segunda-feira, 11 de abril de 2022

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 A Água na Região Nordeste Brasileiro.

A água no Planeta Terra é parte da vida também no Nordeste Brasileiro; eis o problema, eis a solução!  Mas, como, quando e por quê?

 

A Terra tem 4,6 bilhões de anos, mas durante o 1º bilhão de anos não havia água;

 Havia os gases, inclusive o hidrogênio e o oxigênio que compõem a água H²O;  os 4 Elementos da Natureza:  A bíblia registrou - 1º elemento da Natureza – Gn 1,3 – energia luminosa e calorífica do Sol;

2º elemento da Natureza – Gn 1,7 – Atmosfera com água em forma de vapor + 12 gases e as moléculas de ligação de valência compostas de 2 ou 3 gases;

3º Elemento da Natureza – Gn 1,11, 1,12, 1,20, 1,24 – terra, solo, chão que gerou vida microscópica – microorganismos algas, fungos e bactérias;

4° Elemento da Natureza – Gn 2,5 – chuvas – água no estado líquido.

A Terra não é o planeta água; em 80% do corpo da Terra a temperatura ambiental é acima de 500ºC, podendo chegar a 10.000ºk no núcleo do Planeta, onde é impossível haver água; além disto, o volume do corpo da Terra é  783 vezes maior do que o volume de água contida na Terra;

 A água é aparente na superfície da Terra e na atmosfera.  Se comparada à hidrosfera, A água subterrânea na crosta terrestre é insignificante;

 Toda água da Terra já foi água doce, inclusive nos Oceanos, porque essa água vem das chuvas, e água da chuva não tem sal; o sal é da terra, o sal é do chão, enquanto que a molécula de água H²O foi montada na atmosfera; toda água que tem contato com o chão tem sal, tem outros minerais, tem matéria orgânica, tem lixos, venenos, petróleo, onde a água é apenas substrato ou solvente, mas quando a água evapora esse lixo fica no chão; existe a vida de água doce nas terras emersas e a vida de água salgada nos oceanos e mares – uma não sobrevive no ambiente da outra;

 97,3% da água da Terra são salgadas nos oceanos, mares internos, nos desertos secos e semiáridos das terras emersas; a água salgada cobre 71% da superfície da Terra; fora dos oceanos onde tiver água salgada a vida animal e vegetal não tem vez; é o caso do semiárido nordestino que tem água salgada nos açudes e tem água subterrânea salgada, UM SINAL de desertificação, ou seja, escassez de vida.

77,2% da água doce da Terra estão no estado sólido, ou seja, gelo e neve nas calotas e geleiras, e devem se incorporar a água salgada dos oceanos quando a temperatura média da Terra subir 3°C, e assim o volume de água doce que hoje é de 2,7% da água da Terra será reduzido a menos de 1%; consequentemente a vida animal e vegetal será reduzida na mesma proporção, inclusive a Humanidade será reduzida à metade do que é hoje; isto acontece por que o homem é um ser vivo de água doce – come, bebe e respira água doce.

A flora e a fauna, vegetais e animais, escolhem o lugar para nascer e viver de acordo com os 4 elementos da Natureza e suas variáveis atmosféricas; as variáveis atmosféricas da água dependem dos outros 3 elementos da Natureza, porque os 4 elementos da Natureza são interdependentes. Quais são as variáveis atmosféricas da água? 1)água corrente no chão, nos rios, riachos; 2)água de superfície livre armazenada nos lagos, açudes, barragens; 3)água armazenada subterrânea; 4)umidade do ar; 5) umidade do chão; 6) água nos corpos vivos de animais e vegetais, tudo isto compondo um CICLO obedientes a leis físicas da Natureza, ciência exata.

Não existe, naturalmente, vida animal e vegetal na água nos estados sólido e gasoso, e também não há nos estágios condensação, evaporação e chuvas, mas existem microorganismos em todas as variáveis e condicionamentos da água, inclusive na atmosfera.

A água na região Nordeste: o que a geografia classifica hoje de Nordeste é um ponto subcolateral entre os pontos colaterais Norte e Leste, que física e biologicamente é absolutamente heterogênea, com pouco mais de 1,5 milhões de km², dividida em várias sub-regiões individualizadas geográfica e ecologicamente.

Quais são essas sub-regiões? 

1) Nordeste amazônico com 350.000 km² sendo 80% no MA e 20% no PI, onde a oferta de chuvas passa dos 2.000/L/m² ao ano;

2) sul da BA com 190.000km² com oferta de chuvas de 2.000/L/m² ao ano;

3)zona da mata nordestina em RN-PB-PE-AL-SE-BA onde a oferta de chuvas é acima de 1.500/L/m² ao ano; 90.000 km².

4) sertão de caatingas em PI-CE-RN-PB-PE-AL-SE-BA com 500.000km², onde a oferta de chuvas varia de 300/L/m² no tempo de El ñino, a 1.000/L/m² no ano de La ñina; tem o agreste entre o sertão e a zona da mata com 50.000km²;

5) litoral de 40.000km² . O restante do NE tem 280.000km², onde estão os brejos de baixadas junto ao Mar e os brejos de altitude no sertão, em todos os Estados NE, onde a oferta de chuvas e a disponibilidade da água armazenada criam solo e vegetação típicos de cerrado.

 E o que é sertão? Lugar longe do mar, afastado do litoral; por esta definição 95% do território brasileiro são sertões; a cidade de Macaíba que está a 18 km do Mar seria sertão para os colonizadores portugueses do RGN. Na prática, hoje, o sertão está a 100 km do mar. Sertão nordestino é a área do NE que tem caatinga;

E o que é caatinga?

É uma palavra indígena que significa “clareira”, onde as plantas estão muito dispersas e não passam de 3m de altura, quando adultas. A caatinga é o semiárido natural do NE porque não tem solo de sedimentação para armazenar água das chuvas e para manter as plantas no verão de 8 meses; não é por escassez de água ou escassez de chuvas; a parte externa do terreno da caatinga é o  subsolo rígido, coberto de lajedos ou pedras miúdas, cortantes, irregulares que indicam pluviosidade abaixo de 1.000mm ao ano, nos últimos 10 mil anos; a caatinga do índio é conhecida pela comunidade acadêmica brasileira como tabuleiro do sertão, o que é um erro já que a caatinga é ondulada; as caatingas são separadas umas das outras, por rios, riachos e suas várzeas; pelas bases das modestas serras e serrotes; a área de uma caatinga varia de 2 a 8 km², que numa fotografia aérea se assemelha a uma colcha de retalhos; o terreno da caatinga é impermeável à água das chuvas, infiltrando-se no chão menos de 5% da água precipitada. O terreno da caatinga é rico em nutrientes minerais, é pobre em matéria orgânica, e impenetrável pelas raízes das árvores.

Algumas plantas típicas da caatinga: os arbustos marmeleiro, velame, mufumbo, pereiro; várias gramíneas quando chove, e os cactos xiquexique, palmatória, coroa-de-frade, macambira, plantas que só nascem em cima de pedras ou em terreno raso; o mandacaru, também chamado cardeiro, e o facheiro só nascem  onde tem solo de sedimentação; a jurema chega a 3m de altura na caatinga, mas no cerrado do sertão a jurema tem até 10m de altura, sendo o mesmo índice de chuvas.

Os 500.000km² do sertão nordestino têm 250.000km² de caatingas em 8 Estados do NE; o Maranhão não tem caatinga, mas tem sertão.

O sertão nordestino tem caatinga, cerrados, vales, centenas de modestas serras e centenas de rios temporários com suas várzeas férteis. A grande quantidade de rios do sertão nãos é devido ao volume de chuvas, mas sim devido à impermeabilidade da caatinga, e por isso qualquer chuvinha enche os açudes; as serras são modestas elevações que tem solo e vegetação de cerrado, ou tem terreno e vegetação de caatinga.

Até final do Século XIX a oferta de chuvas no sertão ERA de 600 a 800L/m²/Ano, 3 a 5 anos seguidos, período intercalado por um El ñino  de 200 a 300/L/m² ao ano; os 600 a 800mm de chuvas aconteciam em estação chuvosa de 4 a 5 meses, mas no tempo de El ñino as chuvas se precipitam em período de 60 a 75 dias;

800mm de chuvas significam 800 litros de água por m², um dilúvio; em nenhum outro semiárido da Terra, a chuva é mais que 500mm ao ano; nos desertos secos chove até 300mm ao ano.

O porte e a variedade de espécies da fauna da caatinga são proporcionais à modesta flora; as plantas da caatinga nascem nas outras áreas do sertão, mas as plantas dessas áreas não nascem na caatinga; exemplo de plantas que não nascem na caatinga: cumaru, mulungu, umburana, angico, aroeira, feijão bravo, caibreira, oiticica, catingueira, maniçoba, juazeiro.

 Por causa da degradação ambiental provocada com a eliminação de 85% da vegetação nativa do cerrado e das várzeas dos rios do sertão, e eliminação do solo agrícola dos cerrados, o clima foi alterado nos últimos 100 anos, mudando a temperatura e pressão atmosféricas, mudaram a incidência e reflexão da luz solar, mudaram a direção e intensidade dos ventos, mudaram a umidade do ar e do chão, diminuindo o regime de chuvas em período e volume, e consequentemente o semiárido natural que tinha 250.000 km² passou para 1 milhão de km².

O sertão nordestino já teve o maior rebanho bovino do Brasil nos Séculos XVII e XVIII; o Nordeste já foi exportador de produtos agrícola e autossuficiente na produção de alimentos.

Hoje o NE produz menos de 30% do alimento que consome, e tem 20 milhões de nordestinos recebendo menos de 1.000 calorias na refeição diária, o que lhe atrofia o corpo, a mente e o espírito, favorecendo o aparecimento de doenças, principalmente aquelas veiculadas na água de beber contaminada captada no telhado sujo das casas, ou no líquido que tem cor, cheiro e sabor de lixo, veneno  acumulados nos açudes, barreiros e subterrânea.

Mas ainda não é o apocalipse; a seca e a fome  no NE são frutos do analfabetismo brasileiro. Para ENTENDER esta minha afirmativa verdadeira acompanhe o meu raciocínio lógico, evidente: 

- Hoje o semiárido recebe em média 400 litros de água das chuvas por m² ao ano, mas 80% dessa água vão imediatamente para o mar nos rios temporários; apenas 3% dessa água se infiltram no solo impermeabilizado pelo fogo das coivaras e queimadas; 4% ficam nos corpos de animais e vegetais, e os 13% restantes ficam armazenadas em lagoas, açudes, barragens, barreiros, água ruim, água doente.

70% da água das chuvas que ficam armazenadas no sertão evaporam para o Ar ou são sugadas pela terra seca nos 8 meses de verão. EXISTE tecnologia para  ZERAR a evaporação de água do SOLO agrícola.

A água das chuvas é a mais pura da Terra; é água de graça e vem todos os anos de janeiro a janeiro no NE; nessa água não tem minerais, não tem matéria orgânica, não tem lixo do chão, não tem veneno da lavoura, não tem microorganismos anaeróbicos, e tem 8 benefícios para a lavoura que nenhuma outra água tem; quer saber quais são esses benefícios? Aprenda:

1)a chuva traz a reboque do ar atmosférico  os 4 gases que compõem 96% dos corpos de animais e vegetais, que são – o nitrogênio é o principal nutriente das plantas; o oxigênio é para a respiração aeróbica dos animais e também respiração dos vegetais à noite; traz do Ar o hidrogênio e o gás carbônico;

2) a água das chuvas umedece o chão por igual, o que é fundamental para a lavoura;

3)a água da chuva lava o corpo da planta por inteiro desobstruindo os poros para a transpiração, respiração e fotossíntese;

4) o oxigênio sacado do ar pela água da chuva inibe o desenvolvimento de doenças causadas por microorganismos nas plantas;

5) durante a chuva a borboleta não voa, a formiga não anda, a lagarta e o gafanhoto não comem;

6) a chuva controla a umidade do ar adequando-a ás necessidades das plantas e animais;

7) é a única água que tem pH compatível com a vida animal e vegetal;

8) é água doce pura e portanto não precisa de tratamento ou filtragem.

A ideia é captar-se e armazenar-se de 2% a 5% da água das chuvas precipitadas no semiárido, já que os outros 3 elementos da Natureza são compatíveis com a vida em toda plenitude. A água das chuvas é captada sem perda, sem fuga, sem contato com o chão, nem com o telhado das casas, nem com o lajedo, e não pode ser armazenada em tanques de alvenaria e cimento, ou tanque de pedras; tem de ser água doce limpa, pura.

O volume de água captada é uma relação aritmética entre a oferta média de chuvas e o volume de água necessário para a produção de alimentos e abastecimento urbano, o que nos indica qual a área de captação dessa água, e qual a capacidade volumétrica das cisternas de armazenamento dessa água, lembrando que no semiárido a média de água das chuvas precipitadas é de 400L/m² ou 4.000m³ por hectare, ao ano.

Pesquisas no semiárido indicam que são 50 litros de água doce por pessoa, ao dia, para o abastecimento doméstico; e são 1.000 Litros de água por pessoa, ao dia, para se produzir 1.000 gramas de alimentos das 3 refeições diárias, na produção de carnes, leite, ovos, mel de abelhas, cereais, hortaliças, legumes, tubérculos, frutas, glicose da cana-de-açúcar, café, podendo ser reduzida em 80% DESDE QUE SE CONTROLE A EVAPORAÇÃO  de água DO SOLO. Em 500 anos de Brasil esta é a primeira vez que surge uma idéia lógica, inteligente, simples, racional, eficiente, eficaz para se extirpar a famigerada seca cultural nordestina.

Com a execução dessa idéia, toda cidade do semiárido terá sua água doce pura para o abastecimento urbano nos 365 dias do ano, e todo agricultor terá dentro do seu roçado, água doce de primeira qualidade suficiente para produzir agropecuária nos 12 meses do ano; isto não é milagre, nem utopia – é ciência exata da Natureza ao alcance de todo ser racional.

A agropecuária praticada no NE nunca dá certo porque o homem do campo desconhece essas leis naturais, e o técnico agrícola aprendeu tudo errado – é cego guiando cegos. Vamos tomar como exemplo um município com território de 300km² ou 30.000 hectares e calcularmos o volume de água necessário para o abastecimento urbano + produção de alimentos de uma população de 9.000 habitantes, sabendo-se que são 1.050L de água por pessoa, ao dia.

Acompanhe os cálculos: 9.000H x1.050L x365D= 3.449.250m³ de água por ano. Qual a área para captação de água das chuvas, se a oferta de chuvas for de 6.000m³/Hect/ ano?

Dividindo-se 3.449.250: 6.000=575 hectares; acrescentemos mais 25 hectares para as cisternas de armazenamento dessa água, total de 600hectares para o abastecimento urbano e produção de alimentos.

A massa de alimentos para essa população de 9.000 habitantes é: 9.000H x 1.000Grs x 365D = 3.285 toneladas/ano.

Qual o volume de água das chuvas para produzir esse alimento? 3.285Ton X 1.000m³= 3.285.000m³ de água.

Para se produzir alimentos nos diversos solos argilosos e arenosos do semiárido são, em média, 1.644 mililitros de água por m² de área cultivada, AO DIA.

Calculemos o volume de água para produzir alimentos em um hectare: 10.000m² x 1.644ml x 365D = 6.000m³ de água.

Dividindo-se 3.285.000m³: 6.000m³ = 547,5 hectares de terras para se produzir o alimento dessa população de 9.000H por ano.

 Já vimos que são 600 hectares para captar e armazenar a água do abastecimento urbano, e produção de alimentos de 9.000 habitantes; 547 hectares para produzir o alimento (agropecuária), totalizando 1.147 hectares de terras do território do município de 30.000 hectares; as 3.285 toneladas de alimentos produzidos em 547 hectares – 3.285:547=6 toneladas de alimentos por hectare, ao ano, com 6.000 m³ de água. 

O milho e o feijão produzem com 90 dias, do plantio à colheita, o que significa 4 safras por ano – 4 x 6= 24 toneladas de alimentos por hectare, ao ano.

Há culturas que produzem 100Ton/hectare de alimentos por ano.

  1.000m³ de ÁGUA/tonelada de alimentos, ou 1.000L de ÁGUA para se produzir um quilo de alimentos.

Pesquisas comprovam que são 5 litros de ÁGUA, por dia, para gerar e manter um METRO CÚBICO de massa vegetal da planta; para se produzir 1Kg de arroz são 900/L/água  em 90 dias, do plantio á colheita, as hortaliças exige mais água, por massa de  1kg.

Um pequeno bosque com 300m³ de massa vegetal necessitaria de 300m³ x 5/L/água/Dia= 1.500/L/água/dia, ou 550m³ ( 550.000/L) por ano; se a oferta de chuvas no semiárido for de 550mm/ano, esse bosque exigiria 1.000m² de área para captar 550.000/L  de água das chuvas.

O período chuvoso no semiárido é de 3 a 5 meses por ano, mas o intervalo entre duas chuvas pode chegar a 15 dias, quando o solo perde toda água por evaporação no ar, e sugada pela terra seca, devendo-se se dispor de água das chuvas captada e armazenada desde a 1ª chuva do ano para suprir a necessidade da planta.

O verão do semiárido dura até 300 dias, passando de um ano para outro, quando as plantas secam, morrem, e até as árvores sofrem com a falta de umidade e por causa do Sol intenso.

Com água abundante das chuvas armazenada dentro do roçado pode-se fazer uma chuva todos os dias, no verão, produzindo-se alimentos o ano inteiro; com um motobomba, móvel, extrai-se a água das cisternas, dentro do roçado, e sob pressão do motor, lança-se a água no Ar para trazer os 4 gases que compõem 96% dos corpos vivos. 

Para se fazer agricultura com 500L de água por kg de alimentos, é fundamental controlar-se a evaporação de água do solo, que no semiárido é absolutamente alta.

A vantagem de se fazer agricultura no verão do semiárido é que não tem pragas, nem doenças na lavoura.

A área de captação e armazenamento de água para o abastecimento urbano deve ficar junto á cidade para diminuir o dispêndio de energia no transporte da água, mas não tão próxima para evitar a contaminação com a poluição.

A captação e armazenamento da água podem ser feita em um terreno mais alto do que a cidade, de modo que a água é transportada por gravidade.

A área de captação de água é forrada com lona plástica SOMENTE durante o período das chuvas, ou pelo tempo necessário para se ter o volume de água desejado.

As cisternas de armazenamento de água são forradas e cobertas com lona plástica para evitar a fuga da água por evaporação ou vazamento, mantidas assim enquanto tiver água na cisterna; o melhor material seria manta de PVC, sempre na cor branca.

A água para o abastecimento urbano tem de ser captada e armazenada com total higiene, tal qual vem das nuvens, e para isto essa área tem de ser contornada por 3 obstáculos – a) uma cerca de arame farpado, b)uma cerca de tela de nylon, malha fina, com 4m de altura, e um c)fosso que permanece com água, e assim barrando o aceso de animais, poeira, corpos estranhos trazidos pelo vento. 

O volume de água do abastecimento urbano é 9.000H x 50L x 365D = 164.250m³. Se a oferta de chuvas  é de 6.000m³/hectare, temos: 3.449.250 – 3285.00= 164.250:6.000= 27+3=30 hectares para captar e armazenar a água.

A lona plástica de 0,2mm de espessura tem uma face preta e outra branca, de baixo custo. Uma peça de lona plástica de 50x8=400m² dar para forrar uma cisterna de 42x3x2=252m³. Uma lona de 400m² dar para captar 400x300=120.000/L de água no tempo de El ñino e 400x1.000=400m³ no tempo de La ñina; a lona pode ser emendada, vulcanizada; no comércio há também manta PVC para revestimento de tanques, açudes.

As dimensões das cisternas dependem do volume de água desejado e captado na área de captação.

 A área de captação e armazenamento de água para a agricultura não exige tanta higiene, devendo ser contornada com uma cerca de arame farpado de 10 cintas, 2m de altura, para barrar o acesso do gado. No caso da água para a agricultura o material adquirido no comércio é: arame farpado e lona plástica;

No caso da água para o abastecimento urbano é: lona plástica ( ou manta de PVC) arame farpado e tela de nylon; o resto é mão-de-obra para preparar a área de captação de água e escavar as cisternas de armazenamento dessa água, o que pode ser feito com máquinas ou manualmente.

Qual o tipo de terreno para o projeto?   Limpo para não ferir a lona plástica, e regular para facilitar o escoamento da água entre a área de captação de água e as cisternas. No caso de terreno plano faz-se paredes laterais de terra na área de captação de água, como se fosse uma calha, bica, rio que canaliza a água para as cisternas que estarão (escavadas) em um nível mais baixo do que a área de captação de água das chuvas.

As chãs das serras do sertão são planas, próprias para esse projeto, mas no sertão baixo tem muitas áreas adequadas, principalmente na caatinga.

Em terreno íngreme as cisternas são “barragens” com paredes de alvenaria ou de terra, forradas com lona plástica, mas a cobertura da barragem é dificultada, devido ao formato e dimensões.

A cisterna ideal, escavada no chão, tem o seguinte formato: 3m de largura, e até 5m de profundidade, no comprimento que for preciso; assim podemos cobrir a cisterna com armação de madeira ou alumínio e lona plástica, de modo a evitar a fuga da água por evaporação e também mantendo a higiene da água na cisterna.

 

Quais as dimensões do Projeto? Depende do volume de água das chuvas que se deseja captar e armazenar, obediente ao volume de chuvas precipitadas.

Quais os custos do Projeto? O custo maior é para a água do abastecimento urbano devido  ao rigor da higiene da água; o m² da lona plástica e da tela de nylon é de R$ 1,00; a madeira(caibro) ou alumínio da armação da cobertura da cisterna custa R$ 1,00 o metro linear; o arame farpado custa  R$ 0,40 o metro linear.

CONVÉM LEMBRAR QUE A ÁGUA É O ELEMENTO NATURAL MAIS IMPORTANTE PARA A VIDA NA  Terra, PRINCIPALMENTE PORQUE SE DISPONDO DE ÁGUA DOCE ABUNDANTE DAS CHUVAS TEM-SE:  O ALIMENTO (AGROPECUÁRIA); TEM-SE O OXIGÊNIO  DA RESPIRAÇÃO FORNECIDO PELAS PLANTAS; TEM-SE ÁGUA DOCE PURA PARA SE BEBER. A ÁGUA DOCE DAS CHUVAS NÃO TEM PREÇO, POIS É A ÚNICA ÁGUA ( no NE) QUE O HOMEM PODE BEBER, E A ÚNICA QUE PODE GERAR E MANTER A VIDA.

Para acabar com a famigerada seca cultural basta  CONHECER os ENSINAMENTOS deste texto de Ciência Ambiental; não há outra opção para o Nordeste Brasileiro, e pode ser MODELO para toda Humanidade.

 

(Ass) Damião Medeiros, responsável, ciente e cons

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