Antes de se criar um deserto artificial tem algumas etapas muito importantes a ser cumpridas: 1) eliminar a cobertura vegetal mantendo o SOLO nu, desprotegido; 2) eliminar o SOLO com mecanização inapropriada, que facilite a erosão pluvial e eólica; 3) nunca fazer a reposição na perda de nutrientes minerais; - 4) aumenta a fuga da água do SOLO, dos reservatórios, dos corpos de animais e dos corpos de vegetais; 5) aumenta-se a temperatura; 6) altera-se a intensidade e direção dos ventos. 7) inviabiliza-se a agropecuária comumente praticada e produção de alimentos; 8) não se encontra, cientificamente, elementos vegetais e animais que possam se adaptar a nova situação climática; 9)promove-se a seca e a miséria; 10) reduz-se a expectativa de vida de todos.
Em plena seca no semiárido o gado caminha muitos quilômetros por dia na busca de alimento e procurando água para beber; o pasto, alimento do gado, que nasceu com estação chuvosa de 90 dias, e sendo as plantas de pequeno ciclo de vida, cerca de 150 dias, seca, morre, que com talos e folhas secas são despedaçados e levados pelo vento; o pecuarista sabe que o verão, sem chuvas no semiárido, pode durar 200 dias; o gado, a agricultura, a fauna, a flora precisam de água todos os dias; sem chuvas não há chão molhado para criar e manter as plantas; as plantas nativas, flora, liberam as folhas para diminuir a dependência de água, e entram em estado de dormência para não depender da coleta de nutrientes minerais do chão (que por sua vez dependeria de água no chão); o que resta da fauna, a exemplo de pequenos lagartos e pequenos roedores, são altamente adaptados a essa nova condição climática; Mas o gado e as plantas da lavoura não dispõem desses recursos de adaptabilidade, ou não tiveram a mesma eficiência, habilidade para se adaptar a essas circunstancias; Há 50 anos (ou mais) o agropecuarista (e os governos) fazia açudes que no verão tinha água para o gado beber, e para se plantar capim, ração do gado; Hoje os açudes só tomam água se a oferta de chuvas for maior que 500mm/ano; a evaporação de água de superfície livre (açudes) dobrou nos últimos 50 anos; a umidade (relativa) do ar foi reduzida, vento seco que tira água dos corpos de animais e dos vegetais, tira água das nuvens (eliminando-as); se há 50 anos uma vaca de 400 kg de massa corpórea bebia 40 litros de água por dia, hoje, vaca de 300kg terá de beber 60 litros/dia; são muitos vetores que se somam na ação, inviabilizando a construção de açudes como forma de se dispor de água no verão, e na seca do semiárido; toda água subterrânea do semiárido é salobra ou salgada, e limitada (volume) inviabilizando a perfuração de poços tubulares para suprir a necessidade de água no verão; só nos resta ACORDAR, e evoluir: buscar formas inteligentes de se captar e se Armazenar os (média) 300mm (300L/m²) de chuvas/ano, em quantidade e quantidade para o abastecimento urbano e produção de alimentos agropecuária.
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