quarta-feira, 4 de julho de 2018

Do semiárido natural ao artificial é fogo.





ROMARIA
                 Ao Juazeiro do Padre Cícero e a
                                                      Canindé dos frades franciscanos, na
Visão de um ambientalista cristão (que conhece a Palavra de Deus e a põe em prática).

IDA – sentido leste/norte – RN-PB-CE, ás 05:00 horas de 12/12/2.004, de Riachuelo – RN;
VOLTA – sentido norte/leste – CE – RN, ás 11:45 horas de 16/12/2.004, em Riachuelo-RN;

RELATÓRIO      SINTÉTICO.

-Do sentimento religioso observado.
-Do clima, do ambiente, relevo, flora, das atividades humanas;
= Informações científicas, ciência Exata da Natureza.

É verdade, dou fé.
RNNEBR, Dez 2.004.

(As) Damião Medeiros
        Responsável.


-05:00 horas de 12/12/2.004, saída de Riachuelo-RN, agreste, pela BR 304, em ônibus semileito;
RN= Caiçara do rio dos Ventos, Lajes, Fernando Pedrosa – sertão de caatingas dos dois lados da BR – serras, serrotes, lajedos; Passamos às margens de Angicos-RN.
-Açu – grande vale do rio Açu distribuído entre caatingas de pedras; a caatinga é desprovida de solo, e por isso é semiárido natural do NE, uma infinidades de clareiras com até 2.000 m² sem vegetação permanente, que somam 250.000 km2  embutidas no sertão dos Estados   PI-CE-RN-PB-PE-AL-SE-BA, entre áreas de solo de cerrado (hoje, sem vegetação típica), entre rios e riachos temporários, hoje rios secos; mas tem o semiárido artificial de   650.000 km²;
-Paraú – ambiente influenciado pelo vale do Açu, não só devido à proximidade, mas também porque seus rios secos são afluentes do Açu;  os rios são margeados predominantemente por caatingas típicas sem solo e com vegetação arbustiva dispersa;
-Triunfo Potiguar ( Provavelmente há outros lugares com esse nome em outros  Estados); Campo Grande e Janduís, com muitos serrotes (pequenas serras) cobertos de pedras, com pequenos rios secos, com suas várzeas estreitas, e caatingas; em tempo! A palavra POTIGUAR define a área da Grande Natal (10 cidades, municípios) que foi habitada pela tribo indígena “ Os potiguares”, “comedores de camarões”  até o Século XVII, que na época do Brasil Holandês era chefiada por Antônio Felipe Camarão, o índio POTI; durante as 2 batalhas dos Guararapes, em PE – 1.645, 1648, era governador dos índios do Brasil; quem nasce no interior do RN é norte rio-grandense;
Campo Grande é uma área pequena e estreita entre serras, com rios secos com calhas estreitas, com várzeas proporcionais no meio da caatinga;
Janduís, que significa ema pequena, ou seriema, foi uma grande tribo indígena que habitou o vale do Açu até o Século XVII, dispersada no sertão RN na guerra dos bárbaros (se referindo aos tapuias, janduís); no tempo do Brasil Holandês o seu chefe Janduí  era amigo do Conde João Maurício de Nassau Sigien, alemão que comandava a companhia das Índias holandesa;
Patu – (palavra indígena) – muitas serras de pedras grandes, com rios e riachos secos  imprensados entre as elevações – serras e serrotes; a cidade estar no vale entre serras; a serra do Lima é uma grande pedra sobre a qual foi edificada uma capela em forma de sino; o ambiente é propício ao recolhimento e oração, com toda infraestrutura de alimentação e pousada.
PB – Catolé do Rocha – catolé é uma palmeira das serras, e “rocha” se refere a uma família influente do lugar; é sertão alto, com mais de 300m de altitude, e por isso clima é mais agradável do que no sertão baixo, com mais umidade, quando a umidade do ar chega a mais de 80% no verão, á noite, podendo-se plantar cana-de-açúcar nos vales. O desmatamento incondicional, total, impressiona pela devastação, com efeito catastrófico, visível no solo desgastado, corroído pela erosão eólica e pluvial; a cidade espremida entre elevações e pedras (serrotes); não precisa ser um observador perspicaz para ver que o lugar está secando, morrendo com as agressões que redundaram na redução na oferta de chuvas que aparentemente diminuiu de 700mm (média) para 400mm ao ano, com tendência a diminuir mais no Século XXI;  com a redução na oferta de chuvas o riacho seco que corta a cidade  já não enche os diversos (pequenos) açudes;
Quando se trata de índice pluviométrico, semiárido é uma região onde chove de 300 a 500mm ao ano; abaixo de 300mm ao ano é condição de  deserto, já que a flora é intensamente agredida – secando, morrendo; as plantas escolhem o lugar para nascer e viver de acordo com  os 4 elementos da Natureza, principalmente com relação ao volume de chuvas;
 PARA O SEMIÁRIDO CONTINUAR VIVO COM  400mm de chuvas ao ano É  NECESSÁRIO CAPTAR-SE E ARMAZENAR-SE ÁGUA DAS CHUVAS DE FORMA EFICIENTE; Ex: captando-se e armazenando-se 20% dos 300mm de chuvas ao ano, ou seja, reservar 20% do semiárido para captar e armazenar integralmente a água das chuvas em milhares de projetos nos 900.000 km².
-Souza – sobrenome de família que fundou a cidade; é uma área muito larga e plana entre serras, um vale; solo de cor preta, rico nutricionalmente; no meio do vale há um pequeno rio seco; o terreno do vale parece ter origem vulcânica, onde aparecem pegadas de DINOSSAUROS. Comprovando que no solo permanece inalterado há milhões de anos; provavelmente o rio foi formado mais recentemente, ao contrário de outras situações em que  os vales são formados pelo desgaste provocado pela água corrente, e depósitos de sedimentos consequente. Com a redução na oferta de chuvas, e considerando a estrutura do solo, é provável que mais de 10% da água das chuvas precipitada no vale são drenadas (infiltrada) no terreno, permitindo agricultura de feijão, cana-de-açúcar e capim, no verão.
 O Solo endurece por causa das queimadas e coivaras (comum na agricultura NE) reduzindo o teor de drenagem de água, e limitando a formação de lençóis subterrâneos de água.
No tempo que a oferta media de chuvas era de 700mm ao ano, a drenagem  no solo, de 70L por m² criava lençóis de água que aflorava na superfície, em forma de olhos d`água, fontes de água. A chuva é água doce; a água é solvente e substrato da Natureza e quando se precipita adquire elementos (do chão) estranhos, principalmente minerais, inclusive o nitrato e cloreto de sódio, sais, que tornam a água salgada; existe a vida de água doce nas terras emersas e a vida de água salgada nos oceanos – uma não sobrevive no ambiente da outra; por conta da abundância de salitre no semiárido, a água subterrânea, SE HOUVER, é salgada; nos açudes também: à medida que  o açude perde água, por evaporação e outras fugas, a água fica salobra, e depois salgada, sinal de desertificação, ou seja, escassez de vida.
 O sertão nordestino, de 500.000 km², sertão de caatingas em 8 dos 9 Estados, tem muitas serras, a exemplo do complexo  Borborema, que pela sua disposição tem sido apontada como causa da escassez de chuvas, por interferir na direção dos ventos, amortecer o deslocamento das nuvens que ficam estacionadas por mais tempo entre a serra e o mar, onde chove mais; há 5.000 anos o sertão NE recebe média de 500mm de chuvas por ano, razão da semiaridez, porém com 3 a 5 anos seguidos com oferta de chuvas de 300mm ao ano, a partir da década de 70,  é condição hídrica  natural de deserto; o Homem tem tecnologia para reverter o processo: captar e armazenar racionalmente 20% dessa água.
Mas, a serra não é de toda má: as abas da serra recheadas de pedras e lajedos, muito íngremes, faz com que 99% da água das chuvas precipitadas escorra para as depressões, no caso as nascentes dos rios, que dão enchentes com 40mm de chuvas, o que não acontece fora das serras.
As duas grandes causas da redução na oferta de chuvas no semiárido: 1) desmatamento na Amazônia, a partir de meados do Século XX; 2) desmatamento, com fogo (coivaras, queimadas) no semiárido, que aumentou o semiárido de 500.000 km² parta 900.000km2; O Fogo é um agente  de destruição incompatível com a vida de tal forma que o fogo e a vida não podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo; o fogo nordestino na agricultura foi devidamente explicado na Bíblia – Eze 29,9-12; 30,7,8, 12 e 16; Eze  31,1-12; Eze 32,15,16, e  TAMBÉM: Gen 4.  O FOGO seca água, seca a terra, mata a vida; nos desertos secos chove até 300mm ao ano, e consequentemente o nível de vida é muito baixo - escassez de vida= desertificação;
 A  caatinga, ½ do sertão,   é semiárido devido a ausência ou escassez de solo; o sertão virou deserto por causa da existência das caatinga, e agora, com 300 de chuvas ao ano, 2 elementos naturais em desequilíbrio.
CE – Aurora, Cachoeira dos Índios e Barro, onde prevalece o solo de CERRADO, mas com 80% de vegetação secundária, e o restante da área com características de caatinga; a parte mais externa do terreno da caatinga é o subsolo recheado de seixos, ou com lajedos (emergentes) terreno muito impermeável à água (drenagem) das chuvas, que dificulta a desenvolvimento de raízes, razão pela qual não tem árvores.
Milagres, Missão Velha e Barbalha, vale do Cariri, com afluentes da bacia do rio Jaguaribe, rios temporários que se tornaram rios secos, com até 5 anos seguidos sem ter água corrente no leito; nessa área se planta cana-de-açúcar devido a fertilidade do solo das várzeas dos rios, mas a agricultura paleolítica, com fogo, deve inviabilizar a produção de alimentos, principalmente com a redução na oferta de chuvas; em 2.004, com a presença de La niña, choveu mais de 800mm nessa área, porém o quadro de seca não mudou, que deve piorar com 3 anos de pouca chuva – 2.005, 2.006   e 2.007. Nesse vale a vegetação era típica de CERRADO, com massa de 0,5m³ por m², com oferta média de chuvas de 700mm ao ano. A vegetação secundária, existente, é menor que 0,2m³/m², com oferta de chuvas de 400mm ao ano – um desastre artificial.
Juazeiro do Padre Cícero, chegada ás 17:00 horas de 12/12/2.004.
O vale do cariri no Juazeiro é muito largo, distribuído entre serras modestas que aparecem ao longe. Um pequeno rio, afluente do Jaguaribe, corta a cidade com um filete de esgotos do Crato e Juazeiro; se não fosse os esgotos seria rio temporário, já que durante o período das chuvas, com estação de mais de 300 mm, tem água corrente; Juazeiro e Crato estão  separadas por menos de 2km, onde se vê no vale muitos cajueiros e mangueiras, porém a safra dessas frutas é pequena (como podemos observar), apesar de ter chovido mais de 800mm em 2.004; as demais frutas consumidas vem de outros Estados, ou da fruticultura irrigada  com água dos açudes do CE; nesse grande vale não se vê, sequer, uma árvore nativa, nem  vegetação secundária – foi tudo desmatado para A AGRICULTURA  com o fogo nordestino; nas elevações, a exemplo do Horto do Padre Cícero, há vegetação secundária resultante do fracasso da agricultura, e algumas  árvores nativas, principalmente nas abas acidentadas (íngremes) das elevações; o solo do vale é argila escura, provavelmente denso; nos cortes feitos na estrada da subida do Horto se vê a estrutura do terreno, com argila de espessura de 50cm a 2m, forrada com pedras  fraturadas; o Horto estar a mais de 100m acima da cidade do Juazeiro, 400 a 500m de altitude, onde se destaca a estátua do Padre Cícero, com a frente voltada para a cidade; O vale do Crato e Juazeiro  é ligeiramente plano, não sofre erosão, porém a calha do pequeno rio está assoreada com o lixo das duas cidades; essa área já foi contemplada com 700mm de chuvas ao ano, e hoje, com 300mm ainda se produz agricultura de subsistência.
A agricultura praticada no NE é causa da área do semiárido ter saltado de 250.000 km² para 900.000 km²,  e deve transformar 500.000 km² dessa área em deserto,  seco, sem vida, até o ano 2.020; a agricultura do OME das cavernas agride todos os elementos da Natureza. Entre 2.005 e 2.007, mesmo sem ter El ñino, o volume de chuvas no semiárido varia de 300 a 400mm ao ano, 3 anos considerados secos na literatura ambiental BR. A água subterrânea em poços e cacimbões nesse vale é grossa, barrenta e salobra, e deve ficar salgada sem o suprimento de água DOCE das chuvas.
No vale do Cariri-CE, em altitude de 200 a 300m, os rios temporários tem correnteza suave, no tempo das chuvas, mas  vão secar com a redução na oferta de chuvas; o rio é SECO quando passa mais de 1.000 dias sem ter água corrente no seu leito; no Horto o clima é mais ameno do que no Juazeiro (100m abaixo).
O Juazeiro-CE vive ainda da fama do Padre Cícero, devoto de N.S. das Dores, que atraem milhares de romeiros por dia, todos os dias; a maioria da população vive do comércio, e nas pequenas fábricas, principalmente produzindo suvenir e artesanatos relacionados, com imagens de santos aos montes, como quer a religião católica predominante; os romeiros em sua maioria são pessoas simples, analfabetas, vindas principalmente dos Estados do NE, e quase sempre com mais de 50 anos de idade que guardam, dos pais, os ensinamentos do  “pade Ciço”, ou padim Ciço, como  o chamam; quanto aos jovens, que acompanham as pessoas idosas, tem o Padre Cícero como “folclore”; O fanatismo religioso do Juazeiro vai sumindo á  medida que se distancia, no tempo, a presença do Padre Cícero vivo; na realidade o padre Cícero era mais político (foi prefeito do Juazeiro, vice- governador do CE), e chegou a dar a patente de capitão a Virgulino Ferreira,  o  Lampião, para combater a “coluna de Carlos Prestes”. Em 2.004 o município do Juazeiro tem mais de 200.000 habitantes; 80% dos romeiros do Padre Cícero não são “católicos praticantes”, como recomenda os 5 mandamentos da Igreja.
Saída do Juazeiro do Norte (na realidade NE) para Canindé-CE, ás 14:50 horas de 14/12/2.004.
Crato – CE, ás 15 horas; Juazeiro já foi município o Crato.
O Crato, no vale do Cariri, tem modestas elevações, morros sem pedras, com solo argiloso, que se parece com os morros da zona da mata NE, porém mais modestos em elevação, e mais numerosos; há pouca vegetação nativa, provavelmente de Cerrado, com 0,5m³/m²; a rodovia é muito sinuosa, serpenteando entre os morros;
Farias de Brito, ás 15:50H,  relevo semelhante ao do Crato, e não se vê pedras ou lajedos como no  sertão de caatingas;
Várzea Alegre, ás 16:30H; voltamos ao vale do rio Jaguaribe, e até onde a vista alcança é tudo chã, plano, não se vê morros, ou serras;
17:20H – Iguatu; a partir de Iguatu, dos 2 lados da rodovia, sertão de caatingas; é a primeira vez, nessa jornada, no Estado do CE, que ao invés de vales de rios, se tem sertão de caatingas, com pequenos rios secos e suas várzeas imprensados entre as caatingas, lembrando que a caatinga é semiárido natural PORQUE não tem solo, ou o tem muito espesso, de pequena espessura, assentado em pedras.
18:00 horas – Acopiara-CE – sertão de caatingas.
Às 20 horas, no km20 dessa rodovia, parada do ônibus em um povoado distrito de Senador Pompeu-CE, também sertão de caatingas;
Quixeramobim, Quixadá e Choró-CE; como era á noite não deu para acompanharmos visualmente  o ambiente;
23:40H em Canindé-CE; todo o município assentado no sertão de caatingas, com pequenos rios secos, de onde se vislumbra serras modestas ao longe;  o abastecimento da cidade é de pequenos açudes que devem secar entre 2.005 e 2.007, e toda água subterrânea, se houver, é salobra e/ou salgada.
O Homem é um ser vivo de água doce – comemos, bebemos e respiramos água doce; fora dos Oceanos onde tiver água salgada a vida animal e vegetal não tem vez. 
Canindé – CE vive da imagem de São Francisco das Chagas, ou de Assis(Itália), com um grande reforço religioso devido os frades “franciscanos” com convento,  seminário, igrejas, pontos de romaria: parque, museu, zoológico, teatro, praça de eventos, 4 a 5 igrejas administrados por essa congregação, que transformam esse lugar seco, feio, em santuário; os romeiros, normalmente pessoas idosas, trouxeram movimento para Canindé, principalmente depois da aposentadoria do Funrural (INSS do Homem do campo); o Juazeiro  atrai mais romeiros do que Canindé; os romeiros chamam-no de São Francisco de Canindé, sem saber que Canindé foi um rei da Tribo dos Tapuias, ou Bárbaros, que viveu no final do Século XVII e início do Século XVIII, do RN ao CE.
Saída de  Canindé-CE, as 03:00 horas de 16/12/2.004, no sentido Norte-Leste, do CE ao RN.
Morada Nova – CE, com relevo modesto, misto de caatingas e cerrados (vistos pela vegetação).
Limoeiro do Norte-CE, ás 06:00 horas;
OBS: vimos que  a geografia  faz uma grande confusão do que seja norte, do que seja nordeste, nortistas e nordestinos, já que antigamente o BR se dividia em norte e sul, e a confusão cresce quando se diz Juazeiro do Norte e Limoeiro do Norte, que estão no CE, já que  existe Juazeiro na BA e Limoeiro em PE.
Limoeiro-CE é uma grande cidade, toda plana, em um grande vale do rio Jaguaribe, rio que já foi temporário, e hoje se passam até 5 anos sem ter água corrente no seu leito, rio seco, ou morto; tem muito açudes nesse  rio e seus afluentes que mantém (alimenta pelas comportas) poças de água salobra no leito de areia;
Quixeré-CE, ás 06:30H, ainda no vale do Jaguaribe margeado por sertão de caatingas, e de cerrados.
CE/RN – sobe-se um planalto, chapada do Apodi (rio) com cerca de 80m com relação ao plano do leito do rio Jaguaribe, divisor de águas entre o Jaguaribe-CE e Apodi/Mossoró-RN; Em cima da Chapada há lavoura de irrigação, provavelmente mantida com água  de poços tubulares profundos (mais de 200m de profundidade), que devem secar até o ano 2.020, tendo em vista a grande procura pela água (para irrigação e abastecimento urbano) em contrapartida pela redução na oferta de chuvas –  de onde se tira e não se repõe, ACABA – é uma lei da física.
Baraúnas-RN, para o café dos romeiros, entre 07:20 e 08:10 horas, na chapada do Apodi.
Todo o município é assentado em área plana, terreno argiloso avermelhado, ou misto de barro e areia;  não se vê rios ou riachos junto à rodovia; há 50 anos, quando chovia normalmente 700mm por ano, seria celeiro de alimentos, mas com 3 a 5 anos seguidos com menos de 300mm ao ano os poços tubulares vão secar por falta de suprimento de água das chuvas, e por conta da grande extração de água do lençol.
Mossoró-RN;   o maior município do RN, com parte na chapada do Apodi, e depois o vale do rio Apodi/Mossoró, em plano 40m (+ ou -) mais baixo; o rio Apodi/Mossoró  foi temporário, mas com 3 a 5 anos sem água corrente no leito é rio seco, ou morto; o termo “morto” não se refere a ausência de água corrente, e sim que, com a escassez de chuvas, a água freática na areia (poços) do leito do rio é salgada, imprópria para a vida animal e vegetal nas terras emersas;
Município de Açu, pela BR 304, ás 09:20H, terreno com misto de caatingas e de cerrados, perfeitamente  visualizado no relevo, no solo e na vegetação; nesse ponto a bacia hidrográfica do rio Apodi/Mossoró é separado da bacia do rio Açu por uma faixa de terras mais altas, como divisor de águas das duas bacias.
Ás 09:35H, ás margens da BR 304, destacam-se o riachos, secos, afluentes do rio Açu. No rio Açu, rio temporário que morreu, existe  o maior reservatório de água do RN – açude Armando Ribeiro Gonçalves, que deve SECAR até o ano 2.020.
Ás 11:45 horas de volta a Riachuelo-RN.
Durante a exposição desse Relatório, em viagem de romaria entre 12 e 16 de Dez 2.004, abordamos, de forma geral, o relevo, o solo, a vegetação, a oferta de chuvas  em parte dos Estados  RN-PB-CE percorridos, mas, principalmente fornecemos informações científicas, inéditas, das consequências catastróficas do desastre ambiental que levariam essa área à SECURA, à desertificação até o ano 2.020; logicamente contraria tudo o que se escreve e é produzido pelas cabeças de MULAS que constituem a comunidade científica (de merda), e  as bestas do apocalipse que (DES) governam o BR.
(As) Damião Medeiros, ciente e consciente.

Um comentário:

  1. Relatório de viagem que fizemos em 2.004 do RN passando por PB até o CE. Estamos dando continuidade à publicação recente neste BLOG de transcrição de relatório oficial sobre a desertificação no RN, sempre nos baseando para comparação como significado de semiaridez e aridez às condições de vida animal e vegetal estabelecida (e observada), a partir de Leis Naturais que anunciam: A cobertura vegetal é o quinto Elemento da Natureza porque o vegetal é autótrofo - sintetiza energia e luminosa e calorífica do Sol; gases e água no estado gasoso da atmosfera; água no estado líquido das chuvas; minerais e matéria orgânica do Solo, e consequentemente a cobertura vegetal controla a umidade do ar e do chão, controla os ventos - direção e intensidade; cria e mantém o solo orgânico mineral; controla a temperatura ambiental; participa da formação de nuvens de chuvas e é o principal estímulo das precipitações pluviométricas no seu lugar. O reino vegetal é chamado de reino produtor de alimentos PORQUE é o principal Elo do Ciclo Alimentar da vida na Terra, e POR ISTO o reino animal estabelecido (fauna e gado) é proporcional em espécies, porte, densidade ao nível de cobertura vegetal; TUDO O QUE A GENTE COME VEM DIRETA, OU INDIRETAMENTE DO REINO VEGETAL - não há exceção. O semiárido é caracterizado pelo desequilíbrio de um dos Elementos da Natureza, e todos os Elementos da Natureza são interdependentes: não há como eliminar a cobertura vegetal nativa de um lugar, sem que o clima seja alterado em médio prazo, principalmente a redução na oferta de chuvas; não há como modificar a cobertura vegetal de um lugar sem afetar o nível de fauna; deserto é quando há desequilíbrio de dois dos Elementos da Natureza; semiárido hídrico é onde chove de 300 a 500mm ao ano; em NENHUM deserto seco, ou úmido da Terra chove mais que 100mm ao ano, e na maioria deles passam-se centenas de anos sem um pingo de chuva de ÁGUO doce; para transformar a caatinga, semiárido natural do NE porque não tem SOLO, em deserto seco é necessário que o governo e comunidade acadêmica brasileiros reduzam a oferta de chuvas para até 100mm ao ano, o que só será possível se todo os (cerca de) mais de 1,5 milhão de km² do NE virassem semiárido (e a amazônia fosse desmatada permanentemente em 50%).

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