sexta-feira, 10 de agosto de 2018

E como fica?

Educação ambiental.

Em plena seca no semiárido o gado caminha muitos quilômetros por dia na busca de alimento e procurando água para beber; o pasto, alimento do gado, que nasceu com as chuvas de abril a julho de 2.013 é de pequeno ciclo de vida, cerca de 150 dias, já secou, morreu, talos e folhas secas que são despedaçados e levados pelo vento; o pecuarista nordestino sabe que o verão, sem chuvas no semiárido, pode durar 200 dias; o gado, a agricultura, a fauna, a flora precisam de água todos os dias; sem chuvas não há chão molhado para criar e manter as plantas; as plantas nativas, flora, liberam as folhas para diminuir a dependência de água, e entram em estado  de dormência para não depender da coleta de nutrientes minerais do chão (que por sua vez dependeria de água no chão); o que resta da fauna, a exemplo de pequenos lagartos e pequenos roedores, são altamente adaptados a essa nova condição climática;  Mas o gado e as plantas da lavoura não dispõem desses recursos de adaptabilidade, ou não tiveram a mesma eficiência, habilidade para se adaptar a essas circunstancias; Há 50 anos (ou mais) o agropecuarista (e os governos) fazia açudes que no verão tinha água para o gado beber, e para se plantar capim, ração do gado; Hoje os açudes só tomam água se a oferta de chuvas for maior que 500mm/ano; a evaporação de água de superfície livre (açudes) dobrou nos últimos 50 anos; a umidade (relativa) do ar foi reduzida, vento seco que tira água dos corpos de animais e dos vegetais, tira água das nuvens (eliminando-as); se há 50 anos uma vaca de 400 kg de massa corpórea bebia 40 litros de água por dia, hoje terá de beber 60 litros/dia; são muitos vetores que se somam na ação, inviabilizando a construção de açudes como forma de se dispor de água no verão, e na seca do semiárido; toda água subterrânea do semiárido é salobra ou salgada, e limitada (volume) inviabilizando a perfuração de poços tubulares para suprir a necessidade de água no verão;  só nos resta ACORDAR, e evoluir: buscar formas inteligentes de se captar e se Armazenar os (média) 300mm (300L/m²) de chuvas/ano, em quantidade e quantidade para o abastecimento urbano e produção de alimentos  agropecuária.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Educação ambiental

O vaqueiro motoqueiro, ou motoqueiro vaqueiro? No Nordeste semiárido criar um cavalo de montaria é mais caro do que a manutenção de uma motocicleta; além disso, um cavalo bom de sela (de montaria) pode custar mais do que uma motocicleta nova; mas tem outra razão  para  vaqueiro tocar seu gado montado em uma motocicleta - já não existe mata, vegetação onde o cavalo não poderia ser substituído pela motocicleta.

Educação ambiental.

Pesadelo nordestino 10; come, enche a barriga, mas não alimenta; triste sina da vaca nordestina; que inferno!

Educação ambiental.

Pesadelo nordestino 9. O que será que o cavalo está comendo? Comer talos secos de capim, desprovido de água, desprovido de nutrientes minerais, simplesmente celulose seca, não vai alimentar; o cavalo não sabe disso, e não tem outra opção; mas será que o dono do cavalo  SABE?

Educação ambiental.

Pesadelo nordestino 8 - o bezerro, em vão, procura água para beber no fundo seco do açude, área que de abril a agosto de 2.013 teve uma lâmina de água proveniente dos 500 mm de chuvas (500L/m²) precipitada diretamente da nuvem na área do açude; isto é, as chuvas não foram suficientes para ter água corrente no riacho da bacia hidrográfica do açude; a área do açude que poderia ser ocupada pela represa de água tem 10.000m², o que significa dizer  500 x 10.000= 5.000.000 de litros; de abril até setembro de 2.013, (quando o açude secou) são 180 dias; a evaporação é de 11L/m²/dia, são 1.980 litros evaporados por m² da água do açude, ou seja, uma lâmina de água de 1,98m de espessura. Realmente a açudagem virou pesadelo no NE.

Educação ambietal.

Pesadelo nordestino 7 - no fundo do açude seco, no agreste RN, a égua e seu filhote come talos secos de capins no meio de suas própriras fezes.

Um comentário:

  1. O título dessa postagem - e como fica? Poderia algum de nossos visitadores acreditar que essas informações são exageradas, que os textos e fotos são ocasionais, ou seja, que tudo tenha mudado; de fato mudou, para pior; transcrevemos textos e fotos de 2.013, em agosto de 2.018; 5 anos; ora, se o OME é o mesmo, e não evolui, significa dizer que as condições ambientais, nesta área, estejam mais graves; e Nós, FEMeA, o que fazemos para mudar? Não acreditamos que no Planeta Terra exista um trabalho de Educação Ambiental Científica deste nível, desse quilate que emprega formas tão simples de informação, porém com um alcance tão significativo.

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