Educação ambiental.
No meio da caatinga do SER TÃO uma casa no tempo e no espaço típicos, característicos, com um curral, ou chiqueiro de varas, tudo muito seco, quente, hostil, mas com energia elétrica, TV, geladeira e SOM, usando a água salobra da cacimba do rio temporário, ou de um açude trazida no carro-pipa(com muito cloro como único tratamento?), o sertanejo chama de minha casa, minha fazenda, mostrando que aqui se vive com POUCO, o mínimo de consumismo, e assim, sossegado, sem stress, sem agonia, em PAZ consigo, supera-se toda aridez do clima, trabalhando na lavoura quando chove, cuidando dos caprinos o tempo todo, vai vivendo como Deus quer (segundo, ele), por mais de 70 anos (nas 3 últimas gerações); Imaginem se esse Homem soubesse captar e armazenar, sem perda, sem fuga, sem contaminação água DOCE, limpa, tal qual vem das nuvens, na qualidade e quantidade para o abastecimento doméstico e para a produção de alimentos o ano TODO, no volume de chuvas precipitadas, desde que igual ou maior que 100mm (100L/m²) ao ano; Parece utopia para todos os povos, inclusive para o (chamado) 1º mundo; 3 dos 4 elementos naturais aqui estão em valores compatíveis com a vida - energia luminosa e calorífica do Sol; solo orgânico mineral de primeira grandeza nas várzeas dos rios e riachos; atmosfera sem poluição; Se nesses 500 anos de Brasil a comunidade científica e o governo BR soubessem DISTO, ao invés de transformarem o semiárido em deserto, teria-se mudado a condição milenar de semiaridez em terra úmida e fértil. Na língua portuguesa a palavra SERTÃO significa lugar longe do Mar, sítio afastado do litoral.
domingo, 20 de outubro de 2013
Educação ambiental.
Seca cultural: artificial, psicológica, filosófica, política e espiritual.
A Introdução.
A partir do Século 20, com a revolução industrial, uma pequena parcela da Humanidade começou a entender, por observação empírica, intuitiva, que transformações ambientais bruscas estavam diretamente relacionadas com esse progresso, e que, portanto não eram fenômenos naturais, embora se revelassem fisicamente; essas transformações afetam diretamente a vida orgânica animal e vegetal, beneficia a proliferação de microrganismos, todavia apenas o Homo Sapiens tem o recurso psíquico da intelectualidade para equacioná-lo, analisá-lo, conhecê-lo; por ser o corpo físico-orgânico mais frágil no contexto da vida, essas transformações que o Homem criou lhe afetam em maior intensidade, uma Lei Universal intrínseca da própria condição de Vida Inteligente, como se fosse uma autoflagelação. O maior reflexo dessa transformação ambiental se dar no Espírito e na Mente do Homem, ingredientes sobrenaturais, psíquicos, dos quais o corpo físico, de pó, é apenas invólucro temporal. Essas transformações, resultantes de agressões do “progresso” da Humanidade, produz o desequilíbrio ambiental que a vida estabelecida no ambiente não consegue se adaptar, o que seria a “seleção artificial”, ao invés da seleção natural sugerida por Charles Darwin; A civilização Humana, que nasceu de Adão e Eva há 7.626 anos estar recentemente na Terra, se comparado aos 5 milhões de anos que o primata Hominídeo foi criado, e estar há uma fração de segundo se compararmos com a criação de vida na Terra; o Homem foi muito eficiente para criar os problemas ambientais, porém sabe muito pouco sobre eles, e pior, não sabe como reverter o processo de destruição; Hoje se propaga em todos os meio de comunicação disponíveis que as agressões ambientais, artificiais, se manifestam em secas, inundações e enchentes, portanto apenas um elemento citado – a água, quando a Terra é regida por 4 Elementos da Natureza – Energia luminosa e calorífica do Sol; água no Estado Líquido (2º Estado da água); Atmosfera com água no estado gasoso ( 1º estado da água) e 12 elementos químicos (principais) gasosos, dos quais, 4, constituem 96% dos corpos vivos; solo orgânico mineral; Todos INTERDEPENDENTES, com suas variáveis atmosféricas, e não há como agredir um deles sem afetar a TODOS, mesmo que não seja de imediato; Os 4 Elementos da Natureza e suas variáveis atmosféricas se manifestam em CICLOS dinâmicos, como tal, e que se processam dentro de um padrão de comportamento por milhões de anos, e naturalmente não poderiam sofrer desvios na fração de segundo que o Homo Sapiens estar na Terra. Os desvios de comportamentos dos Elementos da Natureza podem ser por ação externa, de corpos siderais do Universo no qual a Terra estar inserida, obediente ás diversas leis Universais, mas essa mudança de comportamento pode acontecer por força dos próprios elementos que integram o nosso Planeta, a exemplo dos vulcões, terremotos, maremotos, tsunami, e até elementos atmosféricos – tufões, ciclones, tornados, tempestades, sendo que esses acontecimentos atmosféricos afetam mais diretamente a vida do que os fenômenos geológicos, e ainda, esses fenômenos têm a frequência, a intensidade reforçadas pelas agressões ambientais criadas pelo Homem, e afetam mudanças até nos movimentos (16) da Terra. Durante o primeiro (dos 4,6 bilhões de anos) bilhão de anos da Terra, o Planeta era vazio, deserto, árido, em trevas – sem vida, seco (sem água e sem atmosfera) e sem LUZ;
Embora as Leis da Natureza sejam Matemáticas, ciência exata, tudo é absolutamente dinâmico, cíclicos, todavia dentro de valores compatíveis de equilíbrio que podem durar milhões de anos, tudo visando a criação e manutenção da vida animal, vegetal e microrganismos, diversificados, provavelmente com exclusividade, e que nessa relação com a vida foi proposto o seguinte: nada se perde, nada se cria, tudo se transforma, que Não VALE para a Vida Inteligente, Universal, que CRIOU o próprio Universo e as Leis, da qual o Homo Sapiens é o ÚNICO ser vivo da Terra que pode ser PORTADOR, detentor.
DESENVOLVIMENTO.
A seca Nordestina é cultural.
O Brasil nasceu na Zona da Mata Nordestina, e Salvador - BA foi a primeira Capital, sede do 1º e 2º Governos Gerais do Brasil; a zona da mata é a grande mata atlântica que vai de Ceará-Mirim-RN, até o RGS, mas no NE a zona da mata tem características físicas diferentes – relevo, hidrografia, solo, mas também a FLORA que se expande até o RJ, com madeiras nobres, com uma densidade de 1m³ de massa vegetal por m², razão das missões exploradoras portuguesas em Pindorama do pau-brasil; De acordo com Pero Vaz de caminha, primeiro historiador (conhecido) a registrar a nova descoberta (ou invasão) “são terras, matas e água INFINDAS, que em se plantando TUDO dar”; o português colonizador era feito caranguejo, não se afastava do litoral, mesmo por que com tantas riquezas e recursos naturais, fácil acesso ao Mar contíguo, e uma área (da zona da mata conhecida de então – RN ao RJ) maior do que seu Portugal, não compensava o sacrifício de se adentrar no continente; somente depois de contatos mais intensos com os índios, nativos tupiniquins, é que os colonizadores exploradores se convenceram de que as riquezas em ouro e pedras preciosas estavam no interior do Continente, e não na zona da mata; embora isto tenha se dado com “entradas e bandeiras” na região Sudeste, o Nordeste tem Ouro e outros minérios, inclusive urânio abundantemente por todo sertão de pedras. A exploração do interior do continente do NE aconteceu pela expansão das fazendas de criação de gado, no agreste e no sertão, depois que a zona da mata NE tinha sido devastada (a flora e, consequentemente a fauna) para os campos dos canaviais, engenhos, e densamente povoada, onde surgiram as Capitais Natal, João Pessoa, Recife, Aracaju, Maceió, Salvador; Adentrando-se no Continente, a partir da zona da mata RN-PB-PE-AL-SE-BA encontra-se uma faixa de terras, com 50 a 70km de largura, que vai do RN à divisa de SE/BA, que hoje é chamada de agreste, com características físicas e biológicas próprias. Adentrando-se no Continente, a partir do Mar do CE tem-se áreas baixas com os brejos de baixadas, depois é só sertão de caatingas que nas áreas serranas tem-se os brejos de altitudes onde se planta cana-de-açúcar; no Piauí 180.000km² são semelhantes ao Estado CE, mas tem 70.000km² de Nordeste Amazônico semelhante ao Território do MA. O Nordeste Amazônico tem 350.000 km², sendo 80% no MA e 70.000km² no PI, onde a oferta de chuvas é maior que 2.000L/m² ao ano, temos rios perenes e caudalosos: Parnaíba, genuinamente nordestino, e Tocantins que tem parte no território do MA; devido a alta oferta de chuvas toda área do Nordeste Amazônico é forrada com um lençol de água doce de volume descomunal; A zona da mata que vai de Ceará Mirim-RN à divida da BA/MG, que hoje está reduzida para 90.000km² recebe oferta de chuvas anuais maior que 1.000mm e consequentemente todo esse território tem água subterrânea doce abundante, mas contaminada com excrementos, e ainda tem pequenos rios perenes, embora contaminados por esgotos e lixos, devido a alta densidade demográfica; O agreste, que tem cerca de 50.000km², já foi área de CERRADO com vegetação com densidade média de 0,3/m², totalmente desmatado (e devastado) pelas atividades agropastoris, foi transformado em terras áridas, secas; o sertão de caatinga, nos estados PI-CE-RN-PB-PE-AL-SE-BA tem cerca de 500.000 km², mas apenas 250.000km² de caatingas, que são clareiras com vegetação rala, a nível arbustiva, onde não há o que se “desmatar”, nem se permite à agricultura, por que NÃO tem solo; Já durante os primeiros governadores do Brasil soube-se, por intermédio dos índios contatados em Salvador - BA, que para o interior do Continente NE tinha uma área que além de chover metade do que chovia na zona da mata (então ocupada, colonizada), periodicamente acontecia de chover muito pouco, 1/3 do normal para aquela área, trazendo muitos problemas para o índios da área, particularmente por que a flora perdia as folhas, as plantas rasteiras secavam, morriam, e consequentemente a FAUNA praticamente desaparecia com a perda dessa fonte de alimentos; os índios, então, teriam de buscar as margens dos rios temporários, por exemplo, Açu no RN, Jaguaribe no CE, onde tinha água de cacimbas escavadas no leito de areia dos rios, que também atraia as caças que vinham beber dessa água, que, embora salobra, era bem Tolerável; o fenômeno que periodicamente reduzia a oferta de chuvas no sertão NE seria o El ñino, que trazia 300 a 350mm de chuvas ao ano, quando nessa mesma área tem anos que chove 1.100mm/ano; Hoje se sabe que esse fenômeno existe desde a última era glacial da Terra, há 10.000 anos, e portanto a flora e a fauna do sertão estavam perfeitamente adaptadas a essas condições climáticas; enquanto na caatinga (que não tem solo) a infiltração de água das chuvas é de até 5%, no restante do sertão – nos cerrados, nas chãs e nas abas da serra, nas várzeas dos rios é mais de 20%; 20% de 300mm de chuvas são 60 litros de água infiltrados na terra, por m², perfeitamente compatível com a FLORA que colhe água (e nutrientes minerais) do chão, pelas raízes; somente no período de 1.877 a 1.879 tivemos 3 anos seguidos com ofertas de chuvas de até 300mm/ano, no sertão, provavelmente uma mudança no comportamento do El Ñino que tinha periodicidade de 8 anos, ou de 5 anos, que atuava somente de dezembro a março do ano seguinte, que é exatamente o período das chuvas no sertão NE; O El ñino NÃO interfere na oferta de chuvas da zona da mata e do nordeste amazônico; e também não interfere em uma área de 190.000km² do Estado da Bahia, o Sul da BA; Isto é, o Nordeste está livre da seca do El ñino em 3 áreas: 90.000km² ZM + 350.000km²NA + 190.000km²BA; A caatinga do sertão, semiárido natural (dessa área)do NE há 400 milhões de anos teve uma vegetação de 0,03m³/m², que era multiplicada por 6 no período das chuvas, com 500mm, em 4 a 5 meses de estação chuvosa; com as chuvas frequentes todas as plantas de ciclo longo ganham folhas, flores; crescem em massa vegetal; e no meio dessas “clareiras”, caatingas com 2 a 8km², nascia uma vegetação rasteira, gramíneas variadas, de pequeno ciclo (150 dias de vida) que forrava de verde, flores e sementes toda a caatinga; com a pecuária intensiva o gado comia as plantas, PASTO, antes que botassem sementes (da reprodução), e a caatinga ficou totalmente NUA, mesmo que chova 1.000mm/ano; As plantas de ciclo longo mais comuns na caatinga: o cactos xiquexique, coroa-de-frade, palmatória, macambira; os arbustos marmeleiro, velame; as árvores com porte de arbustos: jurema, pereiro (com até 3m de altura) quando nas outras áreas do sertão essas plantas podem alcançar 10m de altura; A fauna da caatinga, proporcional à flora, era: seriema, tejuaçu( tejo), preás, mocós, punarés, poucos pássaros, enquanto no restante do sertão NE havia 2 tipos de onças – pintada e suçuarana, pacas, antas, capivaras, veados, várias espécies de aves e de pássaros, a mesma flora e fauna no agreste, e nos brejos de altitude, serras; Fora da caatinga, no sertão NE, a flora é (era) aroeira, catingueira, ipê, mororó, Angico, umburana, mulungu, cumaru, caibreira, árvores de grande porte, madeira de lei que não nascem na caatinga, mas também tem todas as plantas da caatinga; nenhuma dessa plantas citadas são comuns na zona da mata e/ou no Nordeste Amazônico; as espécies vegetais da zona da mata são diferentes das espécies vegetais do nordeste amazônico. Os 630.000 km² Úmidos do NE, maior que a Região Sul, tem um dos maiores bolsões de miséria do Nordeste; Com esta pequena explanação sobre a transformação ambiental e social no NE, que se reflete claramente (aos olhos de qualquer pessoa), fica, indiscutivelmente PATENTE, que a seca nordestina é cultural, embora Mãe-Natureza tenha dado um empurrãozinho, naturalmente buscando formas de equilibrar o ambiente, já que o Homem agrediu diretamente 2 dos 4 Elementos – Solo e água, mas os 4 Elementos são interdependentes; pode-se afirmar, com absoluta convicção científica, que as mudanças ambientais provocadas pelo Homem nordestino em 300 anos, Mãe-Natureza não teria condições de fazê-lo em 30.000 anos, mostrando que quando se trata de DESTRUIR a vida, agredir o AMBIENTE o Homem é o ser mais eficiente, principalmente por nós brasileiros que somos, instintivamente, PRODUTO do Meio.
Quem não é produto do meio dá fé do desastre ponto, por ponto.
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