domingo, 26 de agosto de 2018

Não se defende o que não se conhece.

domingo, 18 de agosto de 2013

Educação ambiental.

Viagem de pesquisa ambiental científica ao Seridó-RN, tempo V; em uma várzea de rio extensa, larga, ligeiramente plana, onde  algumas árvores são vistas  dispersas, mangueiras e cajueiro; mais perto (na fotografia) os coqueiros morrendo; as pessoas, inclusive os donos dessa propriedade, acreditam que os coqueiros morrem por que estão velhos; um coqueiro pode viver 80 anos (ou mais); no semiárido nordestino estão morrendo coqueiros com 5 anos de vida; os agrônomos atribuem a morte às doenças, deficiência de minerais, o que seriam doenças novas; A vida na Terra é constituída e mantida por 4 elementos da Natureza: 1) Energia luminosa e calorífica do Sol; 2) atmosfera com 12 gases principais e água no estado gasoso; 3) solo orgânico mineral, solo vivo; 4) água no estado líquido - chuvas (toda água que existe hoje na Terra veio ou vem de um regime de chuvas - a base do CICLO da água; o coqueiro, que não é nativo das Américas, chegou boiando no Mar (o coco) primeiramente nas praias do Brasil, e com a colonização os coqueiros foram se expandindo para o Continente, principalmente no Nordeste, berço de grandes palmeiras como a carnaúba; Na areia da praia o coqueiro está com as raízes em água salobra, recebe ar, ventilação salgada; mas normalmente o litoral nordestino recebe água doce das chuvas durante 6 meses por ano, água que se infiltra (drenagem) facilmente na areia da praia, reduzindo assim a salinidade da água subterrânea da praia, o que permitiu o coqueiro sobreviver, adaptando-se; quando o coqueiro foi levado da praia para o sertão nordestino, somente as várzeas dos rios poderiam atender as suas necessidades biológicas: as áreas mais úmidas e férteis do sertão, com um solo profundo que pode chegar a 20m de espessura; Mas no solo das várzeas do rios do sertão já existia água ligeiramente salobra, devido ao cloreto de sódio - cloro+sódio livres (não fazendo parte dos corpos vivos); com o tempo o Homem foi desmatando o sertão, com fogo, fazendo com que a fuligem, fumaça resultantes da celulose incinerada chegassem à atmosfera,  e como núcleo, aglutinando 3 gases (antes independentes) NHO³ formando o ácido nítrico; as chuvas e o ar descendente trouxeram o ácido para o chão, exatamente para as várzeas dos rios que são as maiores depressões do terreno do sertão; por ser depressões do terreno, as chuvas levam também para as várzeas as cinzas de todo o sertão;  o sódio das cinzas é um dos poucos minerais do chão, constituintes das plantas (e dos animais) que consegue se manter intacto com o calor de 400ºC do fogo das coivaras, queimadas, fogueiras nordestinas; NHO³+ sódio = nitrato de sódio, SALITRE, SAL; Hoje 60% das várzeas dos rios e riachos do sertão estão com salitre; Assim o solo e a água do sertão, inclusive a água subterrânea e nos açudes tem 2 sais - nitrato e cloreto de sódio; Existe a vida de água doce nas terras emersa e a vida de água salgada no Mar, nos Oceanos; uma não sobrevive no ambiente da outra; Aqui está a mais provável causa de morte, não só do  coqueiro, mas de todo semiárido de 900.000km², transformado em deserto, que significa escassez ou ausência de vida. Se o Homem pode transformar semiárido em deserto, poderia, se soubesse, reverter o processo; seria a transformação que a Natureza espera da única vida inteligente da Terra.

Educação ambiental.

Uma viagem de pesquisa ambiental científica ao Seridó-RN, tempo IV. Qual a pessoa que não vê nessa imagem bucólica um cartão-postal; uma casina no pé da serra rodeada de "verde" no sertão do Seridó-RN. junto à casa poucas árvores ,e uma serra com vegetação (e subsolo pedregoso) de caatinga; Mas em um estudo sócio ambiental se vê além das aparências; a primeira indagação é: e a Água doce que constituem 82% do nosso sangue, e 96% da massa encefálica do Cérebro? E a água DOCE para produzir alimentos, agropecuária? Qual outra fonte de renda (da matéria prima da terra) teria? Uma primeira resposta se vislumbra timidamente com uma cisterna de 16m³ com um cano ligado às bicas nos beirais da casa; outra resposta veio de imediato analisando-se as plantas, os animais (gado e fauna), o leito dos rios, riachos: em 2.013 não choveu mais que 150mm nessa área, que corresponde a 1/3 da média de chuvas/ano; Sem qualquer outra informação sabemos que a cisterna de 16m³ não encheu, não correu água nos riachos, e consequentemente  os açudes não tomaram água; Embora essas informações passem despercebidas e pareçam normais para a maioria dos brasileiros, inclusive para os geógrafos, botânicos, biólogos, ETC, aqui está a resposta científica que nos permite afirmar: se continuar nesse ritmo de  retrocesso, involução, esta casa da fotografia (e a terra) estarão abandonadas até 2.050; Mas a informação mais triste, degradante é que o Homem da terra, os governos e a comunidade científica inocentes, ou criminosamente,  não SABEM como mudar essa situação caótica; Poderia a comunidade cientifica e o governo brasileiros estarem preparando essa área do RN para ser o primeiro deserto do Brasil, e assim atrair turistas, mantendo uma população local de acordo com os 100mm de chuvas/ano, extraindo das entranhas da terra, em poços tubulares (existem aos milhares) do que resta da água salgada subterrânea, com processo de dessalinização (do faz de conta) altamente invasivo, danoso ao ambiente? Tudo leva a crer que é por aí, já que todas as medidas tomadas pelo governo BR ao longo de 300 anos na suposição de enfrentar a seca(que na realidade é cultural) só agravam o problema, e nos transforma em MULAS de suas experiências.

sábado, 17 de agosto de 2013

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