terça-feira, 18 de setembro de 2018

É desastre. Mas por que o OME NE não VÊ?

domingo, 27 de janeiro de 2013

Educação ambiental.

No rio Camaragibe, próximo à poça de lixo-líquido, o cemitério do gado, podendo-se montar a cena final: a vaca com fome ( e sede) bebeu o lixo do poço, e, fraca, doente,corroída por vermes, doenças causadas por microrganismos, morreu (prematuramente); para o homem local, pecuarista, o que sobrar é lucro; apesar da vaquinha ter a pele e o osso, sua morte no leito do rio não traz, na  visão intelectual do Homem, qualquer tipo de agressão, não esboça qualquer tipo de sentimento, já que a morte do bicho é esperada.  Sabe-se que quando a oferta de chuvas é menor que 300mm (300L/m²) com chuvas de baixa precipitação (10mm) distanciadas (no tempo) uma das outras em mais de 10 dias, o terreno arenoso (arisco), ligeiramente plano,  da área, retém  toda água, mas se o arisco tiver espessura maior que 30 cm, a água NÃO  é insuficiente para umedecer o solo para atender as necessidades das plantas (lavouras);a tendência dessa água das chuvas precipitada na superfície é descer (drenar) até o subsolo impermeável, onde as raízes da lavoura (milho e feijão) não chegam, impedindo o desenvolvimento da lavoura. Com até 300 L/m² de água das chuvas, por ano, o açude não toma água, mas as árvores frutíferas - cajueiros, mangueiras, goiabeiras Etc criam flores e produzem (frutas); quando a oferta de chuvas vai além de 500L/m² ao ano as fruteiras produzem satisfatoriamente, pode-se plantar e colher feijão macassar, mas o milho não produz satisfatoriamente; quando chove 800 a 1.000L/m² ao ano  o terreno arenoso abreja (está impermeabilizado), o arisco (terreno arenoso) produz feijão macassar, mas não produz milho já que no terreno de arisco há lixiviação de nutrientes, a terra é fraca (explorada ao longo dos anos), desprovidas de nutrientes (para os quais o milho é mais exigente); A conclusão: que chova ou não chova o agropecuarista nordestino está numa encruzilhada, e a tecnologia oferecida pelos técnicos dos  governos só trazem malefícios; na realidade o homem rude do campo e o técnico agrícola, juntos, é um grupo de cegos guiando cegos. Tudo o que o governo federal faz no nordeste, ao longo de 200 anos, é alimentar a indústria da seca nordestina - não tem futuro.

Educação ambiental.

Cacimba escavada na areia do leito do rio Camaragibe para o gado beber; não precisa ser racional para entender que o poço que se ver (na fotografia) não é água, e mesmo assim é a única opção que o fazendeiro local tem para o gado beber; testemunhamos, na ocasião desta tomada fotográfica alguns animais da fauna chegarem até o poço, cheirar o lixo, tocar com a língua no líquido, e desistir de beber, mas para o homem, racional, se o gado bebe e não morre (de imediato), pode-se, em necessidade extrema (sem água) beber do mesmo lixo.
É mais dispendioso ressuscitar uma rio, tornando-o perene, do que restaurá-lo, tornando-o naturalmente rio temporário; já mostramos as causas da morte dos rios do semiárido NE, que como sabemos são diferentes das causas da morte dos rios na zona da mata NE, no Nordeste Amazônico, dos rios das regiões Sudeste e Sul do BR; Citamos 3 causas para a morte dos rios no semiárido - desmatamento generalizado, intensivo durante 200 anos; criação do salitre, e a construção desenfreada dos açudes; os açudes construídos no leito do rio Camaragibe são, hoje, mais nocivos do que benéficos, já que o acúmulo de SAL no seu leito não permite ter água boa, a não ser por um pequeno período de tempo quando o açude está cheio, sangrando. Açudes como o Lagoa Nova, açude dos Bancos deveriam ter suas paredes abertas para que as enxurradas levassem o sal para o rio Potengi (a foz) e ambos levassem esse lixo para o Mar (onde não seria estranho) em Natal-RN que poderia ser benéfico eliminando alguns agentes químicos manipulados, ácidos injetados na foz do rio Potengi, a fossa da região metropolitana de Natal-RN, inclusive o sal pode desintegrar as fezes que vem dos esgotos, ou do esgotamento das fossas; enquanto isto os pequenos açudes construídos nos riachos afluentes do Camaragibe não tem cloreto de sódio, nem salitre (se tem é em pequena concentração), mas deve-se tomar medidas para restaurar, melhorar a qualidade da água, reduzir a evaporação, e o assoreamento. Apesar de temporário (foi) e modesto, o rio Camaragibe teve uma importância social e econômica que pode ser identificada nos pequenos povoamentos, sedes de fazendas e assentamentos do INCRA, junto (próximo) ao rio, como é o caso de Caiçara dos Badecos (provavelmente sobrenome de uma família) em Santa Maria e ALEGRIA em Ielmo Marinho. A morte desse rio é morte social e econômica, e hoje a população local, inclusive os fazendeiros, sobrevivem com os programas paternalistas, assistencialistas do governo federal, ou são políticos na área, ou ainda, funcionários (ou nomeados) das prefeituras. as terras próximas ao rio Camaragibe são predominantemente arenosas, com parte de várzeas largas, como é o caso das várzeas no assentamento (do INCRA) em Lagoa Nova, mas salinizadas, que como se sabe, tem origem na salinização (salitre) do rio (leito e água), e toda a destruição tem tudo a ver com a ação do Homem; como não se pode matar o Homem, causa dessa desgraça, tenta-se, como estamos fazendo neste dsoriedem.blogspot.com, criar uma CONSCIÊNCIA ambiental, o que não é fácil nem para os nordestinos que alisaram um banco de faculdade.

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