1) Dessalinizador: uma ideia burra importada dos desertos secos para a
desertificação do NEBR
Dessalinizador
é um equipamento eletromecânico que por intermédio de 2 etapas de osmose e
filtragem quebram a molécula de água salgada, extraindo parte do sal contido na
água, para se ter, como resultado, água com baixo teor de sal para o consumo
humano. Esse equipamento é comum em regiões desértica onde a baixa oferta de chuvas faz com que a
água armazenada nos reservatórios e nos lençóis subterrâneos não receba
suprimento, transformando a água doce em água salgada imprópria para o consumo
humano.
Toda
água que tem contato com o chão tem sal - cloretos e nitratos de sódio e
potássio.
Os
seres vivos das terras emersas, incluindo o homem, bebem, comem e respiram água
doce; isto é, a produção de alimentos depende da água doce; a geração e
manutenção da cobertura vegetal que nos fornece o oxigênio da respiração
aeróbica dependem da água doce; o homem não pode e não deve beber água salgada.
A
água salgada resulta de um processo de degradação ambiental, ação da Natureza
ou do Homo Sapiens, ou seja, os desertos e semiáridos (têm água salgada) são
criados por um processo de degradação ambiental, onde um ou dois elementos
naturais são modificados por uma ação e reação.
Na
prática podemos afirmar que a água salgada é veneno nas terras emersas (e
também o salitre do solo).
O
homem bebe de 2 a 3 litros de água doce por dia, mas se beber 2 litros de água
salgada do Oceano haverá danos irreparáveis no organismo, podendo levá-lo à
morte.
No
semiárido nordestino já existe água tão salgada quanto a água do Oceano
Atlântico.
O
cloreto de sódio é um sal formado pela combinação eletrovalente do sódio e do
cloro; o cloro e o sódio compõem as células, o sangue, os ossos do nosso corpo;
nos corpos de vegetais e animais há cloro e sódio em porcentagens naturais.
Os
vegetais colhem esses nutrientes de chão, através das raízes, e os animais
herbívoros recebem esses minerais no alimento de origem vegetal; o cloro e o
sódio são independentes e abundantes no chão, na terra, na areia, no solo, no
barro e integram a rocha-matriz.
Os
elementos que transformam a rocha-matriz em terra, areia, barro são muitos, mas
na superfície da crosta terrestre há 2 elementos básicos (intempéries) água e
calor. O cloro e o sódio são os 2 elementos do solo, da terra, da areia, do
chão mais dispostos a compartilharem cargas elétricas (eletrovalência) entre
si, combinando-se, dessa forma, para formarem o cloreto de sódio, sal.
O
dessalinizador é constituído de um mecanismo que engloba um moto-bomba para
extrair a água subterrânea do poço, sistemas de filtragem, corrente elétrica de
alta amperagem para fazer a osmose inversa na molécula de água salgada, além
das instalações específicas.
De
cada 1.000 litros de água salgada extraída do lençol subterrâneo (ou do Mar),
2/3 são resíduos salinos (salmoura).
A
água do Oceano Atlântico, no Nordeste, tem 5 gramas de sal por litro de água ou
5kg de sal por metro cúbico de água. A água do poço do dessalinizador (da foto)
tem um teor de sal que varia (de acordo com a oferta de chuvas durante o ano) de
3 a 10 gramas de sal por litro de água; os resíduos são depositados em um poço
na superfície (ver a foto); quando chove o poço transborda lançando essa
salmoura em toda área de nível inferior ao lugar do poço, destruindo todas as
formas de vida nesse trajeto, indo pelos rios e riachos depositar-se nos açudes
e barragens.
Esse dessalinizador está localizado por toda
área de 800.000 km2 do NE, mas esse estar em Potengi Pequeno, neste Município.
O poço de armazenamento da salmoura está na várzea do rio Potengi, rio seco
(passam-se até 5 anos sem ter água corrente) onde a várzea(solo) tem salitre
(nitrato de sódio) e ferrugem(ferro) e toda água subterrânea é salgada.
A
3km de distância, à jusante, está o açude São Paulo do Potengi com água
salgada; quando esse açude está com 70% da sua capacidade de armazenamento, a
água é salobra (recebe água doce das chuvas), mas à medida que o verão (de 8 a
11 meses por ano) vai se prolongando a água vai ficando salgada, inadequada
para o abastecimento urbano e para irrigação de lavoura.
Quando
a represa da água está próxima ao poço do dessalinizador a infiltração
(abundante) de água salobra aumenta o volume de água no lençol subterrâneo e consequentemente
diminui o teor de sal, facilitando o trabalho de captação de água e
dessalinização, tornando-a melhor para se beber, mas quando a represa do açude
se distancia do poço o processo de captação de água e dessalinização fica
dispendioso, oneroso, caro, resultando em água com muitos corpos
(microscópicos) estranhos com mais resíduos.
As
instalações, o poço e os equipamentos do dessalinizador custariam, hoje, meio
milhão de reais; a manutenção – consumo de energia elétrica, troca de filtros e
membranas, e o operador dos equipamentos custam 600 reais por mês, para atender
(mal) a 20 famílias, cerca de 100 pessoas de Potengi Pequeno.
O
dessalinizador atende, apenas, uma das necessidades – água para o uso, consumo,
gasto doméstico; falta água doce para a produção de alimentos (agropecuária) e
para manter a cobertura vegetal que nos fornece o oxigênio da respiração,
evitando a desertificação.
Na
REALIDADE não falta água: O índice pluviométrico nesta área, água doce, pura,
gratuita, que vem do céu (nuvens) é de 300 a 800mm ao ano, que corresponde a
300 a 800 litros de água doce, pura, por metro quadrado deste Município, um
verdadeiro dilúvio, água suficiente para se fazer agropecuária e o
abastecimento urbano durante os 365 dias do ano, e ainda, criar e manter a
cobertura vegetal natural que está sendo eliminada pelo desmatamento estúpido.
O
dessalinizador é absolutamente desnecessário no semiárido nordestino; é uma
bestialidade da comunidade científica brasileira, que no afã de copiar o modelo
de desertos dos USA emprega tecnologia incompatível com as nossas condições
climáticas.
Para
o semiárido nordestino se transformar em deserto, como deseja a comunidade
científica, é preciso alterar-se (além da água) outro elemento da Natureza. Com
certeza o homem brasileiro será eliminado ou escravizado antes de realizar essa
façanha.
2,3 e 4) dessalinizador instalado em 2.002, que para o BEM da Vida nunca funcionou; 1) na mesma área (município) dessalinizador instalado em 2.015; de cada 1.000 litros de salmoura extraídos das entranhas da terra (lençol subterrâneo), 330 litros são usados para o OME beber, cozinhar, com 140 litros para cada família local (independentemente do número de pessoas na casa) por SEMANA de 7 dias; para tomar banho, lavar roupas usa-se, enquanto tem, o LIXO dos pequenos açudes que secam no verão que pode durar 240 dias; os 670 litros de sal do "processo" são armazenados em um tanque forrado com lona PVC, que se chover (o que é raro, hoje) 100mm (100L/m²) em menos de 24 horas faz o tanque sangrar, transbordar levando esse SAL por cima da Terra, mundo à fora, destruindo todas as formas de vida nas terras emersas.
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