Morre, mas não evolui.

Fotos 1 e 2 cacimbas na areia dos rios secos; 3 cacimbão. As cacimbas foram fotografadas recentemente, mas a ideia vem dos índios do semiárido, há 10.000 anos, no tempo que o semiárido era apenas a caatinga, semiárido natural PORQUE não tem solo de sedimentação, mas que recebia em média 800mm de chuvas por ano; semiárido natural, por escassez de chuvas, quando chove em média de 400 a 500mm ao ano, como acontece em muitos países da Europa. O índio não dispunha de reservatórios artificiais de água, mas tinha as lagoas e os tanques nos lajedos - lagoas na zona da mata (tem mais de 100 unidades) RN e tanques naturais nos lajedos do sertão e agreste; porém o período chuvoso no sertão de caatingas nunca foi maior que 5 meses, com 7 meses de verão sem chuvas; todos os anos, todos os rios botavam 2 ou mais enchentes durante o período das chuvas, ficando muitos poços de água doce escavados pelas enxurradas, que depois que secavam os índios cavavam cacimbas na área do rios, com água salobra, mas tolerável para se beber e irrigar plantas.

 A cacimba escavada na areia do rio com um revestimento de alvenaria, para evitar que as barreiras de areia caiam, é ideia dos civilizados, e a ideia  tem menos de 200 anos, porém os índios construíam potes de barro queimado (jarra de argila) sem FUNDO para revestimento da cacimba; nos últimos 30 anos os rios do sertão deixaram de ser temporários (com enchentes todos os anos) e passam até 5 anos seguidos sem ter água corrente no seu leito; nesse caso o lençol freático SALGA, ou seca, inadequado para se beber, ou para irrigar lavoura no verão; todos os anos chove no sertão, porém as chuvas são de baixa precipitação e distanciadas entre si; com chuvas de mais de 50mm em 24 horas tem água corrente no rio, mas insuficiente para o açude encher; é comum até 5 açudes  em 20km do corpo de um açude seco, e precisaria de um dilúvio de mais de 100mm em poucas horas para que todos esses açudes tomassem água.

 Cacimbão, também chamado de poço amazônico; é uma cacimba profunda, aqui, SECO, vendo-se o revestimento de alvenaria provavelmente escavado na várzea de um rio temporário, quando a oferta de chuvas permitia suprir o lençol subterrâneo. Como se pode constatar são ideias milenares, e hoje inúteis com a redução na oferta de chuvas; causa espécie ver que o OMENE continua insistindo nessas de jericos ( o jumento seria capaz de escavar uma cacimba na areia do rio, desde que instintivamente soubesse que tinha água de se beber) quando existe soluções revolucionárias, inteligentes para se erradicar a maldita seca.