segunda-feira, 17 de setembro de 2018

As condições em que a vida está são extraordinárias.

Educação ambiental

Mais uma forma de adaptabilidade das plantas para viver bem com a escassez de chuvas no semiárido nordestino; A semente  trazida nas fezes de um animal que se alimentou do fruto da arvore (em foco) foi deixada no lajedo, a água das chuvas escorreu para a brecha do lajedo, levando a semente onde encontrou umidade (permanente com a água que escorre do lajedo impermeável) adubação orgânica das folhas trazidas pelo vento, das fezes de animais que vivem ou pernoitam no lajedo; a luz solar passou pela brecha da pedra, e também os gases atmosféricos e o vento; todos os ingredientes favoráveis para que esta árvore viva tão bem, onde outras plantas não tem vez quando a oferta de chuvas é menor que 300 L/m²; um árvore desta abriga, alimenta, mantém mais de 10.000 vidas, inclusive outras plantas, como é o caso do xiquexique que vive na parte de cima do lajedo graças as folhas libradas por caducidade (matéria orgânica)dessa árvore, com terra trazida pelos ventos, com esterco de lagartixas, ratos, preás,  pássaros que dormem na árvore, ou que se alimenta de suas frutas; é o ciclo alimentar da vida, onde o vegetal é o elo principal.

Educação ambiental.

Com relação aos recursos utilizados pela árvore da postagem anterior para viver bem no semiárido nordestino quando a oferta de chuvas média (de 2 anos 2.011 + 2.012) é de  1.000 + 180:2=590 litros por ano, está no lajedo junto à árvore em foco; de fato  esta árvore escolheu o lugar para nasce (junto ao lajedo) e assim se beneficiar, recebendo uma grande oferta de água doce junto das suas raízes; verifica-se na fotografia que o lajedo impermeável  forma uma bica natural que leva água para o tronco da árvore; observando-se atentamente existe uma  brecha na pedra, exatamente na bica, por onde se infiltra muita água das chuvas que escorre no lajedo, e certamente essa água flui pela brecha da pedra chegando até o terreno onde estão as raízes de 10m de comprimento e até 3m de profundidade, dessa árvore; embora os recursos de sua adaptabilidade á escassez de chuvas não sejam extraordinários, deixa para o Homem uma grande lição: Para acabar com a seca nordestina basta captar e armazenar 5% da água doce das chuvas para o abastecimento urbano e produção de alimentos, junto das cidades e dentro do roçado; os 180 litros de água das chuvas precipitadas nesta área em 2.012 não trouxeram benefícios: os açudes não tomaram água, não houve qualquer produção de alimentos (nem mesmo o pasto do gado), MAS 180L/m² são 180 X 10.000= 1.800.000 litros por hectare, ou 1.800m³/hectare; se cada pessoa necessita de 20 m³ de água doce, por ano, para o abastecimento doméstico, a água captada em um hectare, em 2.012 daria para 1.800:20= 90  pessoas; água doce de primeira qualidade que não precisa de tratamento ou filtragem; basta captar em lona plástica e armazenar em cisternas forradas e cobertas com lona plástica; o segredo da árvore supracitada foi desvendado,e confirmado: a seca nordestina é cultural; nada a ver com escassez de chuvas; quem se habilita a contestar diante deste argumento?

Educação ambiental.

A árvore da fotografia tem um caule (tronco) com 1,1m de diâmetro, seu corpo tem uma massa vegetal superior a 5 m³, está no agreste semiárido do RN; verde, exuberante no meio de plantas desfolhadas, em janeiro de 2.013, quando até o juazeiro está com as folhas amareladas, as leguminosas como a jurema, catingueira, angico liberaram as folhas para diminuir a dependência de água (das chuvas, que é pouca); O umbuzeiro que dispõe de recursos para armazenar muita água nas suas raízes, também liberou as folhas; enquanto isto a árvore em foco liberou as folhas, naturalmente por caducidade, e está revestida de folhas novas, verdes, contrastando com o ambiente seco. É muito importante buscarmos uma explicação científica para esse fenômeno, que nos sirva de lição, exemplo de adaptabilidade da vida ás condições ambientais; costumamos dizer que a flora e, consequentemente a fauna, escolhem o lugar para nascer e viver de acordo com os 4 elementos da Natureza e suas variáveis atmosféricas, mas a adaptabilidade desta árvore é diferente e  foge a esta regra natural. Como acontece com todos os seres vivos as plantas necessitam de água todos os dias de suas vidas; as plantas do agreste RN estão adaptadas a uma oferta de chuvas de 500 L/m² em estação chuvosa maior que 100 dias, o que lhe garante 200 dias com umidade no terreno, junto às raízes, restando 165 dias do ano para a planta empregar mecanismos de adaptabilidade á escassez ou ausência de umidade; a planta colhe a água pelas raízes, mas seu metabolismo depende também de gases e água no estado gasoso da atmosfera, e de luz solar; a flora no NEBR e privilegiada com a disponibilidade de luz solar, gases atmosféricos, mas a umidade do AR é baixa. Uma massa vegetal (da árvore) com 5m³ necessita de 25 litros de água DOCE por dia, 65% da árvore se constitui de água, cerca de 3,25 m³ de água no seu corpo; nos 200 dias de solo úmido (junto ás raízes que chegam a 10m de extensão, 2 ou 3 m de profundidade) essa árvore utiliza 5.000 litros de água;  a área do terreno ocupado pelas raízes (enterradas) é maior que 100m², ocupando um volume de solo (com suas raízes)maior que 100m³; Em 2.011 a área recebeu 1.000L/m² de água das chuvas, e se a infiltração (drenagem) dessa água (facilitada pelas raízes da árvore) foi de 20% da chuva precipitada em 5 meses - 20% de 100.000 litros é 20.000 litros, 20m³ de água, 4 vezes o volume de massa vegetal da árvore, o que significa dizer a árvore teria expelido (e ainda manter os 5 m³ de água no corpo) 15m³ de água, em forma de transpiração e respiração (expiração), água lançada na atmosfera; Em 2.012 a área recebeu 180mm de chuvas, com chuvas bem distanciadas, não umedecendo o solo suficiente para que houvesse infiltração de água das chuvas até atingir a "coifa" da raízes, a um metro de profundidade, de modo que a árvore não foi atendida nas suas necessidades básicas de água; provavelmente tem recursos para absorver água das chuvas e do AR atmosférico (mais no sereno da noite) por intermédio dos estômatos da folhas e nos poros da epiderme do caule e galhos, e tem recursos para reduzir a evaporação, por conta do Sol intenso de verão e dos ventos secos de água do corpo. Na postagem a seguir vamos mostrar que embora esses recursos de condicionamento à escassez de água sejam possíveis, na realidade a árvore nos deu uma grande lição para se viver bem (e não sobreviver) no semiárido nordestino independentemente se o volume de chuvas é menor  do que a média de 400 L/m².

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Um comentário:

  1. Não é milagre, nem utopia. É ciência exata da Natureza. são lições de vida que o OME não assimilou.

    ResponderExcluir