morte e vida;
Leito de um açude vazio, seco, no semiárido; de fato, a açudagem no NE, que já tem mais de 200 anos, não é solução; no verão de 11 meses, sem chuvas, a maior parte dos reservatórios do semiárido secam, exatamente quando o Homem e os bichos mais precisam de água, tanto para o gado beber, como para se plantar capim irrigado, ração do gado; o tamanho do reservatório tem como critério básico as dimensões da bacia hidrográfica do rio ou riachos que o abastecem, mas há de se levar em conta, também, que a oferta de chuvas nesta área é variável de 250L/m² a 1.000L/m²/ano, uma diferença de 3/4 da menor para a maior; Se chover 250L/m², ano com El ñino, o açude nem toma água; se chover acima de 500L/m² o açude enche e sangra; se chover 1.000L/m², ano de La ñina, a parede do açude tora, arromba com o excesso de água (quase sempre); Mas a fuga da água do açude poderia ser reduzida com uma cobertura vegetal em torno do represamento da água, exatamente o contrário do que o homem faz ao desmatar uma área 10 vezes maior do que a área coberta pela represa;
morte e vida;
Água ou lama? muitos açudes do semiárido NE são construídos em áreas onde a argila, barro, tem uma porosidade microscópica, permanecendo em suspensão na água o tempo todo, o que significa dizer que não há decantação; qualquer tentativa de se fazer uma "filtragem" é infrutífera, já que a argila microscópica vai criar um reboco na parede do filtro, e não há qualquer processo físico, ou químico que faça a separação da água e do barro, argila, mas provavelmente nessa "solução", não tem sal, não tem peixes, sapos; não tem microrganismo; o gado, se não tiver outra opção, tem de beber desse lixo, mas para seus olhos, olfato e paladar é uma agressão.
morte e vida;
Lajedo e a vida estabelecida; no fundo da fotografia a parte (tronco) de uma arvore que nasceu na brecha da pedra, desta feita uma grande abertura que ao longo dos anos acumulou muita terra, estrume e água das chuvas, e até tem arbustos junto da árvore; Mas destacamos esta foto para mostrar que a cor escura do lajedo é um microrganismo, alga chamada "lodo", ( morto, preto) que durante a estação das chuvas ressuscita tomando a cor verde, já que é uma alga que processa fotossíntese como os vegetais; essa alga é venenosa para os animais, muito comum nos açudes do NE, e por se tratar de um microrganismo passa na maioria das velas de filtros domésticos, e pasmem! O cloro que normalmente se coloca na água do abastecimento urbano, no suposto "tratamento", só alimenta o LODO, razão pela qual em todas as caixas ou depósitos de água no NE há lodo - alga clorofilada; O lodo na água do NE é a causa de muitas doenças no Homem; ATENÇÃO! o lodo também se estabelece nos telhados das casas do NE, fazendo com que a água da cisterna, (água que vem do telhado, pela bica) seja DOENTE;
morte e vida;
Xiquexique e outros cactos no lajedo; quem conhece o problema conhece a solução; o xiquexique não sobrevive no terreno de cerrado, com espessura maior que 30cm, em torno do lajedo; já os cactos maiores (da foto), a exemplo do mandacaru e facheiro nascem no cerrado, todavia ao escolherem o lajedo, da foto, buscaram as brechas da pedra onde há grande acúmulo de terra, trazida pelo vento, muita (relativa) água acumulada, que escorre das partes altas do lajedo, e consequentemente matéria orgânica decomposta - estrume, adubação; mas observa-se, na foto, que o xiquexique vai se desfazendo de partes do seu corpo, junto ao tronco, e assim dispõe de cobertura vegetal morta que acumula água das chuvas, é adubação orgânica, reduz a evaporação, reduz a temperatura(que no lajedo é 2 graus a mais, durante o dia, com relação à área circundante ao lajedo; Mas tem uma informação científica que é bom ressaltar: O ar atmosférico tem 3 movimentos: ascendente, da hidrosfera e litosfera para a atmosfera(espaço), durante o dia; descendente, ar úmido(no caso do semiárido) que desce, à noite, da atmosfera para a litosfera, chamado sereno da noite; e o vento - ar em movimento horizontal, acompanhando o relevo e a superfície da água da hidrosfera; o VENTO nasce quando duas ou mais áreas têm, no mesmo instante, temperaturas diferentes; No semiárido, durante o dia, o vento vem(nasce) do Mar para o continente, da temperatura menor (O mar) para a maior (o continente); na realidade a temperatura maior funciona como um exaustor, forçando o deslocamento do ar (vento) nessa direção; à noite, a temperatura do continente baixa mais rapidamente, e potencialmente do que a água do Mar, e o vento pára, ou toma sentido contrário - do continente para o Mar; Durante o dia o lajedo tem 2 graus a mais que a área circundante, o que, por esse princípio térmico acelera o vento, e pode inclusive mudar sua direção e intensidade; os redemoinhos de vento do sertão NE acontece quando em uma pequena área (um hectare, por exemplo) há, ao mesmo instante, 3 ou mais corpos da litosfera com temperaturas diferentes; Ex: um bosque, uma área desmatada, um lajedo: o bosque com 20ºC, a área desmatada com 20,5ºC e o lajedo com 21ºC;
Quanto de informação inédita tem aqui- quanto de informação imprescindível para a compreensão da vida. Por que o desprezo, a omissão por parte do governo e comunidade acadêmica BR? Quanto ainda se pode salvar, em termos de aplicação para o retrocesso do caos nordestino? Poderiam, as informações ter utilidade em outras partes da Terra? O que aconteceria com o BR se o governo e comunidade acadêmica BR continuarem se omitindo, negando essas informações.
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