quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Existe deseducação?

Educação ambiental cinetífica.

Fotografia feita no interior da cisterna, na casa do Assentado Francisco Canindé Guilherme  no assentamento Patativa do Assaré II, em Riachuelo-RN, em janeiro de 2.013;  a cisterna ainda guarda 8% do lixo-líquido que recebeu do telhado imundo da casa com as chuvas de 2.012; a lama preta que se ver na fotografia corresponde, portanto, a 8% do que foi usado para se beber entre junho de 2.012 e janeiro de 2.013; a COISA preta que se ver são a combinação de fezes de todos os insetos, ratos, lagartixas, cobras, gatos domésticos; com  o projeto das cisternas, uma ideia de jericos absolutamente desnecessária, o governo brasileiro e seus (inúteis) técnicos encontraram uma forma eficiente para acelerar a morte do indefeso, incauto nordestino, se já não bastassem a fome, a seca patrocinadas e alimentads pela secular indústria da seca.

Educação ambiental científica.

No Assentamento Patativa do Assaré II em Riachuelo RN o carro-pipa patrocinado pelo ministério da integração nacional vem uma ou duas vezes por semana; como não há dia marcado para o carro-pipa chegar, a população tem de fazer plantão, com horas de antecipação,  junto ao tanque onde se faz o despejo do conteúdo do tanque de 8m³, ou 8.000 litros, que pode ser o único em 8 dias (as vezes são 2 carros-pipa, 16m³, por semana) 1.000 litros X dia para 30 famílias de assentados, cerca de 100 pessoas, ou seja, 10 litros por dia, por pessoa, que seria para se beber, cozinhar os alimentos; banho, lavar roupas tem de ser com o lixo-líquido barrento, contaminado, salobro dos açudes, que ao invés de limpar, suja o corpo, bloqueia os poros da respiração da pele, o sabão não faz espuma, e a roupa fica encardida, uma desgraça.

Educação ambiental científica.

No Assentamento Patativa do Assaré II em Riachuelo-RN a casa do assentado é um item POSITIVO no seguinte aspecto: casa de alvenaria, ampla, um quintal grande, piso de cerâmica, telhado com telhas coloniais, madeira serrada,  sanitário com vaso e fossa, mas NEGATIVAMENTE não existe água, embora o governo ofereça 4 fontes de lixo-líquido: cisterna (vendo-se a bica no beiral) que armazena (quando chove) o lixo-líquido que vem do telhado imundo das casas; açudes - há vários açudes no assentamento, mas em nenhum existe água em 2.013; o que não está vazio (seco), está com lama; foram escavados 4 poços tubulares, om 65 e 100m de profundidade, e apenas um poço chegou a um lençol com um líquido, que segundo os assentados, tem gosto de soro caseiro, ou seja água salobra (sem falar na contaminação diversa); carro-pipa: em 2013 as 30 famílias do Patativa do Assaré II estão recebendo, alternadamente por semana, um ou 2 carros-pipas, ou seja, de 8.000 a 16.000 litros do mesmo lixo-líquido que abastece a área urbana de Riachuelo - caro, escasso, dispendioso (vem do açude Armando Ribeiro Gonçalves a 124km de distância); mesmo com todos essas fontes de lixo, oferecidas pelo governo, a comunidade não conta com água boa para beber.

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