quinta-feira, 28 de março de 2019

Educação Ambiental Científica 92

Essa imagem do umbuzeiro mostra o quanto essa árvore é adaptada às condições climáticas do semiárido, e se utiliza de mecanismos físicos biológicos para ignorar à redução na oferta de chuvas, e o aumento da evaporação de água; esses tentáculos em primeiro plano, tanto pode ser raízes que viraram galhos, quanto galhos que se transformaram em raízes; as raízes do umbuzeiro são especialistas em armazenar muita água durante o período das chuvas para suprir a necessidade no verão seco; mas também há necessidade de produzir açúcares por intermédio da fotossíntese, que depende da parte aérea - caule, ramos, folhas do umbuzeiro; assim o umbuzeiro transformou seu galhos em raízes para coletar água e nutrientes minerais do chão, armazenando-os sem perda por evaporação (dentro da terra), e/ou botou raízes aéreas para coleta de luz solar, gases atmosféricos, respiração, metabolismo,  fotossíntese,  produção de  glicose.

Educação ambiental.

Esse capim plantado (para alimentar o gado) atrás da parede de terra de um açude representa o que há de mais característico sobre a seca NE; para os especialistas em agropecuária seria massa orgânica vegetal seca, mas com ótimo valor nutritivo como alimento do gado; para o agricultor, rude, o capim está seco por falta de água; 1) o capim seco, nessas condições, perde 80% da água do corpo (e portanto a seiva) por evaporação, com perda pela fuga de água para o chão seco (que suga a água do corpo do capim) e também por gravidade, quando as células, mortas, não tem mecanismos de retenção dessa água; Mas  essa perda de água acontece principalmente porque o capim elefante (em questão) tem ciclo de vida de 20 anos, MAS tem de ser aparado, colhido a cada 3 meses, quando o caule e as folhas atingem a maturidade, encerrando o ciclo de crescimento, envelhecimento, secando, em 2 anos de vida; 2) nestas condições o capim perdeu 80% da água do corpo,   com essa perda de água perdeu 80% da matéria orgânica (lipídios, carboidratos, açúcares, vitaminas) e nutrientes minerais, e seus talos não passam de celulose, uma bucha que enche o bucho do animais, mas não alimenta; quer dizer: Por falta de Conhecimento os técnicos em agropecuária, e o Homem rude do campo jogou a SECA para a falta de chuvas, o que não é o caso nesse momento, nessa área.

Educação ambiental.

Para a maioria do dirigentes políticos NE, o carro pipa representa progresso, evolução diante da necessidade de água do semiárido; a coisa já existe há 50 anos, e a cada ano se torna mais necessário; Há 20 anos o carro pipa  pegava água nos açudes, que existiam aos milhares no agreste e sertão, que conseguiam permanecer com água no verão, sem chuvas, que pode durar  mais de 200 dias; mas a oferta de chuvas foi reduzida, a evaporação de água aumentou, inviabilizando os açudes como forma de se armazenar água; no caso desse carro pipa, no agreste RN, seria água do abastecimento urbano que chega às cidades da área, proveniente do Açude Armando Ribeiro Gonçalves que fica a 124 km de distância; embora as autoridades governamentais e científicas NE permaneçam "desligadas", o semiárido NE enfrenta um período muito longo de pouca chuva, que deve chegar até 2.019, quando NENHUM açude no RN terá água doce, boa, para o abastecimento urbano; o carro pipa é um bicho em extinção no semiárido NE. O carro-pipa é uma das 16 modalidades da indústria da seca; no caso do RN a única área em que JAMAIS faltará água doce é a zona da mata RN que vai de  Ceará Mirim á divisa RN/PB, cerca de 3.000 km2, de onde os caminhão pipa tiram água para abastecer parte do agreste e parte do sertão RN.

Educação ambiental.

Vendo-se essa área desgastada, descampada, nua, a primeira impressão é de que se trata de caatinga, já que caatinga, palavra indígena, significa "clareira", onde as plantas a nível arbustivo estão muito dispersas; mas essas terras estão no agreste RN, que já foram área de CERRADO, com solo de sedimentação de 1m de espessura, cobertura vegetal de 0,6m³/m²; é um terreno com inclinação de 20%, e originariamente arenoso; vem sendo desmatado há dezenas de anos para os campos de lavoura, e depois para os campos de pastagem do gado; todos os anos, antes da estação chuvosa, o agricultor arrancava e queimava toda a vegetação, que significa "limpar" a terra para o plantio; passava o arado da capinadeira soltando o solo, que com as chuvas era arrastado para as partes baixas, assoreando os riachos, os açudes,  no verão, seco; o vento também participava dessa erosão; resultado: essa área que já foi úmida e fértil, hoje é mais que caatinga, mais que semiárido: foi  promovida a deserto de pouca vida, desertificação. DESASTRE fruto do analfabetismo científico.

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