domingo, 26 de agosto de 2018

Já é meio caminho andando entre a vida e a morte.

sábado, 17 de agosto de 2013

Educação ambiental.

Uma viagem de pesquisa ambiental científica ao Seridó-RN, tempo III; Quem conhece o problema conhece a solução; não se pode defender o que não se conhece. Olhando-se essa imagem de uma paisagem no município de São José do Seridó-RN verifica-se que não há diferença com os desertos dos Estados Unidos, do Oriente Médio, da África, com plantas xerófilas (de espinhos) e muito dispersas; mas podemos afirmar, cientificamente, que este ambiente seco, hostil, degradado, com  poucos elementos da flora, e raríssimos elementos da fauna, as  50% dessas condições degradantes, caóticas, são consequência da ocupação do Homem, com a exploração da pecuária intensiva e até extração de madeira, lavoura com fogo: 1) diferente dos desertos secos, esta área pode receber 1.000mm de chuvas por ano; 2) olhando-se para o topo (crista) do morro de pedras se vê árvores (no horizonte) que tem mais de 8 metros de altura, salvas do machado, da foice do Homem para servir de sombra para o gado; é lógico que existiam muitas dessas árvores cobrindo todo esse morro; as poucas moitas de xiquexique é o que sobrou da extração desse cacto para alimentar o gado na seca; o capim seco que se vê é o único que não serve de PASTO para alimentar o gado por que é duro feito espinho, e desprovido de nutrientes ( o gado morre de fome, mas não o come; 3) antes da ocupação dessa área tudo isto virava um paraíso verde, com vida vegetal e animal em abundância, com o surgimento de muitas gramíneas que faziam do Seridó ser portador de um grande rebanho bovino; A fauna, em número, variedade, porte de um lugar é proporcional á variedade, porte e densidade da flora; à medida que o homem ia desmatando, extraindo madeira, lenha, também caçava os roedores - punarés, preás, mocós; aves - seriema,jacu; lagartos - tejuaçu; pássaros - arribação, asa branca, inhambu, e o resto dos animais, fauna, morreu por falta de condições favoráveis que lhe foram tiradas pelo Homem; No Sertão do RN tem muitos rios com suas várzeas férteis e largas, que tinham uma vegetação densa, alta, variada que forneciam madeira para o teto da casa, tábuas para portas, janelas, assolhados, sótão; nessas várzeas se plantavam milho, feijão, arroz, algodão, mas se corria o risco de se perder a lavoura na época das enchentes do rios (lavavam todas as várzeas), obrigado o homem a fazer seu plantio (com o devido desmatamento e fogo) nas áreas de solo e vegetação de cerrado, quase sempre entre a várzea do rio e a caatinga; A vegetação tem tudo a ver com o clima; sem a cobertura vegetal secam as fontes de água, aumenta a evaporação de água do solo, dos açudes, dos rios; sem a cobertura vegetal aumenta a erosão no solo pela água das chuvas e pelos ventos; Aumenta a temperatura ambiental, diminui a umidade do ar; os ventos ficam descontrolados, arredios; assim está esquematizado: se o chão passa a maior parte do ano seco, sem água para evaporar do chão, dos rios, açudes, e da vegetação, não há formação de nuvens e não há chuvas convectivas (geradas das nuvens formadas no mesmo espaço); sem cobertura vegetal o vento doidão vai espatifar as nuvens que chegam ( formadas no Oceano) na área, lembrando que o vento seco (baixa umidade do ar) é capaz de arrancar a água da nuvem, eliminando-a. Pronto: está feito o deserto sem água e sem vida no Seridó-RN. Em 2.012 e 2.013 esta área recebeu menos de 100mm de chuvas, culpa exclusiva do Homem que não conhece a Vida (mas conhece bem a morte).

Educação ambiental.

Uma viagem de pesquisa ambiental científica ao sertão do Seridó-RN, tempo II; na primeira postagem de hoje mostramos uma área deserta, com uma vegetação arbustiva rala, um terreno ondulado; nesta fotografia a vegetação é bastante variada e densa; a distância entre os locais dessas fotografias é menor que 40 km; Caatinga é uma palavra indígena que significa "clareira, onde as plantas em nível de arbustos não passam de 3m de altura, quando adulta, quase que exclusivamente pereiro, marmeleiro, velame, jurema( que tem 3m de altura na caatinga, mas nas outras áreas do sertão chega a 10m);  a  vegetação densa dessa área da fotografia, com plantas com 6 metros de altura, tem as mesmas plantas (citadas)da caatinga, mas tem (ou tinha)árvores como a aroeira, angico, mulungu, cumaru, umburana que não nascem na caatinga por que a caatinga não tem solo (e por isso é semiárido natural); na fotografia anterior temos um deserto, e aqui um semiárido; a diferença entre DESERTO e Semiárido; estão relacionados com o nível de vida estabelecida, e não por conta de escassez de água doce, por escassez de chuvas; no deserto de Atacama no Chile passam-se até 100 anos sem cair um pingo de chuvas, (e desta forma não teria água para manter a fauna e a flora), mas tem uma vida vegetal e animal mais densa e diversificada do que na Antártica, aonde está grande parte da água doce (no estado sólido) da Terra (mas também não chove); A Antártica é deserto por que faltam 2 elementos naturais (solo, coberto pelo gelo) e água doce no estado líquido; NA maioria das áreas chamadas semiárido  chove, no máximo 500mm por ano; na maioria dos desertos secos - na África, no México, nos EEUU, no Oriente Médio chove até 200mm/ano; mas em todos esses desertos secos, citados, falta outro elemento natural - o solo de sedimentação, já que a área é coberta por areia solta, em constante movimento pela ação dos ventos, totalmente desprovida de nutrientes minerais, ou coberta de pedras; a Caatinga do Nordeste é semiárido natural por que não tem solo de sedimentação, há 400 milhões de anos, mas dentro do sertão existem CERRADOS (como é o caso do terreno desta fotografia) com solo de sedimentação que pode chegar a 1m de espessura; a oferta de chuvas no sertão pode ser maior que 1.000mm/ano, como foi o caso das chuvas dos anos 2.000, 2.004, 2.008, 2.009, 2.011; Na caatinga da fotografia anterior, sem solo, 90% da água das chuvas precipitadas no subsolo impermeável vão embora no rios; o terreno de Cerrado desta fotografia pode absorver, armazenar 300 litros de água (das chuvas precipitadas) por metro quadrado; Esta área da fotografia, com vegetação e solo de cerrado, era a mais comum no tempo da ocupação do Seridó-RN; é lógico que se o sertão do Seridó fosse todo igual à paisagem desolada, deserta, seca da fotografia anterior, jamais teria sido ocupado pelo Homem, já que nem os índios conseguiam viver ali. Nesta imagem também há elevações (ondulação), mas como está vestida com vegetação, e tem solo cobrindo a rocha matriz, as chuvas não provocam erosão; mas temos certeza que a madeira de Lei, a exemplo da umburana, angico, aroeira, já não existe aqui, assim coo as grandes juremas foram extraídas para estacas de cerca, lenha, carvão;

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