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Cajueiros novos, plantados com o inverno de 2.011, já em decadência por conta da redução na oferta de chuvas dos anos de 2.012 e 2.013; sabe-se que o cajueiro é uma árvore que vive 40 ou 50 anos safrejando nessa área do Oeste Norte rio-grandense; o cajueiro precoce começa a produzir com um ano de vida, e dar uma safra por ano (de caju e castanha) durante dezenas de anos; pelo aspecto da casa do sítio dar para se entender que o proprietário do sitio já não acreditava no sucesso; somente em 2.010 (ano considerado seco) a mosca branca tonou-se tão agressiva, ou seja, atingiu o clímax de proliferação, capaz de criar uma capa cinzenta (com ovos) em todas as folhas do cajueiro, depois de sugar a seiva da folha, bloqueando os estômatos da fotossíntese; sabe que as flores das plantas são folhas modificadas; todos os anos o cajueiro libera as folhas, por caducidade, e ao surgirem folhas novas, surgem também as flores do sistema de reprodução; mas com a presença da mosca branca as folhas secam, morrem, e caem (no chão) antes do tempo do relógio biológico do cajueiro; isto representa uma agressão brusca, descomunal de consequência nefasta; A planta, vegetal, necessita, em média, de 10 litros de água por m³ de massa vegetal, ao DIA; o vegetal necessita de água TODOS os dias; suas células (do corpo) se constituem de 65% de água, que recolhe do chão por intermédio das raízes em um processo chamado "osmose"; as células perdem água na transpiração, na respiração, mas utiliza muita água (e energia) na coleta de nutrientes minerais do chão, quando o solo está seco ou com pouca umidade; a oferta de chuvas normal nessa área é de (média) 800mm, 800L/m², em estaço chuvosa de 150 dias; nesse terreno arenoso toda água da chuva se infiltra no chão, a partir da precipitação das chuvas, na superfície; 30 dias após a última chuva do ano o solo estará seco na superfície, por conta da alta evaporação (intensidade de luz e vento seco) em uma camada de 20 centímetros, enquanto que a água infiltrada nessa camada de terreno arenoso, com mais de 20m de espessura vai descendo até à rocha-matriz, lajedo sob essa camada de areia; o cajueiro novo, com até 2 anos de vida tem raízes curtas situadas na área seca, a partir da superfície, enquanto os cajueiros com 10, 20 anos de idade têm raízes longas que podem coletar água na parte funda do terreno; Há 100 ou mais anos quando o cajueiro passou a ser cultivado nessa escala, no oeste RN, poderia-se plantar(ou transplantar a muda) a castanha no início do inverno, e 180 dias depois, no final das chuvas, a planta já tinha estrutura para se manter saudável sem irrigação, apenas com a umidade, ao alcance de suas raízes, nesse terreno arenoso; 800L/m² de água doce das chuvas, infiltrados no terreno arenoso, com 20m de espessura, seria capaz de manter a alta umidade em toda camada do terreno; com a redução na oferta de chuvas; com o aumento da evaporação da água do solo, e dos corpos dos vegetais (e dos animais), somente com 800mm de chuvas, em 150 dias, é possível cultivar manter a cultura do cajueiro; o cajueiro é uma árvore de grande porte, e deve-se plantar 100 exemplares por hectare, para evitar que as copas das árvores "sombreiem" uma as outras, mas também levando-se em conta a concorrência de nutrientes minerais, água; 10.000m² : 100 = 100m² para cada cajueiro; 800 L/m² de água das chuvas seriam 800 x 100= 80.000 litros (ou 80 m³) de água para cada planta; uma planta com 1m³ de massa vegetal necessita de 2 m³ (2.000 L) de água por ano; significa dizer que o cajueiro não está morrendo com excesso de água, 500mm de chuvas/ano, por que a grande espessura desse terreno arenoso absorve toda água das chuvas precipitadas, que drenada para baixo (no terreno) atinge um espaço onde as raízes das árvores não chegam para a coleta de água; É aí que entra a tecnologia dsoriedem.bogspot. com - O "Tanque Retentor de água subterrânea para o cultivo de lavoura no semiárido, o tempo todo, sem irrigação", com 300mm de chuvas /ano, amplamente divulgado neste BLOG, com exemplos práticos; EX: cava-se um buraco no chão, para o plantio de uma árvore frutífera; de 3x3x5m = 45m³; forra-se o buraco com uma lona plástica, impermeabilizando-o; coloca-se um cano PVC, de esgoto 70mm, em forma de "L" ligando-e o fundo do buraco à superfície (respiradouro, e acesso de suprimento de água e/ou adubação); enche-se com massa orgânica, a partir do fundo do buraco, 2 dos 5 metros de profundidade - é um esponja para armazenar água no fundo do buraco (e adubação orgânica), saturando-a com água doce; prepara-se a terra de completar o enchimento, fazendo-se a mistura de terra, argila, adubo orgânico com água DOCE; enche-se (completa-se o buraco até 50cm acima do nível do terreno) o buraco para a plantação da semente ou da muda da árvore frutífera; no preparo do enchimento do buraco a água da esponja de matéria orgânica, no fundo, mais o preparo (mistura) da terra do plantio deve receber 60% a 70% de água, ou seja, 60% de 45m³ = 27.000 litros de água; a área de 9m² do buraco evapora 9 X 3,5 = 31,5 litros de água por dia; à media que a água evapora na superfície, a água armazenada na esponja, no fundo do Tanque, vai suprindo a umidade; a área de 9m² do Tanque recebe diretamente das chuvas de 300mm/ano, ou 300L/m²: 300x9= 2.700 litros de água por ano; a evaporação de 31,5L/dia seriam de 6.300L de água em 200 dias de verão sem chuvas, matematicamente. Para cada modalidade que FAZ a seca nordestina, existe uma solução para se extingui-la - basta INVERTER os processos que criam e alimentam a seca. É possível ZERAR a evaporação de água no solo; a agricultura em voga sugere a chamada "cobertura morta" com folhas e capins secos, mas, submetidos ás intempéries tem pouca duração. O certo seria UTILIZAR espuma de plástico, do tipo usada em colchões, que impede a evaporação de água do solo(coberto), ao mesmo tempo que absorve e armazena água (das chuvas, por exemplo). Com essa tecnologia pode-se fazer agricultura nos desertos secos, com o mínimo de água. Ver fotos do TANQUE.
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