segunda-feira, 23 de julho de 2018

Envolvimento insustentável; a seca é causa de morte prematura.





3) O homem da terra na agropecuária.Foto 2.
     No Veredicto 16 mostramos que a agropecuária no semiárido é loteria, tudo atribuído à escassez de chuvas, o que é uma farsa. O fracasso na produção de alimentos no NEBR está relacionado com a falta de uma literatura ambiental coerente com a vida e com o ambiente, que são exclusivos, próprios e por isso não aceitam, não toleram a estranha tecnologia usada, resultando no maltrato com a água doce, com o solo agrícola, com a fauna, com a flora, com o ambiente, desastre observado por qualquer pessoa com o mínimo de inteligência.
A comunidade científica brasileira desconhece os ciclos da água, do solo, da luz solar, do ar atmosférico, do vento, da vida, e por isso o semiárido natural virou deserto seco, e áreas úmidas e férteis viraram semiárido.

Até o ano de 1.950 apenas 45% do RN eram semiáridos, recebendo índice pluviométrico de 300 em 1 ano com El Niño, e 5 a 8 anos com 500mm até  800mm ao ano; no ano 2.000 o semiárido RN tem 50.000km², recendo de 300 a 500mm de chuvas por ano, com tendência a diminuir a oferta de chuvas(por conta das agressões continuadas); os 3.000km² restantes são zona da mata, de Ceará-Mirim a Canguaretama, uma área de 2.000km² com índice pluviométrico de 800mm a 1.500mm; brejos de baixada e de altitude e vales de rios que recebem baixa pluviosidade anual, porém o relevo, o solo, os ventos e a vegetação (salvada) são favoráveis à manutenção da umidade do solo e do Ar, situação que ainda permite a produção de frutas e lavoura de subsistência, todos os anos.
Em 2.006 a área chamada sertão RN recebeu, de fevereiro a julho, 400 a 600mm de chuvas, suficientes para encher os açudes de até 10.000.000m³ e sangrarem, enquanto a distribuição homogênea das chuvas permitiu a produção de lavoura e manutenção da fruticultura, nas áreas serranas.
O índice pluviométrico de 600mm ao ano é raríssimo no sertão NE, hoje,  e acontece em obediência a uma lei física que se impõe à degradação ambiental que reduz a oferta de chuvas: um corpo atrai outro corpo na razão direta das massas e na razão inversa da distância; nessa lei entram os valores dos seguintes elementos do semiárido – relevo, vegetação, água armazenada nos açudes, nuvens, direção e intensidade dos ventos, O relevo é o único elemento invariável no tempo e no espaço, razão pela qual a oferta de chuvas é tão variável e pequena.
A melhor oferta de chuvas no sertão RN acontece nas áreas serranas de altitude de 500m a 900m onde, como se sabe, a vegetação permanece nas abas das serras, dois elementos favoráveis às chuvas.
O agreste RN que vai do Município de Bento Fernandes à divisa com a Paraíba recebeu entre 300 e 500mm de chuvas em 2.006, mas o inverno natural dessa área já foi de 800 a 1.200mm ao ano, da mesma forma que na zona da mata RN a pluviosidade foi de 2.000mm ao ano.
O déficit de água doce, das chuvas, para suprir os lençóis de água subterrânea; para abastecer os açudes; e para  repor nos corpos das plantas, chega a 40% no RN, com verão de até 10 meses (sem chuvas), o que significa também que a evaporação de água é de 80% nos corpos dos vegetais; de 60% nas represas dos açudes e lagoas, nos até 10 meses de verão sem chuvas; evaporação de 100% no solo. Neste Município, Riachuelo-RN, o índice de chuvas em 2.006 passou dos 400mm, porém as precipitações pluviométricas foram baixas, distanciadas entre si, fazendo com que o solo secasse durante a estação chuvosa, impedindo, assim, o desenvolvimento da lavoura; houve uma pequena produção de feijão macassar, que, como se diz por aqui, gosta de “tempo ruim”.
Com os 9 meses de verão – de julho 2.006 a março 2.007, o pasto (gramíneas) do gado desaparece, enquanto que as árvores  e arbustos terão que liberar prematuramente as folhas para diminuir a dependência com a água, o que significa murchar, secar, morrer.

A agropecuária no semiárido é, por falta de conhecimento, uma loteria; o homem só produz agropecuária quando a estação chuvosa é superior a 600mm ao ano, em 4 ou 5 meses, o que só acontece raramente, mas a tendência é que o problema da escassez de chuvas se agrave, até chegar a um índice pluviométrico de deserto seco, que é de até 100mm ao ano. A degradação ambiental não apenas diminuiu a oferta de chuvas, mas também esgotou o solo e mudou, para pior, todas as variáveis atmosféricas.
O NE é uma  Região Brasileira contemplada com uma grande oferta de água doce no Nordeste Amazônico e zona da Mata, e foi a primeira a secar.
 Mas o NE ainda pode dá certo: os 300mm de chuvas precipitadas(garantidos) todos os anos no semiárido correspondem a 300 litros de água doce, pura, por metro quadrado deste território; os outros 3 elementos naturais e suas variáveis atmosféricas são, ainda, favoráveis à geração de vida animal e vegetal – luz solar incidente e refletida; o solo pode ser recuperado, restaurado; o Ar Atmosférico pode recuperar a umidade.
A vegetação pode ser recomposta. Dos 300 litros de água, por metro quadrado, anualmente, pode-se captar e se armazenar, sem perda por evaporação ou infiltração no solo, 5% a 15%, volume de água suficiente para o abastecimento urbano e produção de alimentos, durante os 365 dias por ano; essas técnicas tem sido exaustivamente mostradas nos 17 Veredictos publicados.
A seca e a fome no Nordeste são frutos da desinformação, ou seja, analfabetismo científico: 80% da água das chuvas precipitadas no Nordeste vão para o mar; os 20% restantes que ficam nos reservatórios e nos corpos dos vegetais evaporam nos 8 meses de verão, o que é uma estupidez.
 Os rios perenes e temporários da Região Nordeste desperdiçam diariamente, no Mar, em média, 4.000.000.000m³ de água doce, 1/1.300 da água que DIZEM (em falsa propaganda ) existir no aquífero Guarani.
A melhor notícia que podemos acrescentar é que as técnicas de captação, armazenamento e utilização da água, sugeridas e publicadas no Veredicto, poderiam evitar a seca e a fome de outras áreas do Planeta Terra.
A primeira linha de conduta para se chegar a bons termos  na solução do problema da seca e da fome é fazer-se uma reciclagem na educação ambiental que circula no meio acadêmico, literatura copiada da literatura ambiental(degradante) dos EEUU, difundida no Brasil a partir da ECO 92, mas que não se aplica às nossas condições ambientais. Exemplo: já está provado que a água captada nos rios de leitos salinizados e armazenada em açude (açudagem) fica salgada, imprópria(é veneno) para a vida nas terras emersas; está provado que a água captada no telhado das casas do semiárido(para se armazenar em cisternas) é a água mais suja e doente do semiárido; já está provado que 80% da água subterrânea do semiárido estão salgada, de modo que o poço artesiano é desperdício do dinheiro público, Etc Etc.

A Captação e armazenamento de até 15% da água doce, pura, das chuvas, citados no Veredicto, é a opção número 1 para se  extirpar a seca, porém há 2 outras opções: Um Projeto de água para um projeto de vida, ideia transcrita nos Veredictos 3,4,5,6,7,8; a 3ª opção é captar água das chuvas e forçar sua infiltração no terreno, através de perfurações, para aumentar o volume de água nos lençóis subterrâneos, de modo a reduzir o teor de sal da água salgada que existe abundantemente e que ficou salgada por falta desse suprimento natural, o que aconteceu com o desmatamento excessivo, com a impermeabilização do solo(com as queimadas) e com a redução do índice pluviométrico; a sugestão é fazer-se 10 perfurações por hectare, nas várzeas dos rios temporários, até atingir a rocha matriz onde a água, por pressão natural, seria injetada, forçada, e assim, suprindo os lençóis existentes, criando outros lençóis de água, mas também, criando as fontes de água que afloravam na areia do leito do rio criando a água corrente o ano inteiro, restauração que transformaria o rio temporário em rio permanente(com água corrente).
Embora essas sugestões pareçam utopia para a atual comunidade científica, o investimento é muito baixo e não existe outra opção para o Brasil permanecer vivo após o ano 2.100. Independência ou morte (desta vez esta frase é responsável e séria)!


2 comentários:

  1. Transcrição de um texto do Informativo O VEREDICTO, de 2.006, que disserta sobre a catástrofe ambiental delineada pelo OMENE, em 300 anos de USO (ao invés de utilizar, tornar útil) do solo (esgotando-o, ou eliminando-o) da água(secando os rios, ou contaminando-os; secando os lençóis subterrâneos de água, ou contaminando-os, ou salgando-os) da atmosfera (com poluição alterando as porcentagens dos gases, criando ácidos e gases tóxicos); usando a VIDA, com a morte prematura, eliminando a cobertura vegetal com fogo, e consequentemente reduzindo a fauna a zero; doenças novas e morte para o OME; as 4 fotografias tem tudo a ver com o texto em questão.

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  2. 1) bovino no lixo, no lixão; 60% do gado bovino no agreste e sertão Ne morrem de fome, ou de sede, ou com doenças da gente, todos os anos; 2) vazão de água dos rios afluentes do único rio caudaloso genuinamente nordestino - nasce no NE e desperdiça diariamente no Mar do NE, entre PI/MA e a 63 km do CE média de 500 x 86.400 = 43.200.000m3 - quarenta e três milhões e duzentos mil metros cúbicos de água, água suficiente para dar um banho permanente nos 72.000 PI+208.000 = 280.000 km2 do semiárido PI/CE, sustando a maldita seca PI/CE. 3) para enfrentar a seca NE o OMENE reza; quer dizer: a seca é uma obra satânica executada pela ignorância e extravagância que são, pelo mal que fazem, ideias demoníacas, ou seja, Deus não interfere nas obras do OUTRO (satanás), e tem mais: a árvore que não dá bons frutos deve ser cortada e lançada ao fogo;4) mapa da temperatura no NE, que nos últimos 100 anos: aumentou a temperatura mínima, média e máxima, embora tenha um viés do aumento da temperatura em toda terra, no NEBR se agrava pela eliminação incondicional da cobertura vegetal, com fogo, no NE e na Amazônia BR.

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