇU (no Seridó RN) em 2.016, teve água corrente no leito do rio durante 30 dias, suficiente para aumentar em poucos centímetros a lâmina de água do Açude ARG;  O rio Piranhas/Açu com 400km de extensão nasce no  sertão da PB; em todo seu percurso recebe menos de 1.000mm de chuvas por ano, o que o tornaria TEMPORÁRIO durante milhares de anos; temporário significa que todos os anos tinha água corrente no seu leito, no tempo das chuvas que vai de janeiro a junho, e no restante do ano, seco, mas com água armazenada (lençol freático) na densa (10 a 20m) camada de areia do leito do rio; ainda no Século 21 o rio recebeu grande oferta de chuvas nos anos 2.000, 2.004, 2.008, 2.009 e 2.011, porém nos anos de 2.012, 13 e 14 recebeu poucas chuvas, e assim não teve água corrente no seu leito. Ainda se vê nas fotos alguns poços na areia, consequência das 2 pequenas enchentes de 2.016; à medida que o lençol vai secando, a água vai ficando salobra, e deve ficar salgada nas cacimbas até dezembro/16; Lembrando que a água das chuvas é DOCE, e que o SAL – cloreto e nitrato de sódio é do chão; a água é solvente e substrato da Natureza; água mole em pedra dura tanto bate até que fura – quando a chuva (água mole) se precipita no chão (pedra dura) se incorporam à molécula mais de 70 elementos químicos/orgânicos – minerais, matéria orgânica, ácidos estranhos à água. A água das chuvas no semiárido NE é mais pura do que na Amazônia, já que não há madeira verde para se queimar (derivados de carbono – fuligem, fumaça) e tem, se comparado a outras áreas, menos motores (queimando combustível fóssil), ou queimando matéria orgânica – álcool, biodiesel; Aqui a água das chuvas tem pH 6,4; a água de se beber deve ter pH acima e 7.
Até o ano 2.020 a oferta de chuvas na bacia do Açu será menor que 500mm, e se nesse volume de chuvas não houver pelo menos uma chuva de 100mm NÃO terá água corrente no leito do rio; assim não chega água no Açude Armando Ribeiro Gonçalves e 2/3 do RN não  terá  água de “se beber”; Em 2.000, 2.004, 2.008, 2.009 e 2.0011 a represa do açude ARG cobria toda essa área das fotografias, a 65km da parede do açude.
Mas há tecnologia para contornar o problema da seca no açude ARG: na época das chuvas (janeiro a junho) forra-se, com lona plástica apropriada,  o leito do rio Açu,  entre Jucurutu e Itajá -RN, de modo que toda chuva precipitada na lona (mesmo que de 5mm)  escorre  água para o açude – 300m de largura e 60km de extensão= 18.000.000 m² de lona; com 5mm de chuvas, ou 5 litros por m², o volume de água DOCE, limpa que chega ao açude ARG é de 90 milhões e litros.
A seca NE é incompatível com a tecnologia.
Não existe morte natural dos rios; no caso do rio  Piranhas/Açu foi assassinato que começou ainda no Século XVII, quando o Homem civilizado??? descobriu sua bacia hidrográfica úmida e fértil.




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