As terras que hoje pertencem ao
município de Extremoz, litoral do Rio Grande do Norte, foram inicialmente
habitadas pelos índios tupis e paiacus, que viviam às margens da Lagoa de
Guajiru.[9]
No ano de 1607, uma parte de
terra foi concedida a jesuítas pelo capitão-mor do Rio Grande do Norte, Jerônimo de Albuquerque, tendo como principal objetivo
catequizar os indígenas. Os
jesuítas também foram os principais responsável pela construção da igreja de
São Miguel e pelo estabelecimento da missão do Guajiru. Isso também fez com que
a sociedade tribal fosse sendo influenciada pela doutrina cristã.[9]
Em 1757, durante as invasões holandesas no Brasil, os
jesuítas foram expulsos e a povoação tornou-se a primeira daCapitania do Rio Grande do
Norte com a
categoria de vila (segundo o historiador Luís da Câmara Cascudo). A 3 de maio de 1760 passa a
se chamar "Vila Nova de Extremoz do Norte".[nt 1] Nesse tempo a vila tinha 1 429
habitantes e era um importante centro econômico e pecuarista. Até
aos dias de hoje, moradores nativos preservam várias lendas a respeito da história de Extremoz, como a
do tesouro, cujo
desfecho foi a destruição da capela de São Miguel, que teria sido demolida na
tentativa de os moradores encontrarem o tal tesouro. Nos dias atuais a capela
se encontra em ruínas e foi tombada em 1990.[9] [10]
Em 18 de
agosto de 1855 a Vila de Nova Extremoz foi incorporada ao
povoado de Boca da Mata, com a denominação de "Vila de Ceará Mirim".
Já em 1892, foi criado o distrito de "Extremoz" e anexado ao
município de Ceará-Mirim. Em 4 de
abrilde 1963,
Extremoz foi desmembrado de Ceará-Mirim e tornou-se novo município do estado do Rio Grande do Norte. A instalação oficial do
município ocorreu em 2 de fevereiro de 1964. Seu nome se deve principalmente ao
fato de estar localizada a norte de Natal (capital do estado), município limítrofe
com Extremoz.[9] [10]
hidrográficas, sendo a do Rio
Ceará-Mirim a maior
delas, cobrindo 49,45% do território municipal, seguida pela faixa litorânea
leste de escoamento difuso (28,53%) e pela bacia do Rio Doce (22,02%). Os
principais rios que cortam Extremoz são o Doce e o Guajiru. Já o principal
reservatório do município é a Lagoa de Extremoz, em uma área de 358,93 hectares (ha) e com capacidade para
11 019 525,00 m³. Há também a Lagoa de Guamoré.[12] [14] Por sua vez, a cobertura vegetal é formada
pelos tabuleiros litorâneos, predominante em áreas modificadas pela ação
humana, e os manguezais, típicos de solos inundados pelas marés, com alto grau de salinidade.[12] O município abriga, juntamente com Natal, a Área de Proteção Ambiental das Dunas de
Genipabu, instituída pelo decreto
estadual 12 620, de 17 de maio de 1995, com o objetivo de preservar a
fauna e a flora locais.[15]
O clima de Extremoz (do tipo Aw na classificação climática de Köppen-Geiger), com temperaturas
médias superiores a 18 °C em todos os meses do ano e precipitação inferior a
sessenta milímetros (mm) nos meses mais secos. A temperatura média anual gira
em torno dos 26 °C, chegando aos 31 °C nos meses mais quentes.
O índice pluviométrico é de superior
a 1 300 mm/ano, concentrados entre os meses de março e julho,[16] a umidade relativa do ar média de 77%
e o tempo de insolação em torno de
2 700 horas/ano.[10]
Segundo dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do
Norte (EMPARN), de 2005 a 2008 e a partir de 2010, o maior acumulado de
chuva em 24 horas registrado em Extremoz (EMATER), foi de 213 mm em 1º de
julho de 2008.[17] Outros grandes acumulados foram
211 mm em 16 de junho de 2014,[18] 124,9 mm em 30 de abril de
2006,[19] 124 mm em 20 de maio de
2013[20] e 111,2 mm em 9 de
setembro de 2014.[21]
A oferta de chuvas em Extremoz é semelhante á
oferta de chuvas em São Gonçalo do Amarante, Macaíba, Natal, Parnamirim: mais de
1.300mm ao ano, ou seja: 1.300.000 m³
por km². A principal razão da existência de lagoas e charcos que acumulam água
permanentemente (nunca secam) se deve a grande oferta e chuvas, e também por
conta da baixa altitude; em algumas dessas lagoas o leito (fundo da lagoa) estar na cota menor que 10, ou seja, 10m acima do
nível do mar; as lagoas e charcos são abastecimentos anualmente durante a
estação chuvosa, que vai de janeiro a julho, e permanentemente alimentados,
supridos pelos olhos d água (fontes) que existem no leito da lagoa, que
pertencem ao grande aquífero que vai Touros a Canguaretama; as lagoas e os
charcos estão normalmente em terreno argiloso rodeados por terreno arenoso das
dunas que absorve 80% da água das chuvas
precipitadas; todas essas lagoas tem rios e riachos entrando e saindo do
reservatório – recebem água dos rios (entram) durante as chuvas, e transbordam
o excesso de água nos rios que saem da lagoa (sangradouros). Todas as condições
geológicas, geográficas, atmosféricas, climáticas nesses 3.000 km² do RN PROVAM categoricamente que a seca no RN é
fruto do analfabetismo da comunidade científica ( Universidades, institutos),
omissão, irresponsabilidade e incompetência dos governos, nos 417 anos do RN (
Natal – 1.599).
Estas INFORMAÇÕES
CIENTÍICAS sobre a existência desse descomunal volume de água doce no RGN,
enquanto 153 dos 167 municípios do RN estão, desde 2.012, em situação de
emergência por escassez de água para o abastecimento urbano, são ESTRANHAS para
80% dos nordestinos, e são INDIFERENTES para 99% dos norte rio-grandenses.
É possível salvar o Brasil do apocalipse com o mesmo OME intelectual, cultural, espiritual, político, social, ambiental?
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