sexta-feira, 24 de agosto de 2018

É tanta desgraça ao mesmo tempo, no mesmo lugar.

Educação ambiental.

9ª postagem na pequena propriedade rural de 9 hectares do Sr Cícero Barbosa de Lima e sua família (10 pessoas) no agreste RN, vendo-se um pequeno açude (seco),  chamado "barreiro", construído nas nascentes de um riacho (seco) que na época das chuvas (este ano de 2.-13,  500L/m²) que enche com 100mm de chuvas, graças ao grande lajedo, rocha matriz emergente, impermeável, que se vê no fundo; calcula-se que a capacidade de armazenamento de água desse barreiro seja de 500m³, 500.000 litros; a área do lajedo impermeável (aflorado) é de mais ou menos 50x40= 2.000m²;  500.000:2.000= 250; significa dizer que se o barreiro recebesse apenas a água que vem do lajedo, encheria com 250mm de chuvas ou 250L/m²; de fato o barreiro encheu e sangrou; se a represa de água desse barreiro, cheio,  cobrir uma área de 500m² (provável), e se a evaporação de água de superfície livre, no semiárido, é de 11L/m²/dia, os 500.000 litros de água fugiriam, na evaporação para o AR; 500m² x 11L =  5.500 L/dia de evaporação. Os 500.000 litros desapareceriam em 500.000 : 5.500= 90 dias; somem-se a isto o fato da parede de terra do açude, barreiro estar assentada sobre o lajedo impermeável, permitindo a fuga de água, vertida, drenada, entre a terra e o lajedo embaixo; Está explicado por que os açudes no semiárido nordestino são obras da engenharia de fantasia.

Educação ambiental.

8ª postagem na propriedade rural do Sr Cícero Barbosa de Lima, no agreste RN, vendo-se o milharal plantado com os 500mm de chuvas em 2.013, nesta área; como se pode ver, trata-se de um terreno arenoso (arisco) acidentado - inclinação de mais de 20%; foi desmatado  há mais de 70 anos, e de lá pra cá vem sendo mantido nu para o plantio de milho, feijão, algodão; nesses 70 anos de exploração o agricultor usa a capinadeira (tracionada por um jumento, ou um cavalo, ou um boi) para remover a terra e arrancar o MATO, "limpando" a terra para plantar a lavoura; embaixo desse terreno, nessa área do agreste RN, existe a rocha matriz,  lajedos extensos, impermeáveis; o próprio relevo do terreno é imposto pelo corpo da rocha matriz;70%  desse terreno arenoso, NU,  foi levado pela erosão pluvial e eólica, restando uma pequena camada de terra, sobre o lajedo, com baixo teor de nutrientes  minerais para as plantas, que ENCHARCA com qualquer chuvinha; se o intervalo entre duas chuvas for maior que 8 dias toda água do solo FOGE, tanto por excesso de evaporação, como drenada, por gravidade, para as depressões do terreno, onde nascem os riachos. A baixa produção de milho, e feijão macassar no "roçado" de 3 hectares do Sr Cícero deveu-se: 1) excesso de água das chuvas no "arisco" fino, pequena espessura (encharcamento) 2) esgotamento do solo explorado exaustivamente por mais de 70 anos. Isto mostra claramente que a seca nordestina não tem nada a ver com escassez de chuvas, escassez de água doce.

Educação ambiental.

Nesta 7ª postagem sobre a propriedade rural de 9 hectares do Sr Cícero Barbosa de Lima, na localidade denominada arisco do Ernesto, agreste do RN, vemos o campo de futebol onde os jovens da comunidade batem uma bolinha, fazem um "racha" (como se diz) com sangue,suor e lágrimas nos fins de semana; a comunidade Arisco do Ernesto tem cerca de 40km², cerca de 200 habitantes, e embora o fanatismo e a idolatria do futebol estejam no sangue do brasileiro, não há como formar um "time" com 22 jogadores neste campo, já que somente os rapazes participam; também não há torcedores; o sonho da maioria dos jovens brasileiros, pobres, é ser jogador de futebol por que: não precisa saber ler, e pode ser rico, Rei,  endeusado, ganhar mais que o presidente da república, com grande chance de ascender na política partidária (nenhuma política é mais partidária do que no futebol, onde se divide por dois os jogadores, os torcedores, os dirigentes, tornando-se adversários, inimigos, combate ferrenho no "gramado", nas arquibancadas e nas ruas); futebol e carnaval são as únicas instituições culturais, sociais, econômicas que funcionam a contento no Brasil. No dia que as mulheres brasileiras adorarem tanto o futebol quanto os homens (machos) ninguém segura esse país; é o reinado do testosterona.

sábado, 21 de setembro de 2013

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