terça-feira, 18 de setembro de 2018

O desastre humano é patente, aquém da informação científica.

Educação ambiental.

Ao contrário do que a comunidade científica afirma, e registra nos compêndios de geografia, o que se vê na fotografia não caatinga; trata-se de uma área de cerrado exaustivamente explorada com pecuária intensiva e agricultura com fogo, no agreste RN; as pedras espalhadas (e amontadas) pertencem ao subsolo que foi exposto pela erosão e pelo arado da capinadeira, e mais recentemente o arado do trator; nesta área a vegetação nativa era densa, cerrada, com árvores de porte médio - catingueira, aroeira, mulungu, ipê, cumaru, umburana, juremas com 10m de altura, Etc os arbustos pereiro, marmeleiro, velame; os cactos mandacaru, facheiro,com 0,30m³ de massa vegetação por m², mas durante o período das chuvas nasciam vários tipos de gramíneas e plantas rasteiras, quando a massa  vegetal dobrava - 0,6m³/m²; hoje predomina a jurema com até 3m de altura, como na caatinga; neste terreno da fotografia ainda existem vestígios do solo, já que o subsolo é feito de pedras seixos (da fotografia) com exclusividade, sobre a rocha matriz que as vezes aflora na superfície como lajedo; o cerrado do Nordeste , o verdadeiro cerrado brasileiro tem solo orgânico mineral com 50cm a 100cm de espessura; o cerrado da fotografia é ligeiramente ondulado, de modo que a agropecuária paleolítica nordestina o transformou em caatinga; se o Homem, com formação técnica, que estudou o ambiente - geógrafos, agrônomos, botânicos é contemporâneo, da mesma índole e estirpe do  Homem que modificou o ambiente (para pior) em nome do progresso, evolução, é evidente que não vai entender o processo de destruição, e aí, com a fé de ofício que gozam,  vão passado a mentira científica de que a área da fotografia é caatinga; Aliás, nem sabem que no Nordeste semiárido existe cerrado.

Educação ambiental.

Mandacaru cortado para supostamente ser usado como ração do gado, vendo-se as cinzas da coivara feita pelo homem para queimar os espinhos do cardeiro, e assim poder cortá-lo em rodelas para que o gado poça engolir; sendo um cacto, o cardeiro tem 80% de água no corpo, pobre em nutrientes; na realidade é só enchimento da barriga - não alimenta; o cardeiro investe 60% dos ingredientes de sua nutrição no sistema de reprodução, flores e frutas; com qualquer chuvinha o cardeiro bota flores uma  vez por ano, mas se as chuvas não continuarem as flores não se convertem em frutas; é o caso deste (e outros) cardeiro em 2.012 - investiu toda sustança nas flores que não vingaram, não restando nutrientes no corpo (para alimentar o gado); para o pecuarista rude do nordeste semiárido basta o bicho encher a barriga, e assim morre-se de fome, de barriga cheia. Nunca dá certo, mas o que sobrar do desastre é lucro;

Educação ambiental.

A ignorância atravanca o Progresso, já dizia o famoso humorista Chico Anísio; na fotografia o mandacaru, ou cardeiro que vem sendo usado ao longo de 100 anos, como ração do gado, no NE; Mesmo sendo um cacto que armazena água no corpo, seu aspecto é de morte, já que todos os anos o Homem  corta os galhos tenros, mais suculentos para alimentar o gado no verão de 7 a 11 meses por ano; ano, após ano o Homem, pecuarista, colhe os galhos. Para eliminar os espinhos o homem usa uma faca, ou assa, queima os espinhos; no corpo do cardeiro da fotografia há partes corroídas se recuperando a duras penas - são cicatrizes provocadas pelo gado que, faminto, se arrisca a comer o cardeiro com espinhos e tudo; quanto ao corte dos galhos, a recuperação, com o brotamento de outros galhos acontece quando a oferta de chuvas é superior a 500 litros por metro quadrado ano ano, em 4 meses de estação de chuvas, com 120 dias de solo úmido, o que só acontece 3 vezes em período de 10 anos; O mandacaru da fotografia deve ter mais de 10 anos de vida, e neste período - 1.993 a 2.013 teve  6 anos com oferta de chuvas de mais de 1.000 litros por m², permitindo-lhe renovar as partes do corpo danificadas pelo Homem; outro benefício é que neste caso, oferta de chuvas maior que 1.000mm/ano o solo permanece úmido por 200 dias do ano, e o pasto do gado é abundante, não precisando cortar o cardeiro. CORREÇÃO: O mandacaru da fotografia tem cerca de 10 anos de idade - 2.003 a 2.013; nesse período tivemos, nesta área, oferta de chuvas de mais de 1.000 litros por metro quadrado de água doce nos anos 2.004, 2.008, 2.009 e 2011, e portanto 4 anos de bons invernos.

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