5) Problema Social – Ordem e Progresso.
O Lema Ordem
e Progresso que aparece no centro da Bandeira Brasileira foi criado com a
Bandeira, no Brasil império, e
representa um estado de espírito dos dirigentes brasileiros da época, a
elite, naturalmente influenciada por exemplos de outros povos, provavelmente
europeus de onde origina-se a elite brasileira que governava o País.
O lema é produto de um estado de espírito chamado
“positivismo”. O Brasil teve outras bandeiras e outros lemas durante o Império,
mas prevaleceu o atual símbolo demonstrando que a força do positivismo se
sobrepôs ao negativismo que também existia.
De fato não há progresso sem ordem, nem ordem sem
progresso.
Hoje a ciência da economia considera progresso não
apenas a produção interna de bens de consumo, serviços, exportação de matéria
prima, mas a capacidade do povo em expandir seus valores culturais,
intelectuais, conquistando outros povos, que absorvem esses valores por apresentarem
involução se comparados aos seus valores importados; isto é bem acentuado no
Brasil que é, literalmente, uma cópia cultural dos EEUU, inclusive no tráfico e
uso de drogas.
Quando os portugueses chegaram ao Brasil em 1.500 já
existia a cultura indígena, frágil e inconsistente, não “cultuada” pela cultura
medieval portuguesa; depois chegaram os escravos negros africanos cujos valores
culturais oscilavam entre a cultural medieval portuguesa e a cultura indígena,
sendo parcialmente absorvida pela elite portuguesa exploradora do Brasil.
Dessas 3 culturas surgiu a cultura mestiça brasileira que chega ao Século XXI
com seus vícios, somadas às mazelas da cultura USA. O índio com sua liberdade
irresponsável, inacessível a qualquer valor estranho à sua cultura; o africano
exibicionista e moleque; o português explorador potencialmente corrupto,
depravado, autoritário. Dessa herança cultural surgiram as duas leis que regem
o Brasil: levar vantagem em tudo e aplicar, em qualquer circunstância, o
jeitinho brasileiro, que se reflete nos atos da corrupção política, no crime
organizado, no tráfico e consumo de drogas, na prostituição, na degeneração da
família, “valores” exportados com os craks de futebol, as prostitutas, os
homossexuais masculinos, etc, mas certamente com pouco efeito em culturas de 2º
e 3° mundos. A cultura é formada de
valores que mudam no tempo e no espaço, de acordo com a Razão, que é a projeção
intelectual do espírito humano, mas o brasileiro só absorve os maus exemplos.
Os economistas afirmam que o Brasil não cresce a mais
de 20 anos; a fuga de nossas riquezas cresce a cada dia, sem compensação, prova
inconteste de que o problema é cultural.
Já não somos uma Nação “positivista”, nacionalista; sem ordem não pode, de
fato, haver progresso(sustentável) continuado.
6)Administração e políticas públicas inválidas. Os
assentamentos do INCRA no Nordeste. Fotos de 1 a 6.
Para expor
essa matéria, de interesse dos poucos brasileiros responsáveis que ainda
existem, vamos registrar com dados e fotografias, o assentamento do INCRA em
Riachuelo-RN, tendo em vista que todos os assentamentos dos “com terra” no
Nordeste são igualmente um desastre social e econômico.
A fazenda Lagoa Nova foi adquirida por mais de 3
milhões de reais, incluindo as terras, máquinas agrícolas usadas(algumas em
sucatas), uma usina de moer cana-de-açúcar (sem ter cana para moer) e cerca de
2.000 cabeças de gado bovino; diferentes de outras ocupações de terras, pelas
“sem terra”, a fazenda foi ocupada a convite do fazendeiro tendo em vista que
somente o Governo Federal(INCRA) investiria esse montante de dinheiro em uma
propriedade que já havia falido na criação de gado, falido como plantio e
beneficiamento da cana-de-açúcar; terras esgotadas, salinizadas, com água
salgada nos lençóis subterrâneos e nos açudes.
Os sem terra foram assentados em 1.999 recebendo (cada
família assentada) recursos pecuniários, implementos agrícolas, algumas cabeças
de gado e uma cooperativa para o beneficiamento do leite produzido no
assentamento; até o ano 2.006 os Governos Federal e Estadual construíram as
moradias (240) das famílias e outras instalações de água, energia elétrica,
estradas carroçáveis, escolas, postos telefônicos, custos não inferior a 4
milhões de reais; durante esse período(1.999 a 2.006) o Governo Federal
investiu em torno de 3 milhões de reais na compra de gado, na famigerada
“agricultura familiar” que não existe e nos programas assistencialistas do
PRONAF.
A ideia inicial(que só funciona na teoria) era de que
essas famílias começassem a pagar essa dívida (6 milhões de reais) a partir do
3º ano de ocupação(2.002), mas o fato é que as famílias não conseguem produzir
o alimento que consomem(O RN produz menos de 20% do alimento que consome) e
grande parte dos bens comprados com o dinheiro público foi convertida em
dinheiro para a compra de alimentos; das 6.000 cabeças de gado bovino
adquiridas restam menos de 1.000 cabeças.A produção (média) de leite neste
Município é de 3.000 litros por dia, mas a população é de 7.000 habitantes,
meio litro de leite por habitante. De 1.999 para cá teve 2 anos de inverno
normal (800mm a 1.00mm ao ano) em 2.000 e 2.004, mas também não houve produção
agrícola para alimentar as famílias assentadas, no verão de 8 meses. A lavoura
de subsistência – milho, feijão macassar e mandioca (para a farinha) já não correspondem
ás expectativas (como há 100 anos) não só pela redução na oferta de chuvas, mas
também porque o solo agrícola foi arrancado pelo arado da capinadeira, do
trator e pela erosão.
As melhores terras agrícolas, as várzeas dos riachos
temporários, estão salinizadas(com salitre, nitrato de sódio). As famílias só
têm alimentos da sua agricultura durante um mês do Ano, no momento da colheita
(quando tem) do feijão macassar, milho e mandioca, já que terão de vender esses
“produtos” para a aquisição de
mercadorias que o roçado não produz, mas ainda faltam calçado, roupa, remédio,
e não há como pagar as contas de luz elétrica e de água.
O pasto para o gado só existe durante a estação
chuvosa que varia de 2 a 4 meses por ano; no verão o alimento do gado seria o
capim plantado nas vazantes junto à água(represa) dos açudes, mas como a oferta
de chuvas está diminuindo ano após ano, os açudes tomam pouca água e quase
sempre secam no verão.
Durante o verão as melhores vacas leiteiras não produz
(cada uma) mais que 5 litros de leite, que é vendido para a compra de ração,
leite de 2 ou 3 vacas para comprar ração para um plantel de 10 a 12 animais.
A usina de moer cana-de-açúcar que foi adquirida(com
os recursos destinados à produção agrícola) por 800 mil reais foi vendida 4
anos depois, na sucata, por 40 mil reais, sem retorno ( com alegação de capital
de giro) para os assentados.
As (cerca) de 700 pessoas (240 famílias) sobrevivem
com os programas assistencialistas, paternalistas (90% de fome+) ou trabalhando
em outras atividades. Seria de bom alvitre que nos assentamentos do INCRA, no
Nordeste, construíssem também um cemitério para não sobrecarregar os das cidades do semiárido nos próximos 10
anos.
Textos extraídos de um dos Informativos o VEREDICTO de nossa propriedade intelectual que com as 4 fotografias completa a informação subtendida no Título da postagem: Ciência social e ambiental: sem ordem não há progresso; Na nossa visão intelectual as fotos 1, 3 e 4 representam uma desordem social e ambiental; sem mais comentário.
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