sexta-feira, 31 de agosto de 2018

De terras férteis a semiárido- de semiárido a desertificação.

Educação ambiental.

Estrada carroçável no sertão, no município de São Rafael-RN, junto à localidade Barão da Serra Branca, onde se vê em destaque a trilha de barro, e nas laterais o xerém de pedras arrastadas pela lâmina da máquina motoniveladora usadas para limpar a trilha para o tráfego; observa-se, também, uma vegetação arbórea alta, diferente das outras áreas mostradas em postagens(e fotografias) neste mês de junho de 2.013, sobre a caatinga do sertão NE; temos mostrado que o semiárido natural nordestino, a caatinga, é semiárido por não ter ao longo de 2 bilhões de anos formado o solo de sedimentação, onde se gera e se estabelece a vida na Terra; que a vegetação rala, pequena, dispersa, clareiras, na caatinga existem por que o SUBSOLO da caatinga é uma composição de pedras miúdas, cortantes, irregulares, dispostas em uma pequena porcentagem de areia, rica em nutrientes minerais, onde as raízes encontram os 4% do material que integram os corpos vivos, não tem água das chuvas armazenada no subsolo para manter as plantas no verão, que pode durar 11 meses: o subsolo assentado em lajedos é muito fino, e ficam menos de 3% da água das chuvas precipitadas; as raízes das plantas não conseguem se estender para captação de nutrientes e água, de modo que as plantas mais abundantes e variadas na caatinga seriam plantas rasteiras, gramíneas, de raízes curtas, que nascem (nasciam) no período chuvoso e secavam, morriam 90 dias após a última chuva do ano; Mas aqui, na área desta fotografia, a definição de caatinga não bate com o tipo de terreno, com o tipo de vegetação; o xerém de pedras afastado para a lateral da estrada são pedras ROLADAS, regulares; a área é totalmente plana, enquanto a caatinga é ondulada; a vegetação arbórea - juremas, mufumbos, pereiros, marmeleiros, altas, aparecem na caatinga com até 3m de altura; aqui, nesta área, havia umburanas, catingueiras, aroeiras, ipê, cumaru, muungu, os cactos facheiros, mandacaru, que NÃO nascem na caatinga; embaixo do xerém de pedras ROLADAS há um solo avermelhado rico em nutrientes minerais e matéria orgânica; Pasmem! Os seixos rolados, regulares INDICAM que durante milhões de anos a oferta de chuvas era suficiente para movimentar essas pedras, que com o tempo perderam as arestas, apesar de ser uma área plana, diferente da caatinga que é ondulada, mas as mesmas chuvas não proporcionaram esse movimento das pedras? Isto mostra que a formação do terreno da caatinga ondulada tem causas diferentes da formação do terreno plano da fotografia, e consequentemente a caatinga nunca se permitiu a formação de solo, e consequentemente não foi possível criar massa orgânica vegetal (e proporcionalmente massa orgânica animal) que participa da formação do solo orgânico mineral; nesta área da fotografia temos UM CERRADO; enquanto na caatinga a massa vegetal é de 0,03m³/m², AQUI a vegetação nativa tinha massa orgânica vegetal de 0,3m³/m²; a infiltração de água das chuvas nesse terreno pode ser superior a 10%; as pedras irregulares, pontiagudas da caatinga dificultam o arrastamento pela força da água das chuvas; é provável que o seixos, pedras desta área da fotografia já tenham sido formados regulares, facilitando o deslocamento das pedras pela ação das mesmas chuvas precipitadas na caatinga de pedras irregulares; Tudo o que ROLA fica redondo, como a Terra;

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Educação ambiental.

No meio da Caatinga havia uma estrada sem fim que vai bater no horizonte; olhando-se o terreno coberto por essa estrada temos uma ideia de que não há solo na caatinga, mas um subsolo pedregoso distribuído em terra solta (ver as laterais da estrada); que a caatinga é ondulada, e certamente, por isso, não poderia ser chamada de tabuleiro (plana, formato de tábua); nota-se que nenhuma planta tem mais de 3m de altura, exatamente por que não tem SOLO para armazenar água das chuvas e para o desenvolvimento de raízes maiores (das árvores), e por isso é SEMIÁRIDO natural do Nordeste ( e não por escassez de chuvas - ver as plantas verdes); aqui a massa vegetal é 0,03m³/m² na época das chuvas, quando todas as plantas ganham folhas, crescem (ao limite) e/ou engrossam o caule, os ramos, galhos; a estação chuvosa média seria de 400mm, em estação chuvosa de 100 dias, com intervalo entre duas chuvas de 8 dias, mas, pela primeira vez, choveu menos de 200L/m² nos anos de 2.012 e 2.013, com intervalo entre duas chuvas de 30 dias (todo mês de março 2.013), condição típica de DESERTO seco, o que significa dizer que a caatinga está em retrocesso ambiental; a caatinga é delimitada por rios com suas várzeas, com bases de serras e serrotes, por solo e vegetação de cerrados, áreas com massa vegetal (nativa, quando tinha) 10 vezes maior do que na caatinga e por isso mesmo exaustivamente explorados ao longo de 200 anos, principalmente com o desmatamento incondicional; na caatinga não há o que se desmatar, e não se pode fazer agricultura na caatinga (não tem solo), mas durante muitos anos a caatinga foi  usada para criação de gado bovino, até que a semente do PASTO acabou, e hoje não tem qualquer utilidade para o Homem; O subsolo da caatinga é impermeável, infiltrando-se ( no terreno) no máximo 3% das primeiras chuvas precipitadas no ano; como a caatinga é ondulada, e mais alta com relação as outras áreas do sertão, 99% da água das chuvas precipitadas (ao ano) na caatinga vão para as partes baixas, pelos riachos, que as vezes tem várzeas com solo, e portanto maior massa vegetal, e finalmente para os rios e suas várzeas; ASSIM, as caatingas tem sua IMPORTÂNCIA para a Natureza, no contexto da vida, como área de captação de água das chuvas que ai para os rios, que enche os açudes; As caatingas têm 250.000 km² no sertão dos Estados PI-CE-RN-PB-PE-AL-SE-BA; É possível, sim, fazer uma reforma ambiental na caatinga, e transformar o sertão inóspito,degradado, em terra úmida  e fértil; nesses 8 Estado NE o sertão de caatingas tem 500.000 km², sendo 250.000 km² de caatingas, e cerca de 100.000 km² e bases de serras, serrotes; os 150.000 km², restantes, são várzeas (e leito) de rios, de riachos, e áreas de cerrado (desmatado)nos vales e nas chãs das serras, próprios para se fazer agricultura e cultivo de ração  para alimentar o gado, produção de alimentos o ano todo;
reservar 10% das caatingas para captação e armazenamento de água das chuvas, diretamente das nuvens,  em milhares de projetos espalhados pelos 8 Estados; 10% são 25.000 km², para captar toda água das chuvas precipitadas nessa área; com uma oferta média de chuvas de 300mm, ou 300L por metro quadrado, são 300 milhões de litros por km², ou 300.000m³/km² de água captada e armazenada, sem perda, sem fuga, sem evaporação, sem contaminação(tal qual vem das nuvens), água para o abastecimento urbano e para a produção de alimentos - agropecuária. Durante as 1.300 postagens neste dsoriedem.blogspot.com    mostramos na prática (tamanho real) e na teoria (maquete) o Projeto de captação e armazenamento de água das chuvas, que pode ser feito nos mangues, na areia das praias, na caatinga, nas várzeas salinizadas do sertão,  nos DESERTOS, e até no Mar;

3 comentários:

  1. No mesmo sertão RN duas áreas absolutamente diferentes em relevo, terreno, vegetação, e consequentemente( embora não esteja registrada em imagens) fauna diferente. O nosso objetivo não é estacionar nosso estudo na fauna, flora, terreno observado, mas, como, quando e porque os elementos da Natureza e sua variáveis atmosféricas proporcionaram esses resultados se as duas áreas recebem a mesma energia calorífica do Sol, o mesmo volume de chuvas, os mesmos ventos- partimos da justificativa de que o SOLO é um dos 4 Elementos da Natureza, que NÃO existe na caatinga 2, que por isso é semiárido- o solo 1 é, se comparado a outros solos do sertão, o primeiro momento em que esse quarto elemento da Natureza foi criado, e portanto expõe seixos rolados pela força da água das chuvas, enquanto que na caatinga 2 os seixos são cortantes, irregulares, pontiagudos, com o mesmo volume de chuvas? na realidade a área 1 é uma faixa de terra entre as caatingas onduladas e as várzeas dos rios- significa dizer que a água das chuvas precipitadas na caatinga ondulada escorreu para o terreno 1, onde somou-se com a água das chuvas precipitada na área 1, com força e pressão 2 vezes maior para rolar os seixos, que tomaram forma regular- enquanto isso o pó resultante dessa força nas pedras, ou seja, areia, terra, foi arrastada pela força da água, junto com a matéria orgânica das áreas 1 e 2 para formar as várzeas com solo de até 20m de espessura.

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  2. A ocupação desordenada, estúpida da área 1 para os campos de pastagem e agricultura de subsistência implicou no desmatamento incondicional, que em consequência modificou todos os elementos do clima, fazendo dessa área relativamente úmida e fértil, um semiárido- quando à caatinga não há o que se desmatar, não se faz agricultura porque NÃO tem SOLO, semiárido natural do NE- semiárido hídrico é onde chove de 300 a 500mm ao ano, o que não era o caso do sertão NE, que recebia média de 600mm ao ano, podendo receber mais de 1.000mm de chuvas ao ano.

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  3. No ano de El Niño de 8 em 8 anos o sertão NE recebia 300, ou 400mm de chuvas por ano. E Hoje? 200a 250mm de chuvas ao ano.

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