Tudo o que todos fazem é seca. olhando-se essas 3 imagens de situações no agreste RN, e o título, parece contraditório; foto 1 uma obra da engenharia BR - cisterna de enxurrada, no campo. Lavoura morta, que aos incautos parece produtiva (no meio de mato verde); ruínas das instalações de uma fonte de água? Porém o mais grave é que o próprio povo nordestino, destes lugares, não se deram conta de que nenhuma dessa obras funcionou; mais grave ainda é que nos últimos 6 anos a lavoura que ele planta não vinga; que o RN produz menos de 5% da massa de alimentos que consome, e que 70% dos municípios não tem a menor expectativa (embora o OME não tenha se dado conta da gravidade do problema) se tem água doce, potável para beber em dezembro de 2.017, apesar de o governo ter executado, nos últimos 10 anos, cerca de 10.000 obras do tipo mostrado nas fotos 1 e 3. Mais grave ainda é constatar que de 2.012 até 2.017 o mínimo que choveu nessa área foi 400 milhões de litros de água por km², ao ano.
O que mais nos causa espanto é que 99% dos brasileiros, principalmente os nordestinos, que tem acesso a este BLOG não veem o desastre ambiental, social e econômico estampado nessas 3 imagens, mesmo porque é a mesma intelectualidade e cultura dos governantes, da comunidade acadêmica e do povo em geral; felizmente esse BLOG chega a outros povos da Terra, e nosso esforço em INFORMAR pode trazer ensinamentos para não se repetir esses desastres em outros países: a seca nordestina é fruto do analfabetismo científico BR - nada a ver com falta de chuvas ou escassez de água doce; podemos reforçar que o desastre nessas 3 imagens está intimamente ligado à ignorância e extravagância, que por sua vez estão relacionadas com a omissão, irresponsabilidade, corrupção, violência em todos os níveis; Todo brasileiro gosta de levar vantagem e aplicar o jeitinho, e todos tem um preço, por vezes a preço de banana, na república das bananas; educação ambiental é também ciência social. Será que nós, que fazemos a FEMeA - Fonte Didática e Metodológica para a Ecologia e o Meio Ambiental da Região Nordeste, desde 1,992, sem receber nenhum apoio técnico, nem financeiro poderíamos estar levando vantagem em manter esse trabalho ativo por tantos anos?
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