Usina de dessalinização
custará R$ 500 mi; operação em 2020
Hoje, 12 companhias estão
interessadas em realizar estudos de viabilidade técnica e/ou operar a planta.
A usina foi pensada para diversificar
a matriz hídrica do Estado e ajudar a garantir, principalmente, o abastecimento
de água de Fortaleza e da Região Metropolitana. Hoje, o consumo de água da
região gira em torno de 10 m³/s ( Foto: Cid Barbosa )
00:00 · 14.03.2017 por Raone Saraiva
- Repórter
Com previsão para
começar a ser construída no segundo semestre do próximo ano e entrar em
operação em 2020, a usina de dessalinização de água marinha que será implantada
em Fortaleza ou na Região Metropolitana deverá custar, em média, R$ 500 milhões
à empresa que vencer a licitação. Hoje, 12 companhias nacionais e estrangeiras
estão interessadas em realizar estudos de viabilidade técnica e/ou operar a
planta, que funcionará sob o modelo de Parceria Público-Privada (PPP) por 23
anos.
O edital para
Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) a fim de selecionar a empresa
responsável por elaborar os estudos foi lançado nessa segunda-feira (13), na
sede da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), no bairro Vila União, na
Capital. Além do governador Camilo Santana e de sua equipe econômica,
participaram do evento líderes classistas, empresários e políticos.
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Pensada para
diversificar a matriz hídrica do Estado e ajudar a garantir, principalmente, o
abastecimento de água de Fortaleza e da Região Metropolitana, cuja população é
estimada em cerca de 3,5 milhões de pessoas, a planta será a maior do Brasil e
terá capacidade para gerar um metro cúbico de água por segundo (1 m³/s).
A expectativa do
governo estadual é suprir o consumo de água da região, que hoje gira em torno
de 10 m³/s, em até 12%. Além disso, a usina de dessalinização, mesmo devendo
representar um alto custo operacional para a empresa vencedora, visa melhorar o
abastecimento e reduzir o valor da tarifa de água no Ceará.
"Há uma
preocupação, ainda muito grande, do custo dessa água (dessalinizada) para o
consumidor final. Mas não temos dúvida de que é a grande saída, a médio e longo
prazo, como alternativa de consumo e fornecimento de água para regiões
semiáridas, como é o Ceará. O financiamento (da usina) será todo privado. A
participação do Estado é garantir a compra dessa água, como a Cagece já compra
hoje da Cogerh (Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos) e vamos ter que
comprar também a água da transposição do Rio São Francisco", diz o
governador.
De acordo com o
presidente da Cagece, Neuri Freitas, "a expectativa é que a usina beneficie,
diretamente, 720 mil pessoas".
Cronograma
Hoje (14), o edital
do PMI será publicado no Diário Oficial do Estado (DOE). As empresas
interessadas, entre as quais estão companhias de países como Alemanha, Israel,
Itália, Espanha, França e Coreia do Sul, terão até o dia 28 de abril para tirar
dúvidas sobre o processo, sendo as propostas entregues em 12 de maio. A análise
das propostas deverá ocorrer em até 30 dias após a entrega, e a realização dos
estudos em 150 dias. Após esse prazo, o Estado lançará outro edital voltado à
construção do empreendimento.
O presidente da
Cagece informa que o governo estadual prefere não divulgar o investimento
estimado para os estudos de viabilidade técnica porque, durante o processo de
seleção das empresas, o valor será discutido e definido. "Não há nenhum
valor no edital. O objetivo principal do governo é, após a realização dos
estudos, lançar um edital visando à PPP para a construção e operação da planta
de dessalinização", destaca Neuri Freitas, dizendo que, embora seja cogitada
para funcionar no Porto do Mucuripe, em Fortaleza, os estudos que dirão a
melhor localização para a usina.
A ideia do Estado é
implantar outras usinas de dessalinização no Ceará ao longo dos anos, como
ocorreu em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde existem oito usinas.
O edital do PMI
está disponível nos sites da Cagece (www.Cagece.Com.Br), da Secretaria
das Cidades (www.Cidades.Ce.Gov.Br) e da Secretaria do Planejamento e Gestão (www.Seplag.Ce.Gov.Br).
O que eles
pensam
Equipamento ajudará
na segurança hídrica do CE
"O problema da
água no Ceará é de responsabilidade de toda a população, inclusive do comércio,
que também precisa da água para sobreviver. Desde já, gostaríamos de aplaudir
essa iniciativa do governo e temos a certeza de que o projeto vai ser um
sucesso, ajudando na segurança hídrica do Estado"
Severino Ramalho
Neto
Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza
Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza
"Esse projeto
é mais uma alternativa do Governo do Estado para garantir o abastecimento
hídrico no Ceará. Infelizmente, por conta da escassez de água, várias
atividades de irrigação foram paralisadas, impactando negativamente no setor
agropecuário cearense. Essa usina de dessalinização é um sonho para todos
nós"
Flávio Saboya
Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec)
Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec)
"Estamos muito
otimistas em relação à construção dessa usina de dessalinização no Ceará. É uma
tecnologia que, apesar de ainda ser cara, vem sendo a alternativa em vários
países com regiões semiáridas. E o nosso Estado precisa, sim, incluir a
dessalinização com uma importante tecnologia para garantir o abastecimento de
água"
Carlos Prado
Presidente da Itaueira Agropecuária
Presidente da Itaueira Agropecuária
"Na visão da
indústria, essa planta de dessalinização é mais um componente que vai ajudar a
desobstruir tudo aquilo que atrapalha o desenvolvimento econômico do Ceará,
além de dar tranquilidade ao povo cearense. O governador dá um passo muito
importante com esse projeto. Ficamos muito felizes pelo futuro que se
avizinha"
Beto Studart
Presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec)
Presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec)
"Essa usina de
dessalinização abre um novo mundo de oportunidades não só para Fortaleza e
Região Metropolitana, mas para todo o Ceará. A Prefeitura reconhece esse gesto
político e administrativo de enorme significado para o povo cearense. Faremos o
que estiver ao nosso alcance para apoiar essa importante iniciativa"
O governo e comunidade acadêmica BR querem a qualquer custo criar um deserto seco no NE, enquanto que a população incauta fica indiferente, ou aplaude gratuitamente a ideias; neste texto o governo CE quer construir uma usina para dessalinizar a água do Mar para o abastecimento da Grande Fortaleza, provavelmente COpiando o desertos secos de Israel e USA; em 2.018 a média de chuvas no CE variou de 400mm em uma pequena parte do CVE a 1.100mm em outra parte, uma média de 650mm de chuvas, ou 650 milhões de litros por km², enquanto que nos desertos secos dos USA e de Israel não chove mais que 100mm ao ano; os 650mm de chuvas em 2.018 é acima da média CE, e todos os anos chove, em média, no mínimo 300 milhões de litros por km²; a chuva é água DE GRAÇA, e o único esforço para se PEGAR essa água em QUALQUER LUGAR DO CE é criar no chão condições para que a água seja captada e armazenada em qualidade e quantidade, tal qual vem das nuvens - ou seja: cavar buracos no chão, forrar com camisa de PVC; junto a cada buraco (ou cisterna) cria-se durante a chuva uma área de captação de água IMPERMEABILIZADA com manta PVC, de tal forma que TODA água captada vá para às cisternas de armazenamento, e que nas condições da manta PVC utilizada, permanecerá inalterada em quantidade e qualidade por toda vida, sem perda, sem fuga, sem contaminação; a ideia da usina de dessalinização, desnecessária, certamente atende: 1) estupides cientifica BR; 2) propina para o governo e seus asseclas das indústrias estrangeiras que produzem esse TRAMBOLHO; 3) desejo doentio dos brasileiros em IMITAR os USA, criando um deserto seco no NE.
ResponderExcluir1) estupidez científica BR.
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