Educação ambiental , mas também ciência social; Estamos o semiárido nordestino, precisamente no agreste RN, vivendo sob o crivo da seca e da fome, porque, pela primeira vez em meio milênio de BR tivemos vários anos seguidos com oferta de chuvas anual abaixo de 200mm ou 200L/m², quando toda a vida do semiárido, inclusive o Homem, está adaptada para receber média de 500mm de chuvas; Nos anos 2.000, 04, 08, 09 e 2.011, mais de 800mm de chuvas ao ano, um paraíso, porém surgiu um fenômeno climático negativo, novo; Até 2.005 a CHESF deu o resultado de pesquisas nas barragens, hidroelétricas, do rio São Francisco, no semiárido BA-PE-AL-SE-MG de que a fuga de água da superfície da represa para a atmosfera por evapotranspiração era de 2.200mm ao ano; o ano tem 365 dias; 2.200:365= + - 6 litros de água evaporados por m² ao dia, ou o equivalente a 6mm por dia; entre 2.012 e 2.016 pesquisas comprovam que a evaporação de água de superfície (açudes, barragens, barreiros) é de até 10 litros por m² ao dia, e portanto 3.650mm por ano; Já com relação a fuga de água do solo (úmido) no semiárido é (pesquisa nova) de 3,5 litros por m² ao Dia; Esses DADOS com relação á perda de água por evaporação no semiárido NE é muito importante para se entender que a seca não é provocada apenas pela baixa oferta de chuvas, mas principalmente por causa do novo teor de evaporação; Poderíamos aqui incluir as causas dessa alta fuga de água (para buscar a solução do problema) mas nesta postagem estamos PROMOVENDO uma das fontes de alimentos mais abundante para o gado do semiárido NE, que não tem sido aproveitada; trata-se da jurema Pithocolobium tortum, visto nesta fotografia brotando das raízes, no chão, toda verde, exuberante, depois de ter a árvore e o solo arrancados pela lâmina do trator, onde nenhum outra planta teria condições de brotar em condições ambientais tão degradantes; Nota-se plantas (juremas) com 5 ou 6 meses de brotamento, no meio de um cercado com gado bovino, e apesar de baixinhas, ao alcance da boca dos animais, não foram tocadas, como se não fosse alimento; Já frisamos, nas postagens anteriores, que o gado bovino não inclui a jurema no seu cardápio porque as folhas são muito amargas, e tem espinhos por todos os lados; O homem tem, se quiser, tecnologia para coletar, colher as folhas da jurema, sem espinhos, e misturando-as com melaço de cana, na forrageira, tem-se uma ração abundante, nutritiva, inesgotável (com o brotamento natural de novas folhas) - É preciso investir em ração do gado que tem vida longa, e adaptada a pouca chuva, que também produz muita massa orgânica, que mesmo perdendo folhas por caducidade se recuperam em plena seca.
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