2)Problemas e soluções ambientais. O solo do semiárido. Fotos.
O semiárido natural do Nordeste é a caatinga
inserida no sertão nordestino. Semiárido é um lugar onde o índice pluviométrico
varia de 300 a 500mm ao ano; não é o caso da caatinga (do sertão) que recebe
(recebia) até 800mm de chuvas ao ano, mas hoje varia de 200mm(no tempo do El
Ñino), 3 anos seguidos com 400mm de chuvas, intercalado com um ano de 600mm de
chuvas, com o períodos chuvoso variando de 2 a 4 meses.
A
caatinga é semiárido porque não tem solo de sedimentação (explicado no Veredicto
nº 14).
Nos
desertos chove até 200mm ao ano, mas também não tem solo em grande parte dessa
área.
A
Antártida é um deserto que tem a maior concentração e volume de água doce da
Terra, mas também não tem solo (está coberto pelo gelo).
Estamos
falando do solo de sedimentação que gera vida, conforme foi explicado em Gn
1,12; 24-25 e 2,7. As fotos mostram o solo do agreste RN, onde naturalmente não
há caatinga, mas o processo agrícola paleolítico, ao longo de 200 anos, extraiu
o solo, inicialmente com o desmatamento que desprotegeu o solo, e depois com o
arado da capinadeira e do trator nos terrenos ondulados.
Nas
terras planas (ou suavemente inclinadas) o terreno é arenoso (arisco); embora
desprotegido pelo desmatamento não há erosão.
O
desmatamento e a agricultura exaustiva no arisco facilitou a lixiviação dos
nutrientes e além disto as culturas de milho e mandioca exauriram-no.
Diferentemente, o feijão, leguminosa, não
esgota o solo.
O
terreno de arisco tem até 4m de espessura; embaixo do arisco está o barro de
louça, subsolo impermeável á água e logo abaixo está a rocha matriz lajedo ou a
chamada “pedra mole”, material poroso granulado que está em processo de
transformação.
As
raízes do milho e do feijão atingem 20 a 30cm de profundidade nesse solo arenoso,
alimentando-se com água e nutrientes minerais (se houver) nessa camada de
terra, mas as raízes das fruteiras – cajueiro, mangueiras atingem a pedra mole
a 3m de profundidade, razão pela qual as fruteiras se dão bem no agreste.
No
barro de louça os nutrientes minerais (das plantas) são poucos; a pedra mole
guarda umidade (água doce) por muitos meses de verão.
As
várzeas que margeiam os pequenos riachos do agreste tem solo escuro profundo de
até 20m de espessura e embaixo desse solo não há subsolo, mas tão somente rocha
matriz.
Toda
depressão do agreste tem esse solo argiloso, inclusive no leito das (inúmeras)
lagoas.
A
água da lagoa é doce, mas como são pequenos reservatórios, que acumulam pouca
água, não se pode contar com essa água no verão; diferentemente das várzeas dos
rios, depressões de grande extensão, o solo das lagoas não tem salitre,
tornando-se adequado para a produção de cerâmica, porcelana; durante as chuvas
não se faz agricultura no leito das lagoas (tem água).
A
argila das lagoas também serve para trabalho artesanais, artísticos, mas deve
ser misturado com outros tipos de barros que contem ferro, mica, silício,
bastante diversificado em cor e textura e também abundantes.
O
solo das várzeas e das lagoas tem cor cinza-preta indicando a alta concentração
de matéria orgânica; tem uma porosidade microscópica. Com a redução na oferta
de chuvas no agreste as várzeas dos riachos já não recebem enxurradas (como
outrora) e vem sendo usadas para a agricultura
há dezenas de anos, sem se esgotarem, mas o salitre gerado dessa
agricultura danificou-as.
Está
comprovado, cientificamente, que o salitre tem origem nas cinzas das queimadas
e coivaras praticadas ao longo do tempo e considerando-se que as várzeas são as
principais depressões(em termos de área) do agreste, as cinzas da madeira verde
queimada foram trazidas para as várzeas pela água corrente durante as chuvas.
A
grande concentração de cinzas é que determina o grau de salitre, o nitrato de
sódio.
O
salitre está apenas no solo argiloso que é impermeável à água fazendo com que
permaneça na flor da terra; no terreno arenoso da várzea a água se infiltra
facilmente com a cinza das queimadas, dispersando-se por toda camada de areia.
O nitrato é NHO3 - nitrogênio, hidrogênio e oxigênio, gases que
estão na atmosfera e na água, razão pela qual o salitre se forma em cima do
solo argiloso impermeável, que não permite infiltração de água.
Os
terrenos altos do agreste são formados basicamente por solo argiloso de origem
vulcânica, apresentando muito ferro, mica; é pobre em (outros) nutrientes
minerais e são rasos – de até 30cm de espessura; abaixo desse solo está o
subsolo de pedras miúdas, cortantes, pontiagudas, e os lajedos.
Quando
a agricultura danificou o solo das várzeas (com o salitre) o homem levou sua
agricultura destrutiva para cima das modestas elevações – serras e serrotes com
até 300m de altitude, mas também trabalhou as abas íngremes dessas elevações,
que, acidentadas, não permitiam o uso de arado da capinadeira e trator,
trabalho apenas com enxadas manuais, o que causaria poucos danos ao solo se não
fosse o desmatamento geral que favoreceu a erosão, extraindo o solo das abas
dessas serras; na chã da elevação o solo é argiloso e de arisco, com pequenas
áreas planas, mas há também lajedos emergentes; resultado: o agricultor voltou
para as várzeas dos riachos e das baixadas, plantando onde não há salitre
(terreno arenoso).
Em nosso trabalho de pesquisa no agreste
desenvolvemos uma oficina para correção do solo de salitre, onde combinamos
materiais em porcentagens diferentes de solo de salitre, terra, cal e estrume
de curral para identificarmos a composição ideal para cada tipo de lavoura
experimental, inicialmente com feijão macassar e milho, obtendo resultados
promissores que serão publicados posteriormente.
Encontrar
uma fórmula de correção do solo de salitre do semiárido (agreste e sertão) é um
verdadeiro “salto para o futuro”, já que as várzeas dos rios e riachos podem se
transformar no celeiro do Brasil, principalmente porque, como já explicamos,
tem água doce abundante, todos os anos,
para se produzir alimentos no
semiárido; basta que o homem aprenda a captar e armazenar racionalmente a água
das chuvas precipitadas aqui.
Os
outros dois elementos da Natureza – Luz Solar incidente e Ar Atmosférico estão
na medida certa para a proliferação de vida vegetal e animal no semiárido. A
seca e a fome no Nordeste são criadas pelas mentes doentias, perversas,
irresponsáveis, irracionais das pessoas que se intitulam “comunidade científica
brasileira”, na realidade analfabetismo científica em toda plenitude.
A partir do texto transcrito de um dos Informativos O Veredicto; fotos 1 e 2 - solo e vegetação de CERRADO, mortos no agreste RN; 3) dunas de areia sem SOLO, e sem vegetação, e portanto deserto sem vida, contígua à zona da mata RN, entre o Mar e a zona da mata, que recebe mais de 1.500 litros de água doce das chuvas, por m2 ao ano, e portanto não é deserto seco, mas deserto sem vida PORQUE não tem solo; 4) caatinga, semiárido natural do NE, PORQUE não tem solo, em 8 dos 9 Estados NE, com 250.000 km2; a diferença,em termos de nível de vida, entre o deserto úmido nas dunas, e o semiárido das caatingas; nas dunas não tem solo, nem subsolo visíveis (ou ao alcance das raízes das plantas); as dunas, NUAS estão sempre em movimento pela ação dos ventos, e toda água das chuvas é drenada, armazenada - 1.500L/m² ao ano; nas caatingas tem subsolo de argila e pedras, e sendo impermeável à água, menos de 3% dos 500mm de chuvas (média) ficam no local, e ainda, por pouco tempo devido á alta evaporação (total) da água em poucos dias de Sol intenso; neste caso as plantas da caatinga são reduzidas em espécies e massa vegetal - falta permanentemente de Solo, enquanto a água some antes de servir ás plantas; a fauna é proporcional à flora; a caatingas são semiárido por escassez, ou falta de solo; a parte das dunas que está junto á zona da mata de solo massapê recebem por conta da erosão pluvial e eólica uma mesclagem de solo, gerando vida, e portanto (diferente da duna 3) é semiárido por escassez de solo, e diferente da caatinga 4 do sertão, é semiárido úmido.
ResponderExcluirEm tempo! o Solo é o Elemento que está sob os pés da gente, e portanto pode criá-lo e mantê-lo ao bel prazer; Criando-se SOLO nas dunas e tabuleiros juntos á zona da mata RN, tem-se uma área úmida (com 1.500mm de chuvas ao ano) e fértil, podendo-se criar e manter uma cobertura vegetal do mesmo nível da mata atlântica que existiu na zona da mata(atlântica) RN; na caatinga pode-se criar o SOLO do tipo mostrado neste BLOG - Tanque Retentor de água subterrânea, e de nutrientes minerais, e com 300mm de chuvas/ano (mínimo), criar-se uma cobertura vegetal com 100 árvores de grande porte por hectare, ou 10.000: 100= 100m² de área, por árvore que adulta (10 anos) chegaria a 3m3 de massa vegetal, ou ainda, 3 x 100= 300m³ por hectare; intercalando entre as 100 árvores, a mesma ideia do Tanque, ou VALA para o cultivo de capim para alimentar o gado, ou cana-de-açúcar; digamos, criar 500m3 de massa vegetal permanente por hectare, ou 0,05m3 de massa vegetal por m², lembrando que a cobertura vegetal imposta pela falta, ou escassez de solo na caatinga é de 0,02m³ por m2 durante até 300 dias de verão seco. Criar 0,05m³ de massa vegetal, permanente, na caatinga, com plantas frutíferas e de extrativos, é criar vida onde não existia, simplesmente criando SOLO debaixo dos nossos pés.
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