segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Em cada postagem uma lição, que 99% dos BR ignoram.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Educação ambiental.

A soma de duas agressões ambientais se torna solução; Na fotografia  2 agressões ambientais das atividades do homem se torna, por acaso, uma solução para a produção de alimentos para o gado no semiárido nordestino; no fundo uma várzea salinizada onde só nasce a árvore algaroba e a grama pirrichil; a algaroba trazida dos desertos da América do Sul para servir de ração para o gado do semiárido, planta estranha, invasiva no clima do semiárido, porém mais adaptada ao nosso clima e solo do que na sua pátria (endêmica); a gramínea de pequeno porte chamada pirrichil é provavelmente natural da área, mas só apareceu no Nordeste depois que o homem criou o salitre, particularmente nas várzeas e nas depressões do terreno; a algaroba, viçosas, já não produzem as vagens que alimentavam ao gado; as gramíneas pirrichil é aceita (por causa do sal no seu corpo) pelo gado bovino, mas pouco tolerável por outros animais herbívoros; como não se pode desenvolver qualquer agricultura nessas várzeas salinizadas, usou-se este local de salitre como depósito de lixo urbano,e provavelmente com grande quantidade de estrume de gado (e de gente), o que concorreu para o cultivo (ainda tímido, por falta de esclarecimento, orientação) de capim "elefante", gramínea que recebe esse nome devido o seu porte (semelhante a cana-de-açúcar), grande produção de massa orgânica, muito bem adaptada ao clima e solo do semiárido.

Educação ambiental.

Em plena seca do semiárido ração verde, nutritiva para o gado, plantada nas várzeas salinizadas, sem irrigação; qual é  o segredo:  capim, gramínea chamada capim elefante tolera água salgada (com certo limite no teor de sal), e/ou irrigado com água salgada (salobra); neste caso (da fotografia) o capim foi beneficiado por outro erro (além da salinização do terreno) do Homem: esta área foi um lixão da cidade no tempo que os plásticos não dominavam o mundo (pelo menos aqui); as mercadorias eram adquiridas nas vendas (bodegas) condicionadas em papel (de embrulho); a cidade não tinha esgotos, e as fezes (adubo orgânico de primeira qualidade) iam como "lixo" para o "monturo" (lixão); o terreno salinizado (da fotografia) com cloreto e nitrato de sódio, SAIS, mantém-se úmido o tempo todo (o ano todo), já que o sal atrai a umidade, inclusive do ar atmosférico; além de armazenar muita água das chuvas ( o terreno salinizado), facilitado pelo próprio sal, a evaporação é reduzida, já que a solução "química" é muito pesada,  todos os elementos químicos mantém uma grande força de adesão. Com uma camada de 30 cm de "lixo" sobre o terreno salinizado a umidade do terreno  sobe, atraída pelo lixo seco, e assim o novo terreno permanece com umidade suficiente, mas com pouco salitre, condição ideal para o desenvolvimento dessa ração tão importante para o gado.

Educação ambiental;

Complementando a postagem anterior, aqui na fotografia o capim elefante, ração do gado, plantado na várzea salinizada, mas recebendo água do açude, lembrando que se trata da água do abastecimento urbano que tem muito cloro introduzido como "tratamento", o que pode ser um inconveniente, mas sendo a única opção para se produzir alimento do gado, e considerando que as várzeas estão inutilizadas para o cultivo de ração (exceto algaroba e a grama pirrichil) é válida a tentativa; quando chover a água doce das chuvas precipitada vai reduzir a salinidade da várzea facilitando o desenvolvimento do capim; se o inverno for suficiente para umedecer o solo da várzea por mais de 100 dias, a ração do gado estará garantida (e variada) com o desenvolvimento natural de massa orgânica em toda parte do semiárido; falta criar no homem do campo, local, a cultura de "colher" essa massa orgânica verde, armazenando-a (silagem) para o tempo "das vacas magras".

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