Educação ambiental.
Neste tanque natural no lajedo o Homem melhorou a captação de água das chuvas fazendo uma parede de alvenaria que canaliza a água para o tanque; essa área bem verdinha que se ver em segundo plano, em nível mais baixo, é a mistura de água das chuvas com algas, excrementos dos animais da fauna (a que ainda resta do fogo); além das algas ( e outros), microrganismos, nenhuma outra forma de vida poderia se desenvolver no tanque, mas, PASMEM! O melhoramento da captação de água das chuvas, com uma parede de alvenaria, canalizando a água para o tanque é uma ideia do pequeno criador de gado, dono dessas terras, para o gado bovino beber; não pode dá certo.
Educação ambiental.
O líquido preto armazenado no tanque natural do lajedo não é petróleo: é matéria orgânica dissolvida, particularmente excrementos de animais que moram ou transitam, mas principalmente excrementos do gado que vem beber esse líquido e ALGAS; na parede de pedra, à esquerda se ver a faixa escura alcançada pela represa na época das chuvas, quando o tanque encheu, transbordou (sangrou); como se trata de um lajedo impermeável, o líquido do tanque fugiu: 1) evaporação, que é de 11 litros por metro quadrado ao dia; 2) os "bichos" - gado e fauna beberam; os índios que já estão no Nordeste a mais de 12.000 anos não precisavam beber esse líquido, já que no sertão existiam os brejos de altitudes, fontes de água que afloravam, sob pressão, nas bases das serras; as serras do sertão RN são formadas em processos geológicos de dobramentos pela pressão interna do Manto sobre a crosta terrestre, levantando a rocha-matriz fracionada; quanto maior essa pressão, maior a elevação do material, e mais fracionada é a rocha-matriz; é comum lajedos extensos ao nível do chão, mas os corpos de todas as elevações, serras, serrotes, com mais de 200m de altitudes são formadas por pedras fracionadas, assentadas, dispostas sobre argila; Com a precipitação das chuvas a água sob pressão penetra nas brechas das pedras, infiltrando-se até à base onde os extensos lajedos, impermeáveis, canalizam a água para fora, formando os olhos d`água; no agreste e sertão RN existiam milhares de brejos de altitudes, água doce limpa, potável, o tempo todo (seca e chuvas) para os índios beberem; essas fontes de água, nascentes de água, permitiam um filete de água corrente nos riachos, rios, no verão, na seca; com a colonização do sertão e agreste RN, as pessoas procuravam ficar junto aos brejos, ou junto aos rios, ou riachos com água corrente proveniente dessas fontes; diferente dos índios, coletores de alimentos, colhendo frutas, raízes, sementes comestíveis da vegetação nativa, caçando tatus, preás, punarés, veados, antas, mocós, ticacas; pescando nos poços escavados no leito dos rios pelas enxurradas, o colonizador USAVA as terras para o plantio de lavoura, e criação intensiva de gado, o que significa desmatamento, com fogo, sempre mais, e mais, até que as fontes de água secaram, forçando o Homem a beber, junto com o gado e a fauna, a água (cacimbas) armazenada no leito de areia dos rios temporários; mas os rios temporários se transformaram em rios secos, com 3 ou mais anos sem ter água corrente no seu leito, consequentemente secou o lençol de água, e as cacimbas; Dou testemunho que já em 1.965 o Homem local bebia esse líquido armazenado neste ( e outros)Tanque da fotografia, quando os pequenos açudes secavam no verão de até 11 meses, sem chuvas, e a água subterrânea já era salgada.
domingo, 22 de setembro de 2013
Educação ambiental.
Desde a 1ª postagem recente, sobre o Homem nordestino, pobre, mostramos o ambiente, a água (lixo), a lavoura, a pecuária, cultura (futebol), agora vamos mostrar a FÉ do Sr Cícero Barbosa de Lima, que é a mesma tenacidade de fé de 70% do Homem nordestino; ao consultarmos a razão desse Homem ter chegado ao 75 anos de idade, passando por privações alimentares, bebendo água podre, analfabeto, sem contrair uma tuberculose, foi ao médico 4 vezes durante a sua vida, sem diabetes, com a pressão arterial de criança (e ainda trabalha no roçado), ele me mostrou a mão direita ( e permitiu a fotografia) para mostrar de onde vem sua resistência às agressões ambientais, culturais, econômicas, políticas a que foi submetido; Ao ser batizado criança (na igreja católica) o sacerdote teria dito aos seus pais que a partir daquele batismo o menino Cícero era abençoado por Deus, e como forma de reconhecimento dessa bênção, o mesmo não deveria tomar banho às sextas-feiras enquanto estivesse vivo; certa feita viajando em romaria ao Juazeiro do Padre Cícero-CE, a certa altura do tempo, enquanto assistia a missa, o sacerdote celebrante prestou uma homenagem aos visitantes do "rio grande" (do Norte) e fez questão de dizer que no meio daquele templo havia uma pessoa que era abençoada por Deus, apontando para o Sr Cícero; Segundo Ele, nas suas mãos está o Cruzeiro do Sul, formado por estrelas, que só aparece (à noite) no Brasil, prova inconteste de sua bênção Divina; Essas 12 postagens sobre o Sr Cícero Barbosa de Lima, residente no agreste RN, não só aumentou a minha fé, mas também cresceu o conhecimento CIENTÍFICO sobre o Nordeste Brasileiro (aonde nasci e estou) e aumentou minha vontade de continuar esse trabalho de pesquisa e divulgação dessa informações ambientais científicas, mesmo por que tenho a convicção de que é a única Fonte de Educação Ambiental Científica na Terra, imprescindível para que o Nordeste, o Brasil não se exploda.
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