domingo, 29 de julho de 2018

Na estupidez intelectual, que lhe é peculiar, o próximo passo CE é Marte.

Usina de dessalinização deve ter edital lançado até dezembro

Previsão é que audiência pública com interessados no processo aconteça em meados de outubro

01:00 · 28.07.2018
Rio Cocó
A região próxima ao Mucuripe, a margem direita do Rio Cocó e parte do litoral de Caucaia próxima à Capital são algumas das áreas apontadas como capazes de a comportar a usina de dessalinização ( Foto: Alex Costa )
O edital de concorrência para a construção e operação da usina de dessalinização na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) deve ser lançado pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) no fim de dezembro ou início de janeiro do próximo ano, segundo estima o presidente da instituição, Neurisângelo Freitas. No momento, a Cagece trabalha para validar os resultados da pesquisa da empresa GS Inima e então seguir para a elaboração do edital.
Segundo informou Freitas, o estudo foi selecionado em maio como o melhor em comparação ao apresentado pela empresa concorrente no processo, a Acciona Água, mas ainda é necessário validar os resultados apresentados pela empresa. "Agora, vamos pegar esse projeto e avaliar todos os estudos jurídicos, econômicos e financeiros", explica o presidente, destacado que a Federação Getúlio Vargas (FGV) está auxiliando a companhia nesse processo.
Até o edital ser publicado, entretanto, ainda há uma série de etapas a serem cumpridas. Quando a minuta for definida pela Cagece, ela ainda passará pela análise do Comitê Gestor das Parcerias Público-Privadas (PPP) do Estado, onde pode vir a ser alterada. Depois disso, o documento e os estudos serão abertos em um período de consulta pública, para que as empresas interessadas possam formular contribuições à minuta.
Em seguida, a audiência pública será realizada em meados de outubro, segundo estima Freitas. Nesta sessão presencial, a companhia deverá apresentar os detalhes da PPP às partes interessadas, que poderão dar sugestões de alteração do edital, manifestar dúvidas e fazer críticas ao documento. Após esse procedimento, a Cagece analisará as contribuições e enviará o processo para análise do Tribunal de Contas do Estado (TCE). "O edital e uma série de outros documentos devem ser encaminhados ao TCE em até 60 dias antes do prazo para a publicação", explica o presidente. Dessa forma, a companhia estima que a minuta seja enviada ao tribunal até o fim de outubro deste ano, para que dê tempo de lançar a concorrência no fim de dezembro. "É importante ressalvar que alguma interferência externa, como a entrada de recursos, por exemplo, pode afetar o cronograma".
Lançado o edital, o presidente da Cagece estima que ainda leve cinco meses até a definição da empresa ou consórcio que irá construir e operar a usina - o que significa até maio ou junho do próximo ano, se o cronograma for confirmado. Ele explica que o vencedor deverá criar uma sociedade de propósito específico (SPE), cuja finalidade seja a construção e operação da usina, para em seguida assinar o contrato com o Estado.
Após essa fase, a empresa ou consórcio vencedor irá elaborar o projeto de engenharia e executar as obras, o que deve levar 26 meses. "A partir desse ponto, teríamos uma pré-operação da usina e, aproximadamente em dezembro de 2021, a operação plena do equipamento", prevê o presidente da Cagece. A produção de um metro cúbico de água por segundo será incorporada ao encanamento da companhia.
O investimento, previsto pela Cagece no patamar dos R$ 500 milhões, ainda deve variar até o estabelecimento do contrato, de acordo com Freitas. "Tudo varia muito, vai depender por exemplo de câmbio do momento, já que alguns equipamentos têm que ser importados, tem uma série de variáveis. Nos estudos, inclusive, o previsto fica nessa ordem que tínhamos tratado".
Diferentemente de um leilão tradicional em que o vencedor é aquele que dá o lance mais alto, a empresa ou consórcio que for contratado para construir e operar a usina de dessalinização será o que cobrar o menor valor pelo consumo da água, cujos padrões de qualidade serão definidos pelo edital. Esse procedimento de concorrência ainda não foi definido pela Cagece.
Áreas para implantação
Embora ainda não tenha sido definida, algumas áreas do litoral da RMF já foram apontadas como adequadas para comportar uma usina. Entre elas, Freitas cita a região do Mucuripe, a margem direita do Rio Cocó e parte da Caucaia próxima à Capital. "Há várias áreas que foram levantadas como possíveis para a implantação, mas não temos como definir uma neste momento", explica o presidente.
É provável que a localização seja definida até a finalização do edital, mas nem isto está certo ainda. "Existem muitas variáveis, questões como: a área será desapropriada? Vai ter que fazer alguma interferência? Ela é pública? Acredito que no edital isso seja definido, porque se não, fica muito 'solto' para o Estado", aponta Freitas.
Empresas interessadas
Pelo menos 12 empresas já demonstraram interesse na construção da usina de dessalinização. Segundo o presidente da Cagece, empresas de Israel, Coreia do Sul, Espanha, França, Alemanha, Itália e Estados Unidos, entre outros países, já procuraram a companhia para saber mais detalhes do processo que está sendo desenvolvido pelo Estado do Ceará.
"Certamente, quando iniciarmos a consulta pública, todas essas empresas que fizeram um contato conosco para entender qual era a ideia do Estado para a usina devem voltar", avalia Freitas sobre o decorrer do processo.
Mais oferta
A utilização da água do mar, através da instalação de uma planta de dessalinização, visa o incremento de água para o sistema integrado de abastecimento da RMF, diante das dificuldades hídricas pelas quais o Estado vem passando nos últimos anos, devido à falta de chuva e consequente redução de capacidade dos reservatórios cearenses.
A usina vai gerar inicialmente 1 m³ de água dessalinizada por segundo, incremento que vai significar aumento de 12% na oferta de água e beneficiar cerca de 720 mil pessoas, de acordo com a Cagece. Após sua conclusão, a capacidade do equipamento chegará a 2 m³ por segundo, quase um terço do consumo atual da Região Metropolitana (7m³/s).
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Um comentário:

  1. Devaneio, fantasia científica; nos últimos 300 anos o CE fez uma seca artificial que se agrava á medida que a estupidez cientifica aumenta; entre as muitas fantasias: fez chuva artificial, um desastre que perdura para sempre; sugeriu rebocar icebergs da Antártica para o CE; instalou, nos últimos 30 anos, mais de 2 milhões de unidades de 16 modalidades de obras inúteis, que concorreram para agravar o problema de escassez de chuvas (com outros vetores correlatos); milhares de dessalinizadores, ideia importada de desertos secos, tirando (no poço o SAL) das entranhas da terra e contaminando a superfície do solo onde a vida é de água doce; cientistas cearenses já pesquisaram a possibilidade de trazer água (que não existe) da LUA para o CE; a fatídica, maldita transposição do Velho Chico (que jamais funcionará) foi ideia de um INgeneiro CE de 1.896. Recentemente a NASA publicou que existe uma lago de água salgada em marte e já deve haver alguma MULA CE querendo aquela água"; em 2.018, segundo jornais CE a oferta de chuvas, média, foi de 600 milhões de litros de água por km², e 60 dias após a última chuva metade dos municípios/cidades não tem água para o abastecimento urbano. A agricultura de subsistência foi reduzida à metade nos últimos 20 anos. Etc e Tal.

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