A Água na Região Nordeste Brasileiro.
A água no Planeta Terra
é parte da vida também no Nordeste Brasileiro; eis o problema, eis a solução! Mas, como, quando e por quê?
A Terra tem 4,6 bilhões
de anos, mas durante o 1º bilhão de anos não havia água;
Havia os gases, inclusive o hidrogênio e o oxigênio
que compõem a água H²O; os 4 Elementos
da Natureza: A bíblia registrou - 1º
elemento da Natureza – Gn 1,3 – energia luminosa e calorífica do Sol;
2º elemento da Natureza
– Gn 1,7 – Atmosfera com água em forma de vapor + 12 gases e as moléculas de
ligação de valência compostas de 2 ou 3 gases;
3º Elemento da Natureza
– Gn 1,11, 1,12, 1,20, 1,24 – terra, solo, chão que gerou vida microscópica –
microorganismos algas, fungos e bactérias;
4° Elemento da Natureza
– Gn 2,5 – chuvas – água no estado líquido.
A Terra não é o planeta
água; em 80% do corpo da Terra a temperatura ambiental é acima de 500ºC,
podendo chegar a 10.000ºk no núcleo do Planeta, onde é impossível haver água;
além disto, o volume do corpo da Terra é 783 vezes maior do que o volume de água
contida na Terra;
A água é aparente na superfície da Terra e na
atmosfera. Se comparada à hidrosfera, A
água subterrânea na crosta terrestre é insignificante;
Toda água da Terra já foi água doce, inclusive
nos Oceanos, porque essa água vem das chuvas, e água da chuva não tem sal; o
sal é da terra, o sal é do chão, enquanto que a molécula de água H²O foi
montada na atmosfera; toda água que tem contato com o chão tem sal, tem outros
minerais, tem matéria orgânica, tem lixos, venenos, petróleo, onde a água é
apenas substrato ou solvente, mas quando a água evapora esse lixo fica no chão;
existe a vida de água doce nas terras emersas e a vida de água salgada nos
oceanos e mares – uma não sobrevive no ambiente da outra;
97,3% da água da Terra são salgadas nos
oceanos, mares internos, nos desertos secos e semiáridos das terras emersas; a
água salgada cobre 71% da superfície da Terra; fora dos oceanos onde tiver água
salgada a vida animal e vegetal não tem vez; é o caso do semiárido nordestino
que tem água salgada nos açudes e tem água subterrânea salgada, UM SINAL de
desertificação, ou seja, escassez de vida.
77,2% da água doce da
Terra estão no estado sólido, ou seja, gelo e neve nas calotas e geleiras, e
devem se incorporar a água salgada dos oceanos quando a temperatura média da
Terra subir 3°C, e assim o volume de água doce que hoje é de 2,7% da água da
Terra será reduzido a menos de 1%; consequentemente a vida animal e vegetal
será reduzida na mesma proporção, inclusive a Humanidade será reduzida à metade
do que é hoje; isto acontece por que o homem é um ser vivo de água doce – come,
bebe e respira água doce.
A flora e a fauna,
vegetais e animais, escolhem o lugar para nascer e viver de acordo com os 4
elementos da Natureza e suas variáveis atmosféricas; as variáveis atmosféricas
da água dependem dos outros 3 elementos da Natureza, porque os 4 elementos da
Natureza são interdependentes. Quais são as variáveis atmosféricas da água?
1)água corrente no chão, nos rios, riachos; 2)água de superfície livre
armazenada nos lagos, açudes, barragens; 3)água armazenada subterrânea;
4)umidade do ar; 5) umidade do chão; 6) água nos corpos vivos de animais e
vegetais, tudo isto compondo um CICLO obedientes a leis físicas da Natureza,
ciência exata.
Não existe,
naturalmente, vida animal e vegetal na água nos estados sólido e gasoso, e
também não há nos estágios condensação, evaporação e chuvas, mas existem
microorganismos em todas as variáveis e condicionamentos da água, inclusive na
atmosfera.
A água na região
Nordeste: o que a geografia classifica hoje de Nordeste é um ponto subcolateral
entre os pontos colaterais Norte e Leste, que física e biologicamente é
absolutamente heterogênea, com pouco mais de 1,5 milhões de km², dividida em
várias sub-regiões individualizadas geográfica e ecologicamente.
Quais são essas
sub-regiões?
1) Nordeste amazônico
com 350.000 km² sendo 80% no MA e 20% no PI, onde a oferta de chuvas passa dos
2.000/L/m² ao ano;
2) sul da BA com
190.000km² com oferta de chuvas de 2.000/L/m² ao ano;
3)zona da mata
nordestina em RN-PB-PE-AL-SE-BA onde a oferta de chuvas é acima de 1.500/L/m²
ao ano; 90.000 km².
4) sertão de caatingas
em PI-CE-RN-PB-PE-AL-SE-BA com 500.000km², onde a oferta de chuvas varia de
300/L/m² no tempo de El ñino, a 1.000/L/m² no ano de La ñina; tem o agreste
entre o sertão e a zona da mata com 50.000km²;
5) litoral de 40.000km²
. O restante do NE tem 280.000km², onde estão os brejos de baixadas junto ao
Mar e os brejos de altitude no sertão, em todos os Estados NE, onde a oferta de
chuvas e a disponibilidade da água armazenada criam solo e vegetação típicos de
cerrado.
E o que é sertão? Lugar longe do mar, afastado
do litoral; por esta definição 95% do território brasileiro são sertões; a
cidade de Macaíba que está a 18 km do Mar seria sertão para os colonizadores
portugueses do RGN. Na prática, hoje, o sertão está a 100 km do mar. Sertão
nordestino é a área do NE que tem caatinga;
E o que é caatinga?
É uma palavra indígena
que significa “clareira”, onde as plantas estão muito dispersas e não passam de
3m de altura, quando adultas. A caatinga é o semiárido natural do NE porque não
tem solo de sedimentação para armazenar água das chuvas e para manter as
plantas no verão de 8 meses; não é por escassez de água ou escassez de chuvas;
a parte externa do terreno da caatinga é o
subsolo rígido, coberto de lajedos ou pedras miúdas, cortantes,
irregulares que indicam pluviosidade abaixo de 1.000mm ao ano, nos últimos 10
mil anos; a caatinga do índio é conhecida pela comunidade acadêmica brasileira
como tabuleiro do sertão, o que é um erro já que a caatinga é ondulada; as
caatingas são separadas umas das outras, por rios, riachos e suas várzeas;
pelas bases das modestas serras e serrotes; a área de uma caatinga varia de 2 a
8 km², que numa fotografia aérea se assemelha a uma colcha de retalhos; o
terreno da caatinga é impermeável à água das chuvas, infiltrando-se no chão
menos de 5% da água precipitada. O terreno da caatinga é rico em nutrientes
minerais, é pobre em matéria orgânica, e impenetrável pelas raízes das árvores.
Algumas plantas típicas
da caatinga: os arbustos marmeleiro, velame, mufumbo, pereiro; várias gramíneas
quando chove, e os cactos xiquexique, palmatória, coroa-de-frade, macambira,
plantas que só nascem em cima de pedras ou em terreno raso; o mandacaru, também
chamado cardeiro, e o facheiro só nascem
onde tem solo de sedimentação; a jurema chega a 3m de altura na
caatinga, mas no cerrado do sertão a jurema tem até 10m de altura, sendo o mesmo
índice de chuvas.
Os 500.000km² do sertão
nordestino têm 250.000km² de caatingas em 8 Estados do NE; o Maranhão não tem
caatinga, mas tem sertão.
O sertão nordestino tem
caatinga, cerrados, vales, centenas de modestas serras e centenas de rios temporários
com suas várzeas férteis. A grande quantidade de rios do sertão nãos é devido
ao volume de chuvas, mas sim devido à impermeabilidade da caatinga, e por isso
qualquer chuvinha enche os açudes; as serras são modestas elevações que tem
solo e vegetação de cerrado, ou tem terreno e vegetação de caatinga.
Até final do Século XIX
a oferta de chuvas no sertão ERA de 600 a 800L/m²/Ano, 3 a 5 anos seguidos,
período intercalado por um El ñino de
200 a 300/L/m² ao ano; os 600 a 800mm de chuvas aconteciam em estação chuvosa
de 4 a 5 meses, mas no tempo de El ñino as chuvas se precipitam em período de
60 a 75 dias;
800mm de chuvas
significam 800 litros de água por m², um dilúvio; em nenhum outro semiárido da
Terra, a chuva é mais que 500mm ao ano; nos desertos secos chove até 300mm ao
ano.
O porte e a variedade de
espécies da fauna da caatinga são proporcionais à modesta flora; as plantas da
caatinga nascem nas outras áreas do sertão, mas as plantas dessas áreas não
nascem na caatinga; exemplo de plantas que não nascem na caatinga: cumaru,
mulungu, umburana, angico, aroeira, feijão bravo, caibreira, oiticica,
catingueira, maniçoba, juazeiro.
Por causa da degradação ambiental provocada
com a eliminação de 85% da vegetação nativa do cerrado e das várzeas dos rios
do sertão, e eliminação do solo agrícola dos cerrados, o clima foi alterado nos
últimos 100 anos, mudando a temperatura e pressão atmosféricas, mudaram a
incidência e reflexão da luz solar, mudaram a direção e intensidade dos ventos,
mudaram a umidade do ar e do chão, diminuindo o regime de chuvas em período e
volume, e consequentemente o semiárido natural que tinha 250.000 km² passou
para 1 milhão de km².
O sertão nordestino já
teve o maior rebanho bovino do Brasil nos Séculos XVII e XVIII; o Nordeste já
foi exportador de produtos agrícola e autossuficiente na produção de alimentos.
Hoje o NE produz menos
de 30% do alimento que consome, e tem 20 milhões de nordestinos recebendo menos
de 1.000 calorias na refeição diária, o que lhe atrofia o corpo, a mente e o
espírito, favorecendo o aparecimento de doenças, principalmente aquelas
veiculadas na água de beber contaminada captada no telhado sujo das casas, ou
no líquido que tem cor, cheiro e sabor de lixo, veneno acumulados nos açudes, barreiros e
subterrânea.
Mas ainda não é o
apocalipse; a seca e a fome no NE são
frutos do analfabetismo brasileiro. Para ENTENDER esta minha afirmativa
verdadeira acompanhe o meu raciocínio lógico, evidente:
- Hoje o semiárido
recebe em média 400 litros de água das chuvas por m² ao ano, mas 80% dessa água
vão imediatamente para o mar nos rios temporários; apenas 3% dessa água se
infiltram no solo impermeabilizado pelo fogo das coivaras e queimadas; 4% ficam
nos corpos de animais e vegetais, e os 13% restantes ficam armazenadas em
lagoas, açudes, barragens, barreiros, água ruim, água doente.
70% da água das chuvas
que ficam armazenadas no sertão evaporam para o Ar ou são sugadas pela terra
seca nos 8 meses de verão. EXISTE tecnologia para ZERAR a evaporação de água do SOLO agrícola.
A água das chuvas é a
mais pura da Terra; é água de graça e vem todos os anos de janeiro a janeiro no
NE; nessa água não tem minerais, não tem matéria orgânica, não tem lixo do
chão, não tem veneno da lavoura, não tem microorganismos anaeróbicos, e tem 8
benefícios para a lavoura que nenhuma outra água tem; quer saber quais são
esses benefícios? Aprenda:
1)a chuva traz a
reboque do ar atmosférico os 4 gases que
compõem 96% dos corpos de animais e vegetais, que são – o nitrogênio é o
principal nutriente das plantas; o oxigênio é para a respiração aeróbica dos
animais e também respiração dos vegetais à noite; traz do Ar o hidrogênio e o
gás carbônico;
2) a água das chuvas
umedece o chão por igual, o que é fundamental para a lavoura;
3)a água da chuva lava
o corpo da planta por inteiro desobstruindo os poros para a transpiração,
respiração e fotossíntese;
4) o oxigênio sacado do
ar pela água da chuva inibe o desenvolvimento de doenças causadas por microorganismos
nas plantas;
5) durante a chuva a
borboleta não voa, a formiga não anda, a lagarta e o gafanhoto não comem;
6) a chuva controla a
umidade do ar adequando-a ás necessidades das plantas e animais;
7) é a única água que
tem pH compatível com a vida animal e vegetal;
8) é água doce pura e
portanto não precisa de tratamento ou filtragem.
A ideia é captar-se e
armazenar-se de 2% a 5% da água das chuvas precipitadas no semiárido, já que os
outros 3 elementos da Natureza são compatíveis com a vida em toda plenitude. A
água das chuvas é captada sem perda, sem fuga, sem contato com o chão, nem com
o telhado das casas, nem com o lajedo, e não pode ser armazenada em tanques de
alvenaria e cimento, ou tanque de pedras; tem de ser água doce limpa, pura.
O volume de água
captada é uma relação aritmética entre a oferta média de chuvas e o volume de
água necessário para a produção de alimentos e abastecimento urbano, o que nos
indica qual a área de captação dessa água, e qual a capacidade volumétrica das
cisternas de armazenamento dessa água, lembrando que no semiárido a média de
água das chuvas precipitadas é de 400L/m² ou 4.000m³ por hectare, ao ano.
Pesquisas no semiárido
indicam que são 50 litros de água doce por pessoa, ao dia, para o abastecimento
doméstico; e são 1.000 Litros de água por pessoa, ao dia, para se produzir 1.000
gramas de alimentos das 3 refeições diárias, na produção de carnes, leite,
ovos, mel de abelhas, cereais, hortaliças, legumes, tubérculos, frutas, glicose
da cana-de-açúcar, café, podendo ser reduzida em 80% DESDE QUE SE CONTROLE A
EVAPORAÇÃO de água DO SOLO. Em 500 anos
de Brasil esta é a primeira vez que surge uma idéia lógica, inteligente,
simples, racional, eficiente, eficaz para se extirpar a famigerada seca
cultural nordestina.
Com a execução dessa
idéia, toda cidade do semiárido terá sua água doce pura para o abastecimento
urbano nos 365 dias do ano, e todo agricultor terá dentro do seu roçado, água
doce de primeira qualidade suficiente para produzir agropecuária nos 12 meses
do ano; isto não é milagre, nem utopia – é ciência exata da Natureza ao alcance
de todo ser racional.
A agropecuária
praticada no NE nunca dá certo porque o homem do campo desconhece essas leis
naturais, e o técnico agrícola aprendeu tudo errado – é cego guiando cegos.
Vamos tomar como exemplo um município com território de 300km² ou 30.000
hectares e calcularmos o volume de água necessário para o abastecimento urbano
+ produção de alimentos de uma população de 9.000 habitantes, sabendo-se que
são 1.050L de água por pessoa, ao dia.
Acompanhe os cálculos:
9.000H x1.050L x365D= 3.449.250m³ de água por ano. Qual a área para captação de
água das chuvas, se a oferta de chuvas for de 6.000m³/Hect/ ano?
Dividindo-se 3.449.250:
6.000=575 hectares; acrescentemos mais 25 hectares para as cisternas de
armazenamento dessa água, total de 600hectares para o abastecimento urbano e
produção de alimentos.
A massa de alimentos
para essa população de 9.000 habitantes é: 9.000H x 1.000Grs x 365D = 3.285
toneladas/ano.
Qual o volume de água
das chuvas para produzir esse alimento? 3.285Ton X 1.000m³= 3.285.000m³ de
água.
Para se produzir
alimentos nos diversos solos argilosos e arenosos do semiárido são, em média,
1.644 mililitros de água por m² de área cultivada, AO DIA.
Calculemos o volume de
água para produzir alimentos em um hectare: 10.000m² x 1.644ml x 365D = 6.000m³
de água.
Dividindo-se 3.285.000m³:
6.000m³ = 547,5 hectares de terras para se produzir o alimento dessa população
de 9.000H por ano.
Já vimos que são 600 hectares para captar e
armazenar a água do abastecimento urbano, e produção de alimentos de 9.000
habitantes; 547 hectares para produzir o alimento (agropecuária), totalizando
1.147 hectares de terras do território do município de 30.000 hectares; as
3.285 toneladas de alimentos produzidos em 547 hectares – 3.285:547=6 toneladas
de alimentos por hectare, ao ano, com 6.000 m³ de água.
O milho e o feijão
produzem com 90 dias, do plantio à colheita, o que significa 4 safras por ano –
4 x 6= 24 toneladas de alimentos por hectare, ao ano.
Há culturas que
produzem 100Ton/hectare de alimentos por ano.
1.000m³ de ÁGUA/tonelada de alimentos, ou
1.000L de ÁGUA para se produzir um quilo de alimentos.
Pesquisas comprovam que
são 5 litros de ÁGUA, por dia, para gerar e manter um METRO CÚBICO de massa
vegetal da planta; para se produzir 1Kg de arroz são 900/L/água em 90 dias, do plantio á colheita, as hortaliças
exige mais água, por massa de 1kg.
Um pequeno bosque com
300m³ de massa vegetal necessitaria de 300m³ x 5/L/água/Dia= 1.500/L/água/dia,
ou 550m³ ( 550.000/L) por ano; se a oferta de chuvas no semiárido for de
550mm/ano, esse bosque exigiria 1.000m² de área para captar 550.000/L de água das chuvas.
O período chuvoso no
semiárido é de 3 a 5 meses por ano, mas o intervalo entre duas chuvas pode
chegar a 15 dias, quando o solo perde toda água por evaporação no ar, e sugada
pela terra seca, devendo-se se dispor de água das chuvas captada e armazenada
desde a 1ª chuva do ano para suprir a necessidade da planta.
O verão do semiárido
dura até 300 dias, passando de um ano para outro, quando as plantas secam,
morrem, e até as árvores sofrem com a falta de umidade e por causa do Sol
intenso.
Com água abundante das
chuvas armazenada dentro do roçado pode-se fazer uma chuva todos os dias, no
verão, produzindo-se alimentos o ano inteiro; com um motobomba, móvel,
extrai-se a água das cisternas, dentro do roçado, e sob pressão do motor,
lança-se a água no Ar para trazer os 4 gases que compõem 96% dos corpos vivos.
Para se fazer
agricultura com 500L de água por kg de alimentos, é fundamental controlar-se a
evaporação de água do solo, que no semiárido é absolutamente alta.
A vantagem de se fazer
agricultura no verão do semiárido é que não tem pragas, nem doenças na lavoura.
A área de captação e
armazenamento de água para o abastecimento urbano deve ficar junto á cidade
para diminuir o dispêndio de energia no transporte da água, mas não tão próxima
para evitar a contaminação com a poluição.
A captação e
armazenamento da água podem ser feita em um terreno mais alto do que a cidade,
de modo que a água é transportada por gravidade.
A área de captação de
água é forrada com lona plástica SOMENTE durante o período das chuvas, ou pelo
tempo necessário para se ter o volume de água desejado.
As cisternas de
armazenamento de água são forradas e cobertas com lona plástica para evitar a
fuga da água por evaporação ou vazamento, mantidas assim enquanto tiver água na
cisterna; o melhor material seria manta de PVC, sempre na cor branca.
A água para o
abastecimento urbano tem de ser captada e armazenada com total higiene, tal qual
vem das nuvens, e para isto essa área tem de ser contornada por 3 obstáculos – a)
uma cerca de arame farpado, b)uma cerca de tela de nylon, malha fina, com 4m de
altura, e um c)fosso que permanece com água, e assim barrando o aceso de
animais, poeira, corpos estranhos trazidos pelo vento.
O volume de água do
abastecimento urbano é 9.000H x 50L x 365D = 164.250m³. Se a oferta de
chuvas é de 6.000m³/hectare, temos:
3.449.250 – 3285.00= 164.250:6.000= 27+3=30 hectares para captar e armazenar a
água.
A lona plástica de
0,2mm de espessura tem uma face preta e outra branca, de baixo custo. Uma peça
de lona plástica de 50x8=400m² dar para forrar uma cisterna de 42x3x2=252m³.
Uma lona de 400m² dar para captar 400x300=120.000/L de água no tempo de El ñino
e 400x1.000=400m³ no tempo de La ñina; a lona pode ser emendada, vulcanizada;
no comércio há também manta PVC para revestimento de tanques, açudes.
As dimensões das
cisternas dependem do volume de água desejado e captado na área de captação.
A área de captação e armazenamento de água
para a agricultura não exige tanta higiene, devendo ser contornada com uma
cerca de arame farpado de 10 cintas, 2m de altura, para barrar o acesso do
gado. No caso da água para a agricultura o material adquirido no comércio é:
arame farpado e lona plástica;
No
caso da água para o abastecimento urbano é: lona plástica ( ou manta de PVC)
arame farpado e tela de nylon; o resto é mão-de-obra para preparar a área de
captação de água e escavar as cisternas de armazenamento dessa água, o que pode
ser feito com máquinas ou manualmente.
Qual o tipo de terreno
para o projeto? Limpo para não ferir a lona plástica, e
regular para facilitar o escoamento da água entre a área de captação de água e
as cisternas. No caso de terreno plano faz-se paredes laterais de terra na área
de captação de água, como se fosse uma calha, bica, rio que canaliza a água
para as cisternas que estarão (escavadas) em um nível mais baixo do que a área
de captação de água das chuvas.
As chãs das serras do
sertão são planas, próprias para esse projeto, mas no sertão baixo tem muitas
áreas adequadas, principalmente na caatinga.
Em terreno íngreme as
cisternas são “barragens” com paredes de alvenaria ou de terra, forradas com
lona plástica, mas a cobertura da barragem é dificultada, devido ao formato e
dimensões.
A cisterna ideal,
escavada no chão, tem o seguinte formato: 3m de largura, e até 5m de
profundidade, no comprimento que for preciso; assim podemos cobrir a cisterna
com armação de madeira ou alumínio e lona plástica, de modo a evitar a fuga da
água por evaporação e também mantendo a higiene da água na cisterna.
Quais as dimensões do
Projeto? Depende do volume de água das chuvas que se deseja captar e armazenar,
obediente ao volume de chuvas precipitadas.
Quais os custos do
Projeto? O custo maior é para a água do abastecimento urbano devido ao rigor da higiene da água; o m² da lona
plástica e da tela de nylon é de R$ 1,00; a madeira(caibro) ou alumínio da
armação da cobertura da cisterna custa R$ 1,00 o metro linear; o arame farpado
custa R$ 0,40 o metro linear.
CONVÉM LEMBRAR QUE A
ÁGUA É O ELEMENTO NATURAL MAIS IMPORTANTE PARA A VIDA NA Terra, PRINCIPALMENTE PORQUE SE DISPONDO DE
ÁGUA DOCE ABUNDANTE DAS CHUVAS TEM-SE: O
ALIMENTO (AGROPECUÁRIA); TEM-SE O OXIGÊNIO
DA RESPIRAÇÃO FORNECIDO PELAS PLANTAS; TEM-SE ÁGUA DOCE PURA PARA SE
BEBER. A ÁGUA DOCE DAS CHUVAS NÃO TEM PREÇO, POIS É A ÚNICA ÁGUA ( no NE) QUE O
HOMEM PODE BEBER, E A ÚNICA QUE PODE GERAR E MANTER A VIDA.
Para acabar com a
famigerada seca cultural basta CONHECER
os ENSINAMENTOS deste texto de Ciência Ambiental; não há outra opção para o
Nordeste Brasileiro, e pode ser MODELO para toda Humanidade.
(Ass) Damião Medeiros, responsável, ciente e cons
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