domingo, 2 de setembro de 2018

Grande desastre próprio de nossa estúpida e destrutiva cultura

Educação ambiental

Estamos (fotografia) na sala de reunião da "cooperativa agropecuária do assentamento lagoa nova" em Riachuelo RN, um empreendimento do governo federal que já custou mais de 100 milhões de reais desde o estabelecimento desse assentamento do INCRA em 1.999, um verdadeiro desastre administrativo, econômico, social, ambiental, ecológico, onde os dirigentes - presidente e diretores se locupletaram dos recursos jogados maciçamente de Brasília-DF; a primeira diretoria da cooperativa foi nomeada pelo próprio INCRA, funcionários  desse órgão, certamente habilitados para desviar os recursos para suas c/c bancárias (e de seus chefes) podendo mascarar as prestações de contas, sem que os incautos assentados detectassem o rombo; posteriormente os dirigentes eram eleitos pelos assentados, normalmente aquelas pessoas com maior capacidade de convencimento (mesmo semi-alfabetizados), normalmente políticos locais, incluídos, por força política, como assentados durante a invasão da propriedade, um ato de cortesia do proprietário, que assim vendia seu lixo a preço de ouro para o governo (INCRA) e mantinha os "seus" sugando o patrimônio público; não seria exagero dizer que os móveis dessa sala de reunião  foram levados pelos últimos dirigentes. Quanto ao telhado de amianto, quebrado, foi o vento seco e doidão que se intensificou na área depois que esse assentamento do INCRA foi desmatado para a venda de estacas de cerca, lenha para as olarias e padarias, carvão para vender na cidade.

Educação ambiental.

Neste ângulo fotográfico alguns prédios abandonados, deteriorados da sede da cooperativa agrícola do assentamento Lagoa Nova, em Riachuelo-RN; as terras de Lagoa Nova foram uma fazenda de criação de gado que faliu; essa fazenda pertenceu ao ex-governador  Juvenal Lamartine que governou o RN de 1.928 a 1.930, jornalista e advogado natural de Serra Negra - RN, cassado pela ditadura de Getúlio Vargas em 1.930; Na década de 70, quando o Brasil chegou a ser a 7º potência econômica da Terra, o então governo militar, na ânsia de fazer o País crescer a qualquer custo, distribuiu, sem qualquer critério técnico científico, dinheiro público, fácil, para empreendimentos; Como se diz no NE: quem atira com a pólvora alheia não faz  a mira e não mede a distância - atira-se a esmo.Foi assim que nasceu a ideia de se plantar cana-de-açúcar nesta área, criando-se uma estrutura milionária (com o dinheiro público, empréstimos sem retorno), inclusive uma usina para moer a cana e produzir aguardente (e outros produtos da cana-de-açúcar); tudo ia muito bem, até que veio  seguidos anos de secas, ou melhor, com baixa oferta de chuvas (menor que 300L/m²) nos anos de 1.991, 92, 93, 95, 97,98, 99, inviabilizando a monocultura da cana-de-açúcar, e toda estrutura montada, inclusive os maquinários, tornou-se lixo; certamente nenhum empreendedor investiria nessa massa falida; foi aí que os proprietários, naturalmente orientados por cabeças políticas maquiavélicas, demoníacas, teve a ideia de CONVIDAR as pessoas de Riachuelo-RN para "invadirem" sua propriedade, e assim obrigar o governo federal a comprar a propriedade para o assentamento do INCRA, como de fato aconteceu, mas impôs uma condição: deveria ser comprada com a"porteira fechada", o que significa dizer que TUDO dentro da propriedade seria  avaliado, e convertido em moeda, inclusive as sucatas de  máquinas,  onde a ferragem da usina foi comprada por 1,5 milhões de reais, descontados do financiamento agrícola que seria feito às 240 famílias assentadas; Em tempo: essa ferragem da usina foi vendida no "ferro velho", no peso, em 2.002 por 150 MIL reais (10% do valor), mas o dinheiro da venda não se reverteu aos verdadeiros donos - os assentados que pagaram pelo lixo.

Um comentário:

  1. Próprio de nossa estúpida, destrutiva, irresponsável, corrupta cultura- Temos dito.

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