sábado, 22 de setembro de 2018

2.012 já era o começo do fim, mas não se deram conta.

o Informativo O VEREDICTO nº 12/2.005.
1)Fenômenos meteorológicos que atuam na oferta de chuvas no semiárido.
ALFA (o menino, El Ñino); BETA (el hombre); ÍPSILON(a menina, la ñina).
Os termos em latim foram criados por nós em respeito, em homenagem a esses fenômenos atmosféricos tão importantes para a Vida da Terra, mas que até hoje eram tratados, pela comunidade científica, com deboche, alcunha, apelido – El Ñino, La Ñina, hombre criados pela comunidade indígena que habitou a costa da América do Sul de colonização espanhola.
O clima, a vida e o ambiente na Terra tem tudo a ver com os 4 elementos da Natureza – Energia luminosa e calorífica da luz Solar, Ar Atmosférico, água e solo. Cada um desses elementos tem inúmeras variáveis atmosféricas e todos são interdependentes.
 A água salgada dos Oceanos e Mares ocupa 71% da superfície da Terra e compreende 97,3% da água da Terra. A água é a maior massa entre os 4 elementos da Natureza, apesar de ser 783 partes de terra, barro, areia, pedras, para uma parte de água( a Terra não é o planeta água);
O solo, 4º Elemento da Natureza, é aquele que gera vida nas terras emersas(litosfera).Os fenômenos climáticos, em pauta, dependem da variação de temperatura da água do Oceano Pacífico na costa da América do Sul e também da  variação de temperatura na atmosfera.
Vamos focalizar atividades climáticas que acontecem desde à superfície da água do Oceano, até 11km de altitude, acima da troposfera, onde a temperatura varia de 10ºC na água do Mar, até 52 graus negativos a 11km de altitude. A variação de temperatura na água do Oceano Pacífico, junto ao continente da América do Sul, é um mistério para a comunidade científica, mas tem causa definida: No Continente da América do Sul, e no leito do Oceano pacífico, nessa área, tem a maior atividade vulcânica do Planeta – é o cinturão de fogo. O calor das lavas vulcânicas é o único elemento que teria condições, na Terra, de mudar a temperatura da água de um Oceano junto do Polo Sul, ponto mais frio da Terra. A temperatura da água do Oceano pacífico varia de 16ºC a 23ºC, conforme a atividade vulcânica seja baixa ou alta. Quando a temperatura é de 20ºC a atividade vulcânica é média. 90% das nuvens que trazem chuvas para as Regiões Sudeste e Nordeste são formadas sobre o Oceano Pacífico, resultado das frentes frias oriundas do Polo Sul, que dependem, na formação, da temperatura na água do Oceano (para evaporação) e da temperatura na atmosfera, onde a nuvem (água condensada) se forma. Quando a atividade vulcânica é alta no Continente, inversamente é baixa no leito do Oceano (e vice-versa) Podemos imaginar essa situação como um coco (da praia) que tem 2 furos de diâmetros diferentes. Quando a atividade vulcânica é alta no leito do Oceano, a baixa atividade no Continente lança as lavas (na atmosfera) quentes até 8km de altitude; a temperatura na água do Oceano vai a 23ºC, com ventos (motor das nuvens) fracos entre o Oceano e o Continente – temos o fenômeno El Ñino – ALFA.
Se a atividade vulcânica é baixa no leito do Oceano, no Continente o calor das lavas vulcânicas, sob grande pressão, chega a 12km de altura, quando teremos ÍPSILON ou La Ñina. Na atividade vulcânica média tem BETA. Com ALFA os ventos fracos conduzem as nuvens até a Região Sudeste, onde teremos índice pluviométrico acima de 2.200mm durante a estação chuvosa, mas no semiárido, aonde as nuvens não chegam (ou vem em pequeno volume) a oferta de chuva é de, no máximo 400mm ao ano.Com os ventos fortes de ÍPSILON as nuvens atravessam(no trajeto) a Região Sudeste e lançam uma grande oferta de chuvas no semiárido – acima de 800mm. Existem os vulcões ocasionais, periódicos e cíclicos e conseqüentemente ALFA e ÍPSILON são cíclicos. Esses fenômenos mudam com o tempo, em periodicidade, intensidade, área de atuação, Etc.
Fenômenos atuando no Século XX:
ALFA-1903/04,1.918/19,1.928,1.930/32,1.936,1.938/39,1.942/43, 1.947,1.951,1.954,1.958,1.970,1.979/82,1.987, 1.991/93, 1.997/99.Bom inverno no Sudeste e inverno fraco no semi-árido nordestino.
ÍPSILON – 1.900, 1.923, 1.937, 1.945, 1.961, 1.968, 2.000. Bom inverno no sertão nordestino; BETA – nos demais anos do Século XX, quando o sertão nordestino recebe oferta de chuvas entre 400mm a 600mm.ALFA e ÍPSILON atuam combinados, com média de 7 e 9 anos.
A estiagem no semiárido acontece quando o índice pluviométrico é menor que 400mm, porque a flora e a fauna estão aclimatados para 5 ou 6 anos consecutivos com índice de chuvas superior a 600mm, intercalado por UM ANO com ALFA (200/300mm).
A partir de 1.877/79 passamos a ter 3 a 4 anos seguidos com índice de chuvas inferior ou igual a 400mm, causado pela degradação ambiental, quando a eliminação da cobertura vegetal chegou a 60% na vegetação nativa.
Como o desmatamento no semiárido continua a “todo vapor” a tendência é que a escassez de chuvas vai se agravar. ALFA traz transtornos climáticos, com seca ou com chuvas, para metade do Planeta Terra; ÍPSILON é um fenômeno com atuação apenas na América do Sul.
A degradação ambiental, a exemplo do efeito estufa, vai provocar grandes estiagens em todas as regiões do Brasil, agravados pelo desmatamento bestial nas Regiões Norte e Centro-oeste. Se a cobertura vegetal no Brasil tivesse sido preservada em 50% a degradação gerada nos restante do Planeta não teria vez no território brasileiro, porque as matas tem o compromisso vital de controlar todas as variáveis atmosféricas dos 4 elementos da Natureza. El Ñino é uma frente de ar quente estacionada na divisa das Regiões Sudeste e Nordeste, barrando as frentes frias que trariam chuvas para o semi-árido.
2)Problemas e soluções ambientais. Esgoto, saneamento.
Nos Veredictos 10 e 11 mostramos, nesta seção 2, que a Capital do RN – Natal está consumindo água subterrânea contaminada com materiais putrefatos nas fossas de excrementos; que 99% da população da grande Natal ignoram o problema; que até o ano 2.020 acaba toda água doce, potável que abastece a Grande Natal; que não há tratamento que possa transformar esse líquido em água, particularmente devido à presença das drogas da “limpeza”. Com a divulgação dos Veredictos 10, 11 e 12 entre 20 pessoas dessa Cidade, inclusive com autoridades políticas, toda população deveria ser informada, porque nos próximos 10 ANOS teremos muitas doenças (algumas desconhecidas) geradas nessa imundícia.
Saneamento significa “sanar”, resolver o problema do armazenamento dos excrementos humanos nas fossas, nos canais, nos rios, no Mar. Qual é o problema de se armazenar excrementos humanos: a concentração de excrementos, grande volume de massa putrefata, dificulta a absorção do material para integração ao ambiente – reintrodução na Natureza; ao persistir o processo de armazenamento cria-se as condições para a difusão no Ar atmosférico (no vento), na água e no chão; favorece o desenvolvimento de colônia de ratos e baratas, animais com grande poder de reprodução, migração e potencialmente transmissores de doenças para  o Homem. O chamado “tratamento” de esgoto no Brasil  simplesmente não existe.
O lixo doméstico também é favorável à geração dos mesmos problemas dos excrementos armazenados, mas tem uma agravante, não há como integrar, à Natureza, materiais plásticos e peças de alumínio, ferro; fazer esgotos para os excrementos e criar aterros sanitários e lixões para os plásticos, papéis e metais é analfabetismo científico – instintivamente a humanidade está arquitetando o seu fim (extinção) – é só uma questão de tempo, digamos, mais 200 anos.
O material orgânico de origem vegetal e animal deve ser reintroduzido na Natureza – do pó ao pó; o lixo inorgânico – plástico, metal, tem de ser reciclado totalmente; o papel e papelão têm origem vegetal, porém na fabricação desse material empregam-se drogas nocivas à vida que, desintegradas do papel, pelas intempéries (ou no chão) introduzem essas drogas estranhas no Ar, no chão e na água; os papéis higiênicos, usados na higiene, devem ser incorporados ao chão, já que diferente dos outros papéis (e papelão)não tem ácidos e corrosivos na sua fabricação. O vidro pode ser enterrado, já que é fabricado basicamente com material da Natureza, não se desintegra (como se fosse uma pedra) facilmente, não é estranho no “meio”.
O Homem utiliza, por dia, 50 litros de água doce nas atividades domésticas, porém o homem da cidade (cidadão?) usa mais 50 litros de água doce nas “descargas” do vaso sanitário, mictório, bidê. Significa dizer que o consumo, uso, gasto, é a destruição de 100 litros de água doce, por pessoa/dia. Mesmo que esse material vá, finalmente para o Mar de água salgada (cloro+sódio), tem as drogas da “limpeza” que não se integram à água salgada e normalmente são lançadas, pelas ondas e maré, na areia da praia. Os minerais da areia e a luz solar intensa (luminosidade e calor) têm as condições necessárias para criarem, com as drogas da limpeza, metais e gases nocivos ao homem.
As cidades litorâneas que tem esgotos (não é o caso de Natal-RN) deveriam utilizar água doce em algumas atividades domésticas e usarem água salgada (do Mar) em outras atividades: 47 litros de água doce para um banho e para lavar a roupa e a louça; água salgada, à vontade, para (mais) um banho, para lavar o piso, pia e para as descargas do sanitário, mictório, bidê, lembrando que nos 2 casos não se pode usar as drogas da limpeza, pois os microrganismos existentes na água salgada não tem ação nas terras emersas(na vida de água doce); quanto aos animais e vegetais(algas, caravelas) da água do Mar, pode-se eliminá-los com uma simples filtragem. As atividades domésticas (lavagem) desenvolvidas com água doce podem ser complementadas (a limpeza) com sabão neutro e essa água (doce) armazenada no tanque poderia receber uma dose de CAL, digamos 1kg de cal para 100m³ de água armazenada, tratamento total.
Se for uma cidade fora do litoral os excrementos devem ser incorporados (sem as drogas da limpeza) ao solo agrícola, porém acrescentando-se 1kg de cal para cada metro cúbico de solução (água+excrementos); nessa “solução” haverá também os dejetos – restos de alimentos e lavagem da louça das refeições. Sugerimos 10m³ desse material para um hectare de terras. Como estamos no semiárido, onde 80% da água dos reservatórios (açudes e barragens) e subterrânea ficaram salgadas por causa da união eletrovalente do cloro e sódio da terra e dos seres vivos, as atividades domésticas teriam 50 litros de água doce e 50 litros de água salobra, como foi explicado para o caso das cidades litorâneas, completada a higiene com sabão neutro; essa “solução” poderia ser empregada na irrigação do solo agrícola, antes da plantação, e com a mesma dose de cal sugerida nos outros casos – 1kg de cal por m³ de solução, o solo estaria isento de salinização(salitre).
No caso de já haver lavoura (plantação) na área a “solução” seria lançada, sob pressão, no Ar, por espargidores, de modo que os componentes do Ar participariam da integração desses materiais no ambiente, uma distribuição homogênea.
 Nas cidades e no campo do semiárido os excrementos são depositados em fossas (não há saneamento), mas se o semiárido tem solo e subsolo impermeáveis, não há fuga (infiltração) para baixo e não há evaporação (a fossa é tampada); uma residência com 10 pessoas produz 1m³ dessa “solução” por dia, suficiente para irrigar um hectare de terras (mantendo a umidade); Isto representa uma boa solução para a escassez de chuvas na agricultura, lembrando que para se produzir o alimento das 3 refeições de uma pessoa, por dia, são necessários(no clima do semiárido) 300 litros de água doce; para se produzir - criar e manter o “pasto” de uma vaca, por dia, são 200 a 500 litros de água doce, dependendo da ração, ambiente, clima, lembrando que são variáveis no semiárido NE.
Essa mudança de comportamento com relação às Leis da Natureza no semiárido é imprescindível para se manter o Nordeste vivo, e certamente seria modelo para todo o Planeta Terra.
O aterro sanitário é a melhor forma que o Homo Sapiens encontrou para armazenar seu lixo estranho, para, na posteridade, usufruir os seus malefícios; o homem “enterra” (no Atêrro) o que lhe é prejudicial agora para ter de volta todas as mazelas do seu lixo; O Homem ainda ignora que seu corpo é barro, terra, chão – não há como agredir um deles sem afetar o outro; pobre diabo!
Metais, plástico, papéis são desintegrados pelos minerais e ácidos naturais da terra, porém os componentes desses materiais são “estranhos” no solo e na água, são altamente concentrados e mesmo na dispersão criariam gases, ácidos e minérios altamente destrutivos.
Conclusão: O Homo Sapiens não é realmente um ser racional; para o bem do Planeta Terra é necessária a autodestruição; já tem a conivência de Mãe-natureza – só falta a de Deus.
Para o caso de Natal-RN, cidade litorânea, sem esgoto, há uma solução: as fossas sépticas devem ser construídas com paredes de alvenaria nas laterais e no fundo, evitando assim a fuga do material das fossas para os lençóis subterrâneos de água potável. Como há muita água doce subterrânea em Natal (devido a oferta de chuvas e por conta do terreno arenoso), as atividades domésticas continuariam sendo feitas com água doce, sem as drogas da “limpeza”; a higiene da casa e do corpo seria com água doce e sabão neutro;o tratamento da água nos reservatórios da água do abastecimento urbano (da CAERN) seria com 1kg de cal para 100m³ de água armazenada, lembrando que o cloro(usado no suposto tratamento) é meio-sal, lixo, veneno para o organismo do homem. A solução das fossas, neste caso, poderia ir para o Mar ou para o campo de lavoura, sem causar danos, integrando-se facilmente. Esta é a única opção para que Natal, Capital do RN, esteja viva após o ano 2.020.
3)O homem da terra. O pecuarista.
As fotos 1,2,3 e 4 mostram o homem, a terra e sua atividade no semi-árido nordestino. Considerando que o Brasil tem nas Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte, um dos maiores rebanhos bovinos da Terra, o criador de gado no Nordeste semiárido não poderia ser classificado como pecuarista; enquanto naquelas regiões há fazendas com 100.000 cabeças de gado, todo o Município de Riachuelo-RN tem 2.000 cabeças de gado bovino. O RGN já foi um dos maiores criadores de gado do Brasil dos Séculos XVII e XVIII. O pecuarista da fotografia  é do tempo das vacas gordas, descendente de famílias de fazendeiros, no tempo que chovia nesta área do agreste RN, entre 800 e 1.200mm em uma estação chuvosa de 5 meses ao ano. A partir da década de 70 (1.970+) houve uma mudança drástica no clima (por conta da degradação secular) e assistiu a morte das grandes fazendas de criação de gado deste Município – Lagoa Nova, Batuba, São João, Tijuco; hoje ele sobrevive da aposentadoria do FUNRURAL; com uma oferta de chuvas reduzida a 400mm ao ano, verão de 8 a 10 meses, não há pasto para alimentar o gado. A ração é a palma(foto) cultivada, adaptada ao novo clima, mas não sobrevive em solo esgotado; a palma foi plantada aqui há mais de 10 anos, não recebe suprimento nutricional(minerais) e suas folhas são cortadas, aparadas para a ração, todos os anos e, assim, não tem massa vegetal(no corpo) para captar  a luz do Sol da fotossíntese ou para se beneficiar da umidade do Ar atmosférico que chega a 70% no verão.
A água salobra nos açudes e o salitre do solo das várzeas estão na medida certa para se criar outras rações, a exemplo do capim elefante, mas falta-lhe informação neste sentido. Emprega-se também a ração do cacto mandacaru (cardeiro) que de tão explorado deve ser extinto até o ano 2.010. O que o pecuarista recebe da venda do leite é insuficiente para comprar ração industrializada (mais nutritiva). O salitre das várzeas mantém a umidade do solo durante o verão, fazendo com que as plantas (adaptadas ao salitre) permaneçam verdes, ração nutritiva.
O pecuarista também cria equinos, muares, ovinos, que, economicamente improdutivos, terão que comer talos de capim morto(da foto), dispersos no chão, pelo vento. O capim seco tem menos de 5% dos nutrientes que teve quando verde, vivo, o que significa dizer, na prática, que este animal terá que comer durante 16 dias para manter as mesmas necessidades nutritivas de um dia; sua expectativa de vida será reduzida em 60%, não só pela deficiência alimentar, mas principalmente porque a desnutrição favorece o aparecimento de doenças que não teriam no animal alimentado.  A degradação ambiental reduziu o índice pluviométrico e esgotou o solo, mas os outros 2 elementos naturais do semiárido  - Ar atmosférico e luz Solar – são favoráveis à  proliferação de vida animal e vegetal; o solo pode ser facilmente restaurado com recursos do próprio meio; a oferta de chuvas é maior que 400 litros de água por metro quadrado de área – um dilúvio.
Enquanto isto o Homem nordestino, orientado pela comunidade científica, armazena a água doce das chuvas em açudes e barragens: se o reservatório passar 1.000 dias sem receber suprimento da água doce das chuvas (caso comum), sem sangrar(renovar) fica com a água salgada, lixo ou veneno nas terras emersas; 60% da água armazenada, nesta situação, evaporam durante os 8 meses de verão e 30% se infiltram no solo. Nos últimos 10 anos o Governo Brasileiro e a comunidade científica desenvolveram um projeto para construir um milhão de cisternas no semiárido, como forma de enfrentar a seca: 1) O Homem precisa de água doce para produzir alimentos, e não para beber; 2) o telhado da casa aonde a água da cisterna é captada é a parte mais suja da casa do nordestino – aí moram cobras, ratos, lagartixas, insetos, tem veneno da lavoura trazido pelo vento, todo tipo de microrganismos adaptados ao calor ambiental; com essa idéia de jericos o nordestino, doente e famélico, vai morrer mais cedo.
Nos 11 Veredictos publicados mostramos insistentemente, de forma incontestável, que existe uma forma racional, lógica para se captar e se armazenar a água doce pura das chuvas, libertando o Nordeste e sua gente dessa “desgraça cultural” que é a seca nordestina.
O Homem é o centro e a razão de tudo que acontece ou deixa de acontecer no Planeta Terra. A seca e a fome no Nordeste são absolutamente desnecessárias – são frutos da ignorância da comunidade científica brasileira. Entre o Céu e a Terra nada acontece por acaso.
4)Elemento da flora/fauna da terra. A caçada.
Em qualquer lugar da Terra a fauna é, em número, porte e variedade de espécies proporcional ao nível de cobertura vegetal, porque o Reino Vegetal é produtor de alimentos; por outro lado o porte, variedade e número de vegetais, em determinada área, depende do equilíbrio das variáveis atmosféricas dos 4 elementos da Natureza – Energia luminosa e calorífica do Sol, Ar Atmosférico(21% de oxigênio, 78% de nitrogênio+) solo orgânico mineral e água no estado líquido(doce nas terras emersas e salgada nos Oceanos). O semiárido natural do Nordeste é apenas a caatinga, palavra indígena (não é científica) que significa área de vegetação arbustiva (até 3m de altura, quando adulta) dispersa, rala, clareiras com 2 a 8 quilômetros quadrados de área, ligeiramente ondulada, não tem solo(de sedimentação), coberta de lajedos e pedras miúdas, irregulares, cortantes, terreno impermeável à água e impenetrável pelas raízes(profundas) das árvores. As árvores da caatinga estão, apenas, nas margens dos riachos temporários, porque têm solo. Os arbustos da caatinga são mufumbo, pereiro, marmeleiro, velame que não passam de 3m de altura. O cacto predominante é o xiquexique; mandacaru e facheiro só nascem onde tem solo; a coroa-de-frade e a macambira nascem junto dos lajedos ou em solo raso.
As caatingas estão rodeadas de vegetação e solo de cerrado (hoje extintos, eliminados). O sertão nordestino com 500.000km² é a área onde estão inseridas as caatingas, ocupando 50% dessa área. No restante do sertão nordestino estão 50.000km² de leito de rios (secos) e suas várzeas; 70.000km² que fora ocupado pelos cerrados, 130.000km² ocupados pelas bases das modestas (e inúmeras) serras. A flora e a fauna do sertão estavam adaptados às variáveis atmosféricas dos 4 elementos da Natureza, à oferta de chuvas, ao relevo, e à estiagem de 9 a 11 meses que acontecia por conta da ação de El Ñino. A primeira estiagem prolongada foi de 1.877 a 1.879, quando 60% da vegetação nativa tinha sido eliminada para os campos de pastagem do gado e para agricultura; consequentemente o índice de chuva diminuiu e mudou a frequência de estiagem.
Em 1.990 a flora do sertão estava reduzida a 20% e a fauna reduzida a 6%. A área que antes era cerrado foi totalmente devastada, sendo hoje ocupada por vegetação secundária de caatinga e, com o desmatamento a espessura do solo (desprotegido) foi reduzida ou o solo foi extraído pela erosão.
O índio caçava e pescava , diariamente, apenas o necessário para comer durante aquele dia; com a colonização do sertão o português explorador e seu escravo (africano) matavam os animais por diversão, armazenavam a carne dos animais caçados (com sal) e empregavam armas de fogo.
O efetivo indígena caçava também à noite no chamado facheio (com facho de luz) de aves e pássaros, ou nas “esperas”, sobre as árvores, para caçar grandes animais alvejados por flechas ou armas contundentes. O pequeno efetivo indígena do sertão estava limitado pela oferta de alimentos – caças e peixes; os peixes estavam nas  pequenas lagoas que secavam durante o verão, mas no leito dos rios temporários existiam os poços(escavados pelas enchentes)que permaneciam com peixes, de um ano para outro. Os rios que hoje são temporários permaneciam com  um filete de água corrente durante o verão; hoje no sertão existem rios que passam 3 a 4 anos sem receber água.
Existiam também, até o final do Século XVIII, os chamados brejos de altitude que alimentavam, com sua água, os rios do sertão.
Em consequência da degradação ambiental gerada com a eliminação da flora o clima do sertão nordestino sofreu, nos últimos 100 anos, uma mudança que Mãe-natureza não teria condições de fazê-lo em 10 mil anos. O Homem brasileiro destruiu o ambiente, mas não sabe consertá-lo; só lhe resta a morte.
5-Um problema social – o flagelado nordestino.
A família da fotografia, anexa, tem 7 membros: os pais e 5 crianças; nos Veredictos anteriores mostramos o flagelado nordestino de ontem e, agora, o de hoje.
O flagelo nordestino não mudou; esta família representa 70% das famílias do semiárido e das favelas das Capitais de Estados, 20 milhões de pessoas que não têm emprego, renda; não têm sossego, paz; não têm saúde, subnutridos; têm o corpo e a mente atrofiados.
O pai-de-família (que não aparece na foto) sai de casa todos os dias às 6 horas da manhã em busca de alguma coisa para alimentar a família e volta à noite de mãos e cabeça vazias. A profissão de agricultor não funciona em uma região (NE) onde faliram a agricultura e a pecuária. O Homem trabalhou na agricultura no tempo que aqui (agreste RN) chovia 1.000mm ao ano, de janeiro a junho; a oferta de chuva, hoje, varia de 300mm a 600mm a ao ano; em pleno mês de fevereiro não há nuvens (para as chuvas) no céu; olha-se para o campo (onde se fez agricultura) seco, queimado, sem vida.
Mas não é só o Homem do semiárido que sofre o flagelo – no Nordeste amazônico e na zona da mata nordestina, férteis e úmidos, o Homem está morrendo de fome e em breve vai morrer de sede(com a água contaminada com veneno da lavoura e excrementos da cidade).
O índice pluviométrico proporciona uma oferta de  400 litros de água doce, pura, por metro quadrado de área, do semiárido, mas o Homem não sabe captar e armazenar, racionalmente, essa água abundante. Ao longo de 200 anos o Governo Brasileiro investiu uma fabulosa soma de dinheiro na açudagem, mas com a redução no índice pluviométrico o açude não enche, não sangra por 3 a 5 anos seguidos, condição para a água armazenada ficar salgada, veneno para a vida nas terras emersas.
Como aconteceu em 2.001 o rio São Francisco da transposição (sugerida pelo governo) de água vai ter a vazão reduzida entre 2.006 e 2.007, apesar de o Governo ter investido, conforme diz, milhões de reais na (suposta) recuperação do Velho Chico.
O Brasil caminha a passos largos e às escuras, na contramão da vida. Embora não conste em qualquer livro de Geografia do Brasil, existem no Nordeste 8 rios caudalosos ou perenes – Gurupi, Turiaçu, Pindaré, Grajaú, Mearim, Itapecuru, Parnaíba e São Francisco DESPERDIÇANDO no Mar do Nordeste, em média, 400.000.000m³ de água doce, por dia, suficiente para dar um banho em toda a Região Nordeste.
Com exceção do Brasil nenhum outro país da Terra tem, sozinho, o volume de água doce da Região Nordestina. A seca nordestina é fruto do analfabetismo científico.
6)Administração e políticas públicas.
Nos Veredictos anteriores mostramos o desastre social, econômico e político no Nordeste; foi sempre assim desde o Brasil Império. A mídia, entretanto, por ignorância ou conveniência pecuniária muda o enfoque das questões ou distorce os fatos para promover um ou outro governo e assim o Brasil, de “cabeças feitas”, caminha para o nada, o que significa dizer, na prática, corrupção, crime organizado, tráfico e consumo de drogas; violência em todos os níveis, particularmente no Nordeste. Somos um país sem futuro; desORDEM não é PROGRESSO

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