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A conclusão da COP trinta, realizada em Belém, no Pará, continua repercutindo intensamente na imprensa internacional, especialmente após a divulgação do documento final da conferência, batizado de “Mutirão Global”. O texto, com cerca de oito páginas, chamou atenção mundial ao não mencionar combustíveis fósseis — como petróleo, gás natural e carvão mineral — considerados pelos especialistas a principal causa do aquecimento global. A ausência do tema, que era aguardado com expectativa, tornou-se o centro das críticas internacionais.
O jornal britânico The Guardian classificou o último dia da conferência como um verdadeiro “caos”. A publicação descreveu que decisões foram aprovadas às pressas, “a toque de martelo”, enquanto diversos países tentavam fechar acordos diante do que descrevem como uma das maiores ameaças à humanidade. No entanto, o veículo também reconheceu que, apesar das falhas, Belém abriu espaço para novos debates sobre a redução da dependência de produtos petroquímicos e ampliou a participação de cientistas e povos indígenas.
Nos Estados Unidos, o The Washington Post destacou que a expectativa global era de que a COP organizada no Brasil entrasse para a história como um marco ambiental, mas que, diante do resultado final, o encontro pode ser lembrado como um “fracasso”. A publicação ressaltou que tanto o governo brasileiro quanto especialistas depositaram grandes esperanças nas negociações climáticas realizadas no país.
A revista The Economist também foi categórica ao afirmar que a conferência “terminou com um soluço”. Segundo a análise, o documento final não traz qualquer referência direta aos combustíveis fósseis, algo que frustrou governos e organizações ambientais.
A BBC News classificou esta edição como uma das mais controversas das últimas três décadas de reuniões climáticas. A emissora destacou que muitos países saíram profundamente insatisfeitos e até “furiosos” com o fato de o texto ignorar completamente a questão dos combustíveis fósseis, justamente no momento em que o planeta enfrenta eventos extremos cada vez mais intensos.
Ausência de compromisso com combustíveis fósseis
Embora o documento final da COP trinta apresente avanços no financiamento destinado a países pobres que já lidam com impactos severos das mudanças climáticas, a ausência de metas para redução ou eliminação do uso de combustíveis fósseis dominou as críticas. A decisão já era esperada desde os últimos dias do encontro, quando o Brasil divulgou um rascunho que não incluía qualquer medida direcionada à redução do uso dessas fontes de energia, responsáveis pelo aumento da temperatura global.
A repercussão internacional evidencia a frustração geral de ativistas, cientistas e governos que esperavam um posicionamento mais firme da conferência. Agora, o debate global segue pressionando por medidas mais claras e urgentes para enfrentar a crise climática.
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