Educação ambiental científica.
As tentativas de se captar e se armazenar água das chuvas para o abastecimento urbano no semiárido, ao longo de 200 anos, são todas copiadas das áreas desérticas da Terra, principalmente do USA, todas infrutíferas, desperdício de dinheiro público, e de tempo; na fotografia se ver uma dessas ideias, importada na década de 80, aqui construída pelo governo RN na Serra da Formiga, município de Riachuelo; cava-se um buraco no chão (cisterna), forra-se com lona plástica, faz se um teto com armação de ferro, coberta de lona plástica para captar a água das chuvas que escorre (do teto de lona) para dentro da cisterna; Como era de se esperar, com a reduzida área de captação da água, apenas o teto da cisterna, é impossível que a cisterna enchesse com volume de chuvas inferior a 1.000L/m², mais uma prova cabal de que o governo e seus técnicos não sabe o que fazem, quando se trata de água; a seca e a fome no Nordeste são frutos do analfabetismo brasileiro.
Educação ambiental científica.
Seria inocência se não fosse cômico; uma parede de terra, em forma de barragem, supostamente para armazenar água das chuvas no tempo da estação chuvosa no semiárido, sem rio, sem riacho, água diretamente das nuvens, uma área de 5.000m²; Em 2.012 a oferta de chuvas, nesta área, foi de 150mm, 150L/m², de janeiro a junho, chuvas com precipitações inferiores a 10L/m², distanciadas uma da outra em até 20 dias, de modo que o terreno do leito da barragem nem chegou a molhar; Enquanto isto, se essa área de 5.000m² fosse forrada com uma lona plástica, seriam coletados 150 x 5.000= 750.000 litros de água, e armazenada em uma cisterna escavada no chão, forrada com lona plástica, água doce, pura, armazenada sem fuga, sem perda; se cada pessoa UTILIZA 20m³ de água por ano, nas atividades domésticas, incluindo a água de BEBER, os 150m³ de água doce, pura captada e armazenada, neste caso daria para atender 150:20 = 8 pessoas por ano; este pequeno detalhe de captar-se e armazena-se, racionalmente, a água doce das chuvas no semiárido faz a diferença entre a morte e a vida. CORREÇÃO; 750.000 litros de água são 750 metros cúbicos de água; 750:20=375 pessoas teriam água doce, pura, durante Um ano; Uma lona plástica e uma operação aritmética fazem a DIFERENÇA entre a vida e a morte no semiárido NE.
Educação ambiental científica
A desinformação sobre a água no Brasil extrapola a esfera do ridículo; buraco escavado no chão para armazenar água no tempo da estação chuvosa no semiárido: 1) a captação seria diretamente vinda da nuvem na área do buraco com 50m², e a capacidade de armazenamento é de 150m³; 2) para o buraco de 150m³ encher seria necessário uma chuva de 3.000mm, uma exclusividade de uma pequena parte da Amazônia Brasileira, impensado no NE; 3) a água H²O armazenada no chão vira lixo - adquire elementos estranhos - minerais, matéria orgânica, lixos, venenos, derivados de petróleo, excrementos; 4) em um buraco aberto o líquido evapora para a atmosfera; 5) grande parte do líquido armazenado se infiltra no terreno do buraco; 6) conclusão: assim não pode dá certo - são 512 anos de seca cultural, intelectual.
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Educação ambiental científica.
Em cima da serra da formiga, zona rural, Riachuelo-RN, uma escola do município, onde se ver a construção de uma caixa (castelo) para armazenar água, ideia do ministério da educação, mas não existe a água; Essa ideia lembra bem um "conto folclórico europeu" que tem o título "assembleia dos ratos": em um lugar (qualquer) da terra havia muitos ratos que viviam muito bem, sem encrencas, sem brigas, com muito espaço, muito alimento para todos; de repente apareceu na área uma gato que comia ratos, causando grande baixa na população de ratos; era preciso buscar uma forma de se antecipar aos ataques de surpresa do gato, talvez um aviso, um sinal que permitisse os ratos fugirem antecipadamente do ataque do felino; promoveram uma assembleia onde todos os ratos apresentassem a melhor proposta para o caso; o rato mais novo do grupo, metido a sabidão, falante, disse que havia estudado a questão e tinha a melhor ideia: colocar uma coleira com um sino (chocalho) no pescoço do gato, de modo que ao aproximar-se da área, os ratos pudessem fugir e se proteger; os incautos, presentes, aplaudiram delirantemente a ideia do jovem rato, mas um rato velho, experiente, vivido, por acaso presente á reunião, pergunta: quem vai colocar o chocalho no pescoço do gato? Todos os ratos ficaram em silêncio, e cada um foi saindo do recinto, em rumos diferentes, e nunca mais voltaram à sua terra; esse conto folclórico europeu poderia ser aplicado também a outras situações no Nordeste BR; Da década de 40 á década de 60 o povo nordestino começou a fugir da seca, indo principalmente para SP, MG, GO e RJ, onde sempre foi estrangeiro por conta da sua cultura; na Década de 70 o Governo construiu milhares de açudes e poços tubulares no semiárido, afastando temporariamente a escassez da água de beber, ao mesmo tempo em que o Brasil deu um grande salto na Economia, e o nordestino se sentiu encorajado a voltar ao seu torrão natal; Nas estiagens prolongadas da década de 80 o governo encontrou formas de trazer o "comer" que o Homem não conseguia produzir no NE; na década de 90 o governo FHC criou os programas paternalistas, assistencialistas (que perduram até hoje) que permitem manter o Homem nordestino semi-alimentado (há mais de 20 milhões que recebem menos de 1.000 calorias na refeição diária), mas por outra lado criou um grande problema social e intelectual: viciou o cidadão, e hoje 30 milhões de nordestinos tem preguiça de pensar, raciocinar, chegando ao ponto de aplaudir a construção da caixa d´água da escola, em pauta, mesmo que na sua casa, no mesmo lugar, Serra da Formiga, não tenha água (doce, limpa, potável); certamente o Homem acredita que, sendo uma ideia do ministério da educação, o governo federal vai mandar água diretamente de Brasilia-DF, ou seria do rio São Francisco? Assim caminha o NE às escuras, até o fim. Mas o NE ainda pode dá certo, de um jeito diferente.
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