domingo, 10 de junho de 2018

O RSF é a prova de um obstáculo artificial à água


Bacia hidrográfica do RSF, E DESTINAÇÃO REDENTORA DO RIO SÃO FRANCISCO, a partir de sua situação hídrica atual. O RSF será temporário até ano 2.050; Já que o BR não tem recursos técnicos, nem humanos, nem financeiros para restaurar o rio São Francisco; MAS eis uma LUZ: reter e armazenar 100 bilhões de m³ no corpo do RSF desde o semiárido MG até a Foz no NE; durante o período chuvoso na Serra da Canastra-MG  a vazão do rio SF chega a 15.000m³ por segundo, média de 10.000m³/Seg ou 864.000.000m³ por dia; com 16 barragens (já existem 9 barragens) reter a água nas barragens, com as comportas fechadas durante 115 dias do período chuvoso até encher todas as barragens, acumulando 100.000.000.000m³; daí por diante a vazão nas comportas de cada uma  das 16 barragens será de 2.000m³ segundo para os diversos fins: gerar energia elétrica, irrigação de lavoura, abastecimento urbano = 173.800.000 m³ por dia, e, levando-se em conta que fora do período chuvoso de 6 meses a vazão média é de 600m³ por segundo, os 1.400m³/segundo para cumprir os 2.000m³ são  por dia 121 milhões de m³ por dia e por ano + ou – 47 bilhões de metros cúbicos, menos da metade da água armazenada nas 16 barragens.


Um rio que une climas e regiões diferentes, por isso chamado de Rio da integração nacional, o São Francisco, descoberto em  04 de outubro de 1.501 (dia consagrado a São Francisco de Assis),  tem esse título por ser o caminho de ligação do Sudeste e do Centro-Oeste com o Nordeste. Desde as suas nascentes, na Serra da Canastra, em Minas Gerais, até sua foz, na divisa de Sergipe e Alagoas, ele percorre  mais de 2.800 km. Ao longo desse percurso, que banha cinco Estados, e centenas de municípios,  o rio se divide em quatro trechos: o Alto São Francisco, que vai de suas cabeceiras até Pirapora, em Minas Gerais; o Médio, de Pirapora, onde começa o trecho navegável, até Remanso, na Bahia; o Submédio, de Remanso até Paulo Afonso, também na Bahia; e o Baixo, de Paulo Afonso até a foz. 

O rio São Francisco recebe água de 168 afluentes, rios e riachos, dos quais 99 foram perenes até final do Século XIX; 90 estão na sua margem direita e 78 na esquerda. A reposição de água de sua Bacia, por água das chuvas, concentra-se nos cerrados do Brasil Central e em Minas Gerais e a grande variação do porte dos seus afluentes é consequência das diferenças climáticas entre as regiões drenadas. O Velho Chico – como carinhosamente o rio também é chamado – banha os Estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Sua Bacia hidrográfica também envolve parte do Estado de Goiás e o Distrito Federal. 

Os índices pluviais da Bacia do São Francisco variam entre sua nascente e sua foz. A pluviometria média vai de 1.900 milímetros na área da Serra da Canastra a 350 milímetros no semiárido nordestino.
 Por sua vez, os índices relativos à evaporação mudam inversamente e crescem de acordo com a distância das nascentes: vão de 500 milímetros anuais (500L/m² da lâmina d`água) na cabeceira, a 2.200 milímetros (2,2m por m²) anuais em Petrolina (PE), e por conta das agressões crescentes pode ter chegado a 8L/m²/dia na água corrente, ou 2.900mm ao ano. 

Embora o maior volume de água do rio seja ofertado pelos cerrados do Brasil Central e pelo Estado de Minas Gerais, é a represa de Sobradinho que garante a regularidade de vazão do São Francisco, mesmo durante a estação seca, de maio a outubro. Essa barragem, que é citada como o pulmão do rio, foi planejada para garantir o fluxo de água regular e contínuo à geração de energia elétrica da cascata de usinas operadas pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) – Paulo Afonso, Itaparica, Moxotó, Xingó e Sobradinho. É assim que ela opera. Existem 9 usinas hidroelétricas no RSF, e mais 5 menores em seus afluentes.

Depois de movimentarem os gigantescos geradores daquelas cinco hidrelétricas, as águas do São Francisco correm para o mar. Atualmente (1.990) 95% do volume médio liberado pela barragem de Sobradinho – 1.850 metros cúbicos por segundo – são despejados na foz e apenas 5% são consumidos no Vale. Nos anos chuvosos, a vazão de Sobradinho chega a ultrapassar 15 mil metros cúbicos por segundo, e todo esse excedente também vai para o mar. 

A irrigação no Vale do São Francisco, especialmente no semiárido, é uma atividade social e econômica dinâmica, geradora de emprego e renda na região e de divisas para o País – suas frutas são exportadas para os EUA e Europa. A área irrigada poderá ser expandida para até 800 mil hectares, nos próximos anos, o que será possível pela participação crescente da iniciativa privada. Mas o RSF agoniza, comprometendo a geração de energia elétrica, desde 2.012; é urgente e necessário um 

 Programa de Revitalização do São Francisco, cujas ações nunca saem do papel, desde o Governo FHC, passando pelos governos seguintes. E Revitalização, no curto prazo é  melhoria da navegação no rio, providência que permitirá a otimização do transporte de grãos (soja, algodão e milho, essencialmente) do Oeste da Bahia para o porto de Juazeiro (BA) e daí, por ferrovia, para os principais portos nordestinos, mas também a produção de pescado, muito comprometido com a redução na vazão de água, e por conta de 400m³ de esgotos lançados, por minuto pelas cidades e povoados ribeirinhos ao SF e seus afluentes. Há também muita argila da agricultura irrigada dissolvida na água que a torna TURVA, barrenta, inibindo a piscicultura. 

Números do Rio 

Extensão: 2.800 quilômetros – desde a Serra da Canastra,  onde nasce, até a sua foz, entre os estados de Sergipe e Alagoas. 

Área da Bacia: 634 mil km2; as nascentes geográficas estão no município de MEDEIROS, MG. 

Está dividido em quatro trechos: 



- Alto São Francisco – das nascentes até a cidade de Pirapora (MG), com 100.076 km2, ou 16% da área da Bacia, e 702 km de extensão. Sua população é de 6,247 milhões de habitantes 
- Médio São Francisco – de Pirapora (MG) até Remanso (BA) com 402.531 km2, ou 53% da área da Bacia, e 1.230 km de extensão. Sua população é de 3,232 milhões de habitantes 
- Submédio São Francisco – de Remanso (BA) até Paulo Afonso (BA), com 110.446 km2, ou 17% da área da Bacia, e 440 km de extensão. Sua população é de 1,944 milhões de habitantes 
- Baixo São Francisco – de Paulo Afonso (BA) até a foz, entre Sergipe e Alagoas, com 25.523 km2, ou 4% da área da Bacia, e 214 km de extensão. Sua população é de 1,373 milhões de habitantes 
O Rio S. Francisco banha 5 estados: Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, mas sua Bacia alcança também Goiás e o Distrito Federal 

A Bacia do rio abrange 504 de municípios, ou 9% do total de municípios do país. Desse total, 48,2% estão na Bahia, 36,8% em Minas Gerais, 10,9% em Pernambuco, 2,2% em Alagoas, 1,2% em Sergipe, 0,5% em Goiás e 0,2% no Distrito Federal 

Cerca de 13 milhões de pessoas (Censo de 2000) habitam a área da Bacia do São Francisco 

Dados da bacia hidrográfica em 1.990:
-Consumo na irrigação atual de água da Bacia do rio São Francisco: 91 m³/s.
-A água do RSF, embora doce, é altamente poluída e turva, e assim não serve para o consumo humano, sem um tratamento adequado que a torne potável. 

Vazão firme na foz (garantia de 100%): 1.850 m³/s 

Vazão média na foz: 2.700 m3/s 

Vazão disponibilizada para consumos variados: 360 m³/s 

Vazão mínima fixada após Sobradinho: 1.300 m³/s 

Vazão firme para a integração das bacias: 26 m³/s (1,4% de 1.850 m³/s) 

Por conta na redução na oferta de chuvas no semiárido MG/NE de 1.200.000 km² a partir de 2.012, todos os afluentes nessa área do semiárido se tornaram temporários, e/ou secos quando passa até 3 anos sem ter água corrente no seu leito; aumentou o consumo da água para irrigação, aumentou a evaporação de água de superfície livre e corrente.

 A DESTINAÇÃO REDENTORA DO RIO SÃO FRANCISCO DEPENDE DE UM PROJETO QUE UTILIZE A ÁGUA DISPONIBILIZADA PARA MULTIPLICAR A ÁGUA, que foi subtraída do rio pelos vetores supracitados.
1)  Entre Pirapora – MG e a foz entre AL e SE são 1.579 km, onde estão 9 usinas (barragens) hidroelétricas: Três Marias, Sobradinho, Itaparica, Paulo Afonso I, II, III, e IV, Moxotó e Xingó, cerca de 150km do corpo do rio para a represa de cada barragem hidroelétrica; nessa parte do corpo do RSF está a menor oferta de chuvas.
2)  Construir nesses 1.579 km mais 7 barragens, totalizando 16 com função de hidroelétricas, separadas (as paredes das barragens) uma da outra em 100km para a formação das 16 represas livres uma da outra;
3)  Durante o período chuvoso de 6 meses (ou mais) fecham-se as comportas durante 115 dias para  encher TODAS as barragens, tomando como base um fluxo médio de água do rio de 10.000 m3 por segundo; um dia tem 86.400 segundos = 864.000.000 m³ de água armazenados por dia, vezes 115 dias, ou 8,64 x 108 x 115D = + ou – 1011 m³ de água= ao equivalente a um lago de água doce com 20 x 1.000 = 20.000 km²;
4)  Todo Canon do Velho Chico  estará preenchido com água, uma lâmina de água que tem até 100m de espessura no leito (Canon).
5)  Abrem-se todas as comportas das 16 barragens para fluir 2.000m³ por segundos nas comportas de cada barragem, para mover as turbinas das hidroelétricas, cada usina produzindo o mesmo  volume ( quilowatts) de energia elétrica, incluindo água para irrigação e abastecimento urbano.
6)  Mesmo na ausência de chuvas na bacia hidrográfica do SF a vazão não será inferior a 600m³ por segundo, já por conta das fontes de água das nascentes, e o déficit de 1.400m³/seg será facilmente reposto pelo descomunal volume de água armazenado nas 16 barragens, até que chova, repondo a água no corpo de 2.863 km do RSF;
7)  A presença desse extraordinário volume de água doce, dentro dos 1.200.000 km² do semiárido MG/NE vai: a) aumentar a umidade do ar; b) permitir a piscicultura em grande escala; c) facilitar a coleta de água por canais para irrigação de lavoura, de todos os lados do LAGO, em uma área de mais de 1.500 km de extensão; d) a porcentagem de esgotos (400m³ por minuto) vai diminuir drasticamente; e) a água fica menos turva.
8)  De fato, multiplicam-se milhares de vezes a disponibilidade de água na bacia do RSF, utilizando o mesmo volume de água e vazão com a construção de mais 7 barragens, retendo o fluxo de água do rio por 115 dias (somente uma vez) no tempo das chuvas na Serra da Canastra, para armazenar permanentemente 100 bilhões de metros cúbicos; é água doce onde ela é mais necessária.
9)    A DESTINAÇÃO REDENTORA DO RIO SÃO FRANCISCO É ISSO: MULTIPLICAR A ÁGUA A PARTIR DO VOLUME (VAZÃO) DE ÁGUA DISPONIBILIZADA HOJE, PELAS CHUVAS.






Um comentário:

  1. REPOR a água em um rio significa transfusão de água; de fato, se considerarmos que a água DOCE no estado líquido é o quarto elemento da Natureza; que toda água da Terra veio,ou vem de um regime de chuvas, o rio e o riacho, caminhos de água corrente, perene, são artérias que IRRIGAM a "terra"; as chuvas são, portanto, processo de reposição da água nos rios, nos lagos, nos lençóis subterrâneos, nos Oceanos, ou seja, TRANSFUSÃO de água das chuvas para toda Terra, inclusive nos corpos de animais e de vegetais. NO vídeo um riacho seco no dia 080618 depois de 5 dias que teve água das chuvas correndo em seu leito; a água das chuvas funcionou como TRANSFUSÃO, porém os obstáculos criados pelas atividades destrutivas do OME concorreram para a fuga da água por intermédio dos Elos do Ciclo da água, que poderiam ser neutralizados com tecnologia, conservando a água em quantidade e qualidade armazenada, guardada.

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